domingo, 5 de outubro de 2008

História da Igreja Cristã - Parte I

Nos três primeiros séculos de vida, a Igreja Cristã sofreu muitas perseguições nem só do Judaísmo mas também do Império Romano. Os judeus perseguiam os cristãos porque estes diziam e pregavam que Jesus era o Messias e permitiam que os gentios convertidos participassem das atividades da Igreja sem serem circuncidados. Quem se convertia ao Judaísmo tinha que ser circuncidado, porém quem se convertesse ao Cristianismo não precisava, pois a circuncisão se operava espiritualmente. E assim é até os dias de hoje.


A perseguição aos cristãos pelo Império Romano começou com o Imperador Nero que os acusava de anti-sociais, desleais ao imperador e ateus. A acusação de anti-sociais se baseava no fato de os cristãos não cumprimentarem os vizinhos. Eles agiam assim porque um simples “bom dia” incluia palavras de exaltação ao Imperador que era considerado divino, além de ter que invocar o nome do deus Júpiter. Os cristãos recusavam convites sociais para não participarem de festas pagãs, caracterizadas por verdadeiras orgias.


Eram os cristãos também acusados de desleais ao imperador, porque não o consideravam divino, pois só Deus é divino juntamente com Jesus Cristo e a pessoa do Espírito Santo. Os cristãos eram acusados de ateus, porque ao se converterem ao Cristianismo destruiam os antigos ídolos pagãos feitos pela mão do homem, imagens de escultura vendidas nas lojas apropriadas. Como podemos ser considerados ateus, se adoramos o verdadeiro Deus? Diz a História que o próprio Nero incendiou a cidade de Roma e acusou os cristãos. Com isso, o povo se revoltou e a perseguição se tornou mais violenta.


Até o ano de 250 d.C. as perseguições não eram organizadas; eram perseguições locais porque surgiam aqui e ali. Porém em 250 o Imperador Décio decretou pela primeira vez uma perseguição geral ou universal aos cristãos que atingiu todo o Império Romano. Havia cristãos espalhados por todos os países dominados pelos romanos.


Em 303 d. C. outra perseguição geral foi decretada pelo Imperador Deocleciano, pois ele achava que tudo de ruim que acontecia ao império era por culpa dos cristãos. As Escrituras Sagradas foram queimadas, milhões de cristãos foram presos e muitos martirizados.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

As exigências de Jesus – Lucas 9.57-62

Quando o homem se dispõe a ser discípulo de Jesus, ele assume um compromisso muito sério diante de si mesmo, dos homens e de Deus. Ele deve estar preparado para percorrer os mesmos caminhos que Jesus percorreu e até a morte.
Um discípulo se apresentou voluntariamente para o trabalho especial, no entanto, não estava percebendo as implicações de sua decisão. Talvez estivesse pensando no sucesso e no poder.

Ninguém deve se aproximar de Jesus com segundas intenções, pensando em recompensas, riqueza ou prosperidade material, e sim, se sentir no coração a sensação de arrependimento e desejo de mudança de vida espiritual. É óbvio que com a conversão vem a paz, saúde, fidelidade, conformação, consolação, compreensão, prudência, mansidão e pode vir também a prosperidade e a riqueza ; além da salvação que é o objetivo maior.

Para mostrar ao discípulo os obstáculos que Ele teria que transpôr disse-lhe que Ele não tinha um local sequer para reclinar a cabeça, se referindo aos samaritanos que LHE negaram a pousada (versos 51 a 56). A negação de uma pousada era o mínimo se compararmos ao sofrimento e morte na cruz. Jesus não enganou a ninguém. Nunca escondeu as provações pelas quais os seus seguidores teriam que passar. Mas, em compensação, Ele não deixou de falar sobre a vitória final. Não sabemos se o discípulo manteve a sua decisão de seguir a Jesus.

Jesus chamou um outro homem para segui-lO e ele pediu um tempo para enterrar o seu pai, pois era seu dever como filho cuidar do pai em sua velhice e dar-lhe uma sepulture honrosa. Tanto o homem que se prontificou a seguir a Jesus voluntariamente quanto este que foi convidado por Jesus eram seus discípulos, porém Jesus o convidou para uma missão especial, para segui-lO pelo mundo pregando o Evangelho.
A proclamação do Reino de Deus não pode ficar em segundo plano em relação a nenhuma outra lealdade ou responsabilidade. As pessoas mortas que Jesus se referiu são as que não atenderam ou não responderam aos apêlos de Deus ; não se converteram ao Cristianismo. Estavam vivas na matéria, mas estavam mortas no espírito.

Apareceu um terceiro homem, um outro discípulo, disposto a seguir a Jesus na sua caminhada evangelística, mas achava difícil cortar os laços familiars e culturais. Jesus lhe explicou que quem ara a terra não pode tirar os olhos do arado. Assim também devem ser os seguidores de Jesus. Não podem olhar para trás.
O discípulo de Jesus deve ter em mente e no coração que servir a Cristo não é sacrifício; é privilégio. Sacrifício foi o que Ele fez na cruz do Calvário para nos dar a salvação

"Servir a Cristo não é sacrifício, mas é servi-lo em todo teu viver.

Servir a Cristo não é sacrifício, é caminhar à luz do seu querer.

Servir a Cristo não é sacrifício, é triunfar com Deus, é ser feliz.

Não nos promete honras nem riquezas,

Mas ele diz: "Convosco eu estarei"

Servir a Cristo não é sacrifício pois alegria traz ao coração.

Servir Cristo não é sacrifício é fruir bênçaos e satisfação.

Negar a Cristo sim, é sacrifício, é existir sem seu perdão e amor,

Se queres ser feliz, ter paz perfeita, entrega a tua vida ao Salvador."

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O Carnaval – Gálatas 5.16-26

Carnaval é derivao de carne. É uma festa da carne, pagã e mundana, durante a qual o diabo atua intensamente, comanda e induz o homem a praticar todo tipo de pecado. Este texto bíblico mostra a luta que há entre a carne e o Espírito que habita no homem; aquela procura sempre a vontade do diabo e este a de Deus. Quando a carne prevalece, o homem vai para o inferno e prevalecendo o espírito, o homem vai para o céu.


Os povos antigos, descendentes dos três filhos de Noé, viviam praticando a imoralidade. Porém Deus tinha um plano para salvá-los; por isso chamou Abraão para formar uma nação santa para no seio dela Jesus nascer e deu, através de Moisés, uma Lei para que os hebreus seguissem o caminho da retidão. Com o nascimento de Jesus, a Lei foi substituída pelo Evangelho da Graça. Os judaizantes (judeus convertidos ao Cristianismo) achavam que a obediência à Lei era a única alternativa para não voltarem às antigas imoralidades. Os gentios convertidos seguiam só o Evangelho da Graça, enquanto os judeus ficavam ainda agarrados à Lei de Moisés. Há ainda hoje religiosos cristãos que seguem determinados rituais dos fariseus.


Nesse texto bíblico vemos uma relação das obras da carne que são:


Prostituição – relações sexuais promíscuas

Impureza – relações sexuais incorretas

Lascívia – relações sexuais devassas

Idolatria – adoração a ídolos

Feitiçaria – emprego de artes mágicas e idolátricas como forma de adoração

Inimizades – querelas, brigas, discussões

Porfias – contendas

Emulações – rivalidades

Iras – acesso de raiva

Ciúme – falta de confiança, medo de perder o que tem

Facções – inclinação para um lado, parcialidade, tomar partido

Pelejas – demandas

Dissensões – intrigas

Heresias – interpretação errada da Palavra de Deus

Inveja – revolta contra os que têm algo

Homicídio – morte praticaa por matadores profissionais

Bebedices – bebidas alcoólicas, orgias

Glutonarias – apetite desenfreado, olhos maiores do que a barriga


Todas as obras da carne relacionadas acima e outros crimes são praticados pelos gentios e falsos cristãos, principalmente durante o carnaval sob a influência do diabo e dos seus anjos. Satanás é intitulado Rei Momo que significa rei da careta, da máscara, da mímica, da farsa e do escárnio; para tentar ridicularizar o Espírito Santo.


As escolas de samba procuram homenagear vultos da literatura, da política, da história, das raças, das artes e das ciências em geral. Por trás de tais homenagens está Satanás destruindo os bons costumes, a religião, a moral, a ética e a humanidade.


Lares são desfeitos por causa do adultério. Crianças são deixadas sozinhas em casa enquanto os pais estão se esbaldando na folia momesca. Quando retornam, avistam de longe a fumaça subindo de onde era um barraco de papelão coberto de zinco e dentro os corpinhos carbonizados dos filhos abandonados. Acidentes automobilísticos ceifam vidas preciosas e úteis à sociedade. Pessoas são assassinadas por integrantes de blocos, pois rixas são acertadas durante os dias de Carnaval sob a cobertura das máscaras. Muitas moças se entregam a desconhecidos, perdendo sua pureza e caindo no mundo da prostuição, muitas vezes contraindo enfermidades e disseminando doenças incuráveis que levam à morte. Estupros acontecem aos milhares. As ruas se enchem de drogados e alcoolizados. Os roubos a residências se multiplicam. Muitos perdem os seus empregos porque faltam ao serviço. Militares deixam de comparecer aos quartéis e são severamente punidos causando prejuízo para a carreira. Motoristas e trocadores não comparecem ao terminal rodoviário. Médicos faltam aos plantões, causando a morte de muitas pessoas por falta de atendimento. A desgraça é geral, a bagunça toma conta do país. O diabo fantasiado de rei momo pinta e borda, toma conta mundo durante vários dias para que o povo possa se entregar nos seus braços benfasejos, na opinião dele.


O Brasil é o país do carnaval e conseqüentemente da devassidão, da prostituição e da libertinagem. Gostaria que o Brasil fosse o país dos transplantes, da aviação, da justiça social, da obras de engenharia, das descobertas científicas, líder em exportações, pesquisa espacial e da tecnologia em geral.

Os estrangeiros trazem alguns dólares e gastam aqui durante o carnaval. Depois vão embora rindo e contando as proezas que aprontaram contra as nossas jovens e deixando milhares de crianças órfãs de pai e outros milhares contagiados pela AIDS. E nós ficamos aqui batendo palmas para a nossa própria miséria moral, social, econômica e espiritual.


Que contradição com o que o Deus nos oferece através de Jesus Cristo, cujo fruto do Espírito podemos ver através:

Amor ou caridade - Devemos amar a Deus acima de qualquer coisa e ao próximo como a nós mesmos.

Gozo ou Alegria – Devemos nos alegrar de termos sido justificados diante de Deus, através do sacrifício de Jesus Cristo.

Paz – Devemos usufruir dessa Paz que Deus nos dá ela sua graça.

Longanimidade – Devemos ter paciência para suportar os reveses da vida.

Benignidade, Bondade – Devemos ser bons para com todos os nossos semelhantes.

Fidelidade, Fé – Sem fé é impossíve agradar a Deus. Temos que ser fiéis para com Deus e para com os homens.

Mansidão – Devemos ser calmos e mansos de coração. Tardios em irar-se.


O homem que aceita Jesus como seu único e suficiente Salvador, por intermédio da conversão, arrependimento e confissão, recebe o Espírito Santo que o ajudará dia-a-dia a produzir as obras do Espírito, deixando para trás as obras da carne.

Os que já foram alcançados pelo Evangelho de Jesus não podem se vangloriar, se colocar em plano superior e retaliar os que ainda praticam as obras da carne. Jesus morreu por todos nós e eles precisam saber disso através da pregação, exortação e principalmente através do testemunho.


Somente Jesus pode mudar vidas e as vidas transformadas, produzindo o fruto do Espírito, vão servir de exemplo para que outras vidas possam ser transformadas também e serem libertadas das armadilhas do diabo que só intenta matar, roubar e destruir.


Se você ainda está preso a qualquer tipo de armadilha do inimigo, clame ao Senhor Jesus. Vá até Ele sem máscaras, arrependa-se, confesse o seu pecado, porque Ele o conhece, o ama e o perdoará. E aceite a Salvação que Ele oferece, pois é de graça e você experimentará a verdadeira Paz.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Incerteza de João Batista a Respeito de Jesus – Mateus 11:2-19

Mesmo estando preso, João Batista se preocupava com o Reino de Deus, com o Messias, com Jesus Cristo e com o seu ministério. Tanto é que enviou dois dos seus discípulos para falar com o Mestre, perguntar a Ele se Ele era de fato Aquele que havia de vir.


João Batista havia proclamado a vinda do Reino dos Céus e havia visto a sua vinda em termos de Juízo, simbolizado por machado, pá e fogo (Mateus 3.2;10-12); bem como, por tê-lO batizado no Rio Jordão (Mateus 3.13-17).


A incerteza surgiu na mente de João Batista devido à espécie de ministério que Jesus estava realizando. Ele esperava que o Cristo agisse dramaticamente, destruindo os ímpios e vingando os justos. Os sinais da vitória trazida pelo Messias não era aparentes, pois ele estava na prisão, enquanto Herodes e Herodias estavam vivendo em luxo e poder (Mateus 14.1-12).


Os judesus, de modo geral, ainda não estavam preparados para receberem o Messias, pois eles queriam que Jesus agisse de acordo com os seus parâmetros, vontade e desejos. Se eles, que foram separados e doutrinados não estavam preparados, que outro povo poderia estar?


A humanidade cristã continua assim, quer que Deus se amolde aos seus caprichos, desejos, vontade e modo de vida.


Os zelotes esperavam um messias do tipo militar, e João Batista parece ter esperado pelo menos um homem mais militante do que os atos de Jesus pareciam expressar. Aparentemente, ele esperava que o Messias se envolvesse mais diretamente com o mundo ao seu redor. Pode ter-lhe parecido que Jesus estava assumindo um papel humilde demais. Foi exatamente nesse ponto que Pedro tropeçou e creio que muitos outros também (Mateus 16.21-23 e João 13.8).


A resposta estava exatamente onde João encontrara a pergunta... Nas obras de Cristo: visão aos cegos, força para os coxos, purificação para os leprosos, audição para os surdos e vida para os mortos e o Evangelho para os pobres (Lucas 4.18,19).


A intenção de Jesus era curar, purificar, restaurar, libertar e dar poder a todos os que recebessem a Salvação que Ele oferecia. É importante observar que Jesus fez da pregação do Evangelho aos pobres a sua obra prima, e não dos milagres.


Bem-aventurados são os que não se encandalizam com Jesus devido à natureza do seu ministério, isto é, aqueles que não tropeçam, não erram e não caem. Jesus declara bem-aventurados os que não tropeçam sobre o fato de o seu ministério ser o de servo, em vez do de um “conquistador” material. Até os apóstolos tropeçaram acerca do papel que Jesus declarou que vieram executar (Mateus 16.21-23) conforme já mencionei acima.


Jesus expôs para as multidões (as pessoas presentes) as limitações de João Batista, mas também lhe pagou grandes tributos ou elogios. Jesus falou de João: "Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João o Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele." Mateus 11.11


João representou um divisor entre uma era que se encerrava, e outra nova que começava.


João era um profeta e muito mais do que isso, ele era um Mensageiro anunciado em Malaquias 3.1 e 4.5 (“Eis que Eu envio o meu anjo, que preparará o caminho diante de mim...” “Eis que Eu vos enviou o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor”.


João se situava no fim de uma longa linhagem de profetas; não obstante, pertencia a uma era de promessa, e não de cumprimento. A nova era que Jesus trazia situava-se acima da era que estava passando com João.


“Por que saíste ao deserto?, para ver um caniço agitado pelo vento?” Jesus está defendendo João Batista contra qualquer suspeita de fraco e vacilante. Ele poderia estar confuso ou incerto, mas ninguém pode duvidar da sua coragem, dedicação e sinceridade.


A grandeza de João Batista é vista no fato dele se levantar no entrocamento das eras, contudo, o próprio Jesus está acima de João.


Os violentos tentam tomar o Reino de assalto, e fazê-lo servir aos seus propósitos e tentam obstrui-lo.


Os violentos seriam os zelotes e todos os ativistas que pensavam no Reino de Deus em termos políticos, e no papel do Messias realizando inclusive derrota do domínio romano, mediante a força militar. Os extremistas, através da revolta armada, procuravam precipitar a vinda messiânica e estabelecer o Reino de Deus. Os moderados se contentavam em esperar que Deus tomasse a iniciativa. Ambos os grupos esperavam um Reino que tomaria forma dentro de uma estrutura política. Jesus Cristo rejeitou positiva e repetidamente assumir este papel.


Os homens violentos são os que tentaram afastar as pessoas de Jesus, dizendo que a sua obra era de Satanás.


A dificuldade era grande para os judeus do tempo de Jesus identificarem Elias com um homem que estava na prisão, porque isso não correspondia às suas aspirações de liberdade e reconstrução nacional. Porém , eles tinham que estar dispostos a ouvir uma reinvidicação que contradiz as esperanças populares e nacionalistas.


A identificação de João Batista com Elias dever ser levada em conta seriamente, não literalmente, é claro, uma vez que são dois homens diferentes, mas João Batista cumpriu o papel associado com o nome de Elias (Mateus 17.12,13 e Malaquias 4.5)


O fato de João Batista ter negado que era Elias em João 1.21 não contradiz a declaração de Jesus em Mateus 11.14. João não confirmou por ter se recusado a tornar-se importante, pois o objetivo dele era abrir os caminhos do Senhor – “É necessário que Ele cresça e que eu diminua” (João 3.30)


Jesus comparou a sua geração a crianças desagradáveis (sistemáticas, inconformadas, temperamentais, difíceis, revoltadas, orgulhosas), que sempre acham defeitos nos outros. Acham ruim qualquer brincadeira proposta e se aceitam, ficam sentadas, esperando que as outras façam a parte mais cansativa ou mais pesada. Elas meramente tocaram as suas flautas, mas esperavam que as outras crianças dançassem ou cantassem lamentações, mas deixaram o choro (batendo o punho no peito) por conta de outras crianças. Quando as outras se recusaram a dançar ou chorar, as que tocavam flauta ou lamentações culparam-nas de estragar o brinquedo ou a brincadeira.


João foi criticado por ser severo e ascético demais (austero, penitente, irresponsável “não comendo nem bebendo”, isto é, tendo uma dieta alimentar simples. João Batista foi também acusado de ter demônio, isto é, de ser louco (“ele é louco” João 10.20).


Jesus foi acusado por razão oposta: porque veio comendo e bebendo. A acusação era exagerada, pois Jesus não era comilão nem bebedor de vinho. A comunhão à mesa com os excluídos, provavelmente, mais do que outra coisa, suscitou a ira dos fariseus.


“A sabedoria é justificada pelas suas obras” significa que a maneira de ser de Jesus é justificada pelos seus resultados. A sabedoria e a vontade de Deus trabalharam tanto através da severidade de João quanto da liberdade de Jesus.


“Esta geração” não se refere a todos os judeus de uma dada época. A palavra geração é sempre usada por Jesus em repreensão (exceto em Mateus 24.34 e Lucas 16.8 e referências paralelas). Nunca se refere a toda a raça judaica, mas especificamente àqueles a quem Jesus se dirigiu na época, como representante dela (Mateus 12.39, 41; 16.4 e 17.17).


Vemos em toda a Palavra de Deus e história da humanidade o inimigo se levantando contra o Reino de Deus. Usando as armas sujas e covardes da calúnia, da suspeita, das acusações sem razão, procurando de todas as maneiras calar aqueles que recebem de Deus a missão de anunciar a Salvação em Jesus Cristo.


Se você se encontra nesse momento em certo tipo de prisão, renegado a uma cela escura por aqueles que o atacam exatamente porque você está cumprindo a missão que o Senhor lhe confiou, não sou eu quem digo mais o próprio Senhor Jesus:

"Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo." João 16.33

terça-feira, 2 de setembro de 2008

A Vinda do Filho do Homem – Mateus 24.29-44

Após a destruição do Templo de Jerusalém Jesus voltará. Assim diz o texto que estamos estudando. As pessoas daquele tempo se prepararam para receber a Jesus, mas Ele não veio e já estamos no século XXI e Ele ainda não apareceu para buscar a sua Igreja. Lá se vai muito tempo e nada de Jesus...


Muita gente diz que Jesus jamais voltará à Terra com receio de ser crucificao novamente. E, então, a humanidade vai vivendo e se deliciando no pecado para alegria do diabo. Eu digo, porém, que Ele voltará pois as Escrituras não mentem e digo mais: a sua vinda está próxima, às portas.


Ele só voltará quando o Evangelho for pregado a todas as criaturas. Quando todas as pessoas tenham ouvido a Palavra da Salvação. Como a tecnologia está muito avançada, poucas pessoas ainda não ouviram falar de Jesus.


É provável que haja sinais anunciando a vinda de Jesus, avisando a sua chegada, porém o sol, a lua e as estrelas se manterão intactos. A obscuridade do sol, a falta de luz por parte da lua e a queda das estrelas são usados aqui de modo simbólico. Embora os poderes dos céus (sol, lua e estrelas) possam ser desfeitos ou destruídos quando houve mais necessidade deles, inclusive a Terra. Em sendo o homem levado da Terra, não há mais necessidade de Terra, Sol, Lua e estrelas.

A segunda vinda de Jesus é em juízo e para ajuntar os escolhidos de todas as partes do mundo (I Ts 4.17).


Os não escolhidos se lamentarão, nem só os que O transpassaram bem como todos os que O rejeitaram até os dias atuais. Os pregadores do Evangelho estão espalhados pelo mundo afora em nome de Jesus. Os que acreditarem no que eles estão falando será ajuntados para viverem eternamente ao lado do Senhor. Todavia, aqueles que não acreditarem na verdade pregada pelos que anunciam o Evangelho de Jesus serão separados para viverem ao lado do diabo para sempre.

Os contemporâneos de Jesus não morreriam sem ver a destruição de Jerusalém e do Templo que simboliza a vinda de Jesus e o julgamento dos judeus, o que ocorreu no ano 70 d.C.


Apesar de toda a certeza da vinda de Jesus, o tempo dela é conhecido só do Pai. O Senhor vai pegar os homens de surpresa preocupados com interesses pessoais.

Quando Jesus diz que nem Ele sabe do dia da sua vinda, Ele confirma tanto a sua humanidade quanto a sua divindade.


O crente tem que viver na tensão entre conhecer a certeza da volta de Cristo, sem saber quando ela ocorrerá. Embora ele não saiba quando Cristo voltará, ele tem que se preparar para recebê-lo.


Os crentes não podem se comportar como as pessoas nos tempos de Noé que foram tragadas pelas águas do dilúvio.


A separação entre os levados e os deixados não seguirá linhas convencionais como raça, nacionalidade ou laços familiares. Os levados são os que procuraram fazer a vontade de Deus através dos ensinamentos contidos na Bíblia Sagrada e pregados pelos filhos de Deus até os confins da Terra. E qual o destino dos deixados? Será que vão continuar aqui na Terra comendo, bebendo, roubando, matando, adulterano, pecando... ? Claro que não! Eles serão também transformados e levados para o sofrimento eterno ao lado de Satanás. O sofrimento é mental de arrependimento e remorso por não ter acreditado na pregação dos servos de Deus a respeito da Salvação em Jesus Cristo. A maior dor será a da separação de Deus. Porque o espírito que não aceitou Jesus como Senhor e Salvador estará longe de Deus eternamente. Estar longe do Criador, do Senhor e Soberando Deus é o sofrimento do espírito pecador. Ali haverá dor e ranger de dentes.


Enquanto é tempo, aceite a mensagem de Salvação em Jesus Cristo e tenha certeza de como você vai passar a eternidade.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

A Cruz - Cristãos - Juízo Final – Mateus 16.24-28

Desde o início do Seu ministério que Jesus vem falando sobre a Sua morte na cruz para que pudesse nos dar a vida, pois não há vida sem a cruz de Cristo. A cruz em si não tem valor algum. Ela simboliza o sacrifício de Jesus para nos salvar.


Negar-se a si mesmo é dizer NÃO para si e SIM para Deus em todas e quaisquer circunstâncias. O pecado centraliza-se no amor próprio, na confiança própria e na auto-afirmação.


Temos que renunciar aos nossos desejos e procurar fazer sempre a vontade de Deus. A cruz significa confiança em Deus, amor a Deus e entrega total a Ele.


A pessoa tem sua vida salva somente quando a perde para Cristo e perde quando tenta salvá-la através dos seus próprios meios, achando que é justo aos seus próprios olhos.


De que adianta o homem possuir muitos bens como: fazenda, sítios, apartamentos, carros, dinheiro e... perder a Salvação?


O homem espiritual abre mão de todos os bens materiais (se for preciso) para viver na presença de Deus e ter a vida eterna ao lado dEle. Se um natural, que morreu sem salvação, pudesse voltar à vida física novamente, daria tudo para seguir a Jesus e se salvar, conforme vemos em Lucas 16 na parábola contada por Jesus sobre O Rico e O Mendigo Lazáro como um aviso de profunda significação.


Não podemos fugir do Juízo Final, embora muita gente pense que a morte física é o fim. Outros dizem que a morte física é descanso. O homem é formado de espírito e matéria. Quando Deus chama, a matéria vai para o cemitério e o espírito vai para um local (ainda não no Céu) aguardar o Juízo Final ou Segunda Vinda de Jesus.


Por que sabemos que a pessoa ao morrer ainda não vai para o Céu e sim vai aguardar o Juízo Final? Porque Jesus disse: “Ninguém subiu ao Céu a não ser Aquele que desceu do Céu”. Os que irão para o Céu são levados pelos anjos de Deus para o local de descanso e tranquilidade espiritual. Os que irão para o Inferno são levados pelos anjos do demônio para o local determinado para aqueles que rejeitaram o Senhor Jesus, onde há choro e ranger de dentes.


No dia do Juízo, todos os mortos recuperarão os seus corpos originais com aspectos espirituais e seguirão os caminhos que escolheram em vida. Os ainda vivos serão transformados em corpos espirituais e separados por Jesus Cristo. Os salvos ficarão a Sua direita e os condenados à Sua esquerda como diz a Bíblia.


Jesus não enganou ao homem quando Ele esteve aqui na Terra. Ele foi claro e taxativo ao dizer que Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida e que ninguém vem ao Pai se não for por Ele. E acrescentou que iria, mas mandaria o Consolador para convencer o homem do Pecado, da Justiça e do Juízo. Quem segue a Jesus não teme o Dia do Juízo Final porque tem Jesus como advogado junto ao Pai.


“Alguns não provarão a morte...” Jesus estava se referindo a Sua morte e ressurreição. Quando Ele falava, muitas pessoas estavam ouvindo-O e muitas delas iam morrer antes da crucificação d’Ele. Jesus estava dizendo: “Quem pensa que a morte é o fim de tudo está enganado.” Jesus representa o Reino de Deus, com a Sua morte, o Reino de Deus desapareceu por três dias aqui na Terra, aparentemente. Com a ressurreição,que representava outra vinda de Jesus, reapareceu o Reino de Deus e com ele o Juízo do qual ninguém vai escapar.


Pense nisso, e faça sua decisão ao lado de Jesus, enquanto é tempo!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O Princípio de Dores – Mateus 24.1-14

O Templo no tempo de Jesus era o terceiro levantado no Monte Moriá em Jerusalém. O primeiro fora construído pelo rei Salomão (I Reis 6) e destruído em 587 a. C. pelos caldeus quando levaram os judeus para a Babilônia como escravos.

O segundo fora construído por Zorobabel (Esdras 2) quando os judeus começaram a voltar da Babilônia e este do texto de Mateus 24, cuja construção fora iniciada por Herodes, o Grande, em 20 a. C. em substituição ao anterior, que era menor.

A magnificência do complexo de edifícios que constituem o Templo extasiou os discípulos. Eram construídos de mármore branco e decorados com ouro, pedras preciosas e ricas tapeçarias. O Templo era uma das Maravilhas do Mundo.

Jesus predisse a destruição do Templo, efetuada pelos soldados do imperador romano Tito, quando Jerusalém foi conquistada e destruída em 70 a. C.

Parte dos alicerces do grande muro exterior, conhecimendo atualmente como o Muro das Lamentações, permanece até hoje.

Os discípulos, olhando para o Templo, quando estavam no Monte das Oliveiras, fizeram muitas perguntas a Jesus. As respostas estavam ligadas em um feixe: a destruição do Templo, a vinda de Jesus e a consumação do século.

Jesus quebrou o feixe e indicou que pelo menos a destruição do Templo e o Fim eram distintos, embora muito relacionados. A catástrofe da destruição do Templo iria prefigurar o Juízo no Fim do Mundo, mas não coincidir com ele.

Entre a destruição do Templo e a vonta de Jesus há um período de duração infinita para a nossa contagem de tempo. Entre um evento e outro a Igreja tem que se manter firme para não ser desviada, se preparar para a volta de Cristo, ter paciência na perseguição e pregar o Evangelho no tempo e fora de tempo (“acautelai-vos, esperai, vede, perserverai e trabalhai).

Durante o primeiro e segundo século, apareceram muitas pessoas que disseram ser o Cristo com o os zelotes, cujo alvo era libertar a nação judaica do jugo romano.

Houve muitos levantes locais, induzindo a duas guerras judaico-romano (66 a 70 e de 132 a 135 d.C). Na segunda guerra, Bar Cocheba foi aclamado “Messias” por Akiba, principal rabi da época.

As guerras e rumores de guerras contra as quais Jesus advertiu eram guerras “messiânicas” e não as guerras costumeiras que têm lugar no mundo (as judaico-romanas citadas acima não era guerras messiânicas).

Este texto tem sido mal interpretado, no sentido das pessoas resignarem-se com o fato de uma guerra internacional como inevitável porque é um cumprimento das palavras de Jesus. No entanto, Jesus não estava falando que nada pode ou deve ser feito para impedir as guerras. O seu interesse particular era advertir os seus seguidores contra o perigo de serem arrastados a “guerras santas” que fossem chamadas de messiânicas. Guerras e rumores de guerras não devem assustar-nos, levando-nos a pensar que o Fim dos Séculos chegou.

O povo de Cristo não só viverá em um mundo onde há guerras e desastres naturais, como fomes e terremotos, mas também sofrerá a perseguição. Todos os apóstolos e muitos discípulos de Jesus foram entregues e mortos pelos judeus infièis e pelos romanos brutos, idólatras, pagãos, ateus, invadore e exploradores.

Logo em 64 a. C. os cristãos foram perseguidos pelo imperador Nero, de Roma, que os acusou falsamente de incendiários, isto é, de terem colocado fogo em Roma. Porém, a História Geral conta que o Nero era louco e ele próprio tocou fogo na cidade e acusou os cristãos.

Uma outra acusação foi lançada: os cristãos foram taxados de ateus por não reconhecerem os deuses pagãos do Império Romano. Dizem que eles (os romanos) aderiram (não se converteram) ao cristianismo em 313 a. C. , mas as raízes do paganismo ainda persistem no comportamento evidente ao respeito e tratamento de deuses ou santos a imagens, sejam de mármore, pedra, barro ou madeira, contrariando o que a Bíblia diz em Êxodo 20. 1-5 e Isaías 45.20.

O fato de eles se traírem e se odiarem mutuamente parece refletri um período quando os seguidores de Jesus eram ainda uma congregação judaico-cristã, ainda não separada do judaísmo (Marcos 13.9).

Os falsos profetas podem ser proclamadores judaicos ou falsos cristãos ou ainda cristãos nominais, que procuravam fazer com que os seus condiscípulos se voltem para falsas esperanças, particularmente com respeito ao Fim.

As advertências são dirigidas aos que desertam ou traem a Igreja por causa das perseguições. Muitos hão de falhar no teste e escandalizar ou tropeçar.

Alguns se tornarão informantes e irão trair-se uns aos outros diante das autoridades da Sinagoga ou do governo romano.

Só serão salvos os que perseverarem até o fim (isto deixa entrever claramente que nem todos os dicípulos serão salvos (os apenas nominais nem salvos estão). Concluir que uma pessoa pode ou não perder a salvação, uma vez que a tenha ganho (se é que realmente foi salvo), é ir além de qualquer coisa explicíta no versículo 13. A maioria dos intérpretes entendem que aqui se fala de uma apostasia propriamente dita, mas isto não está explicíto.

O que está explicíto é que o teste da salvação é perseverar até o fim, seja o fim do período de perseguição, ou da vida da pessoa.)

O que é principalmente condenado é a deserção ou traição a Igreja em seus tempos de perseguição. O teste da Salvação não é uma profissão verbal, mas a obediência fiel à vontade de Deus (Mateus 7.21-23).

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Pecado e Santificação – Romanos 6.1-23


Quando uma pessoa se converte, arrepedendo-se dos seus pecados, ela entendeu que estava afastada de Deus por causa dos pecados, porque Deus é Santo e, mesmo amando o pecador, Ele aborrece o pecado.

Sendo assim, o crente não pode continuar praticando o pecar deliberadamente. O pecado que cometer daí em diante é acidental e traz muita tristeza ao coração do crente, pois sabe que entristeceu o Espírito Santo de Deus que habita em seu coração. Não tem como conciliar uma vida com a presença do Espírito Santo e prática de pecado: agiotagem, roubo, mentira, seqüestro, prostituição, uso de drogas, adultério, sonegação, intriga e todo comportamente que não se encaixa no plano de Deus para a vida de ninguém.

Uma vez salvo da escravidão do pecado, o crente está vivo para praticar as boas obras, pregar o Evangelho, procurar a santificação ardentemente, fazer a vontade de Deus.
O batismo é um ritual de passagem do velho domínio do pecado para o novo domínio da justiça. Por essa razão, o batismo só deve ser aplicado a uma pessoa que confesse seus pecados e afirme publicamente sua fé em Jesus Cristo, aceitando como o único e suficiente Salvador.. O que as crianças em tenra idade não tem condições de fazê-lo, mesmo porque não tem consciência de pecado ainda, muito menos de arrependimento.

A morte, sepultamento e ressurreição de Cristo é o fundamento para a exortação que Paulo faz nos versos 3 e 4. A expressão chave é BATISMO DA MORTE, isto é, MORREMOS PARA O PECADO , para o EU. E não pode haver abuso da nova liberdade cristã. A novidade de vida é A NOVA VIDA DO ESPÍRITO e não uma licença para a libertinagem.

Morrer com Cristo significa ressuscitar com Cristo. O batismo em Cristo identifica a pessoa com Cristo na morte, sepultamento, ressurreição e a capacidade para viver a nova vida em Cristo (II Coríntios 5.17).
O glória do Pai ou o poder de Deus é o agente da ressurreição de Cristo e de todos os mortos para uma novidade de vida.

A morte de Cristo foi um evento decisivo, que não precisará ser repetido, de forma que a vida que Ele agora vive não é sujeita à morte, mas a Deus.

O pecado reina no domínio da morte, no entanto, não se pode permitir-lhe reinar, nem mesmo no corpo morto de um crente. O próprio corpo mortal está sujeito à vida, que vem por ocasião da ressurreição.

A vida debaixo da graça é a novidade de vida transmitida pelo Espírito aos que morrem para o pecado e ressureeição para viver para Deus. (v. 4)

O lei do pecado e da morte, incentivada pela Lei de Moisés, perdeu o poder de se assenhorear dos que foram libertos em Cristo, de forma que o pecado não tem lugar, por direito, na nova vida, no novo domínio.

Escravidão é o quinhão do homem, isto é, ou ele é escravo do pecado ou de Deus. Não há um terceiro senhor ou possibilidade. O homem tem sempre um senhor. Os filhos de Deus O têm como Senhor e os filhos do pecado têm como senhor o Diabo:

“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom” – Mateus 6.2

“Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado.” – João 8.34

A velha obediência no velho domínio era à tirania do pecado, e o resultado daquele reinado era ter a morte como destino. Mas a nova obediência leva a uma nova justiça nesta vida e na porvir.

Os escravos do pecado labutavam para produzir impureza e iniquidade, mas os que experimentaram a nova vida em Cristo agora têm vergonha do passado e querem produzir frutos de justiça, frutos da verdadeira liberdade em Cristo, que vêm de uma vida de santificação.

A vida eterna é uma dádiva de Deus. Recusar essa dádiva faz com que a pessoa permaneça no velho estado de escravidão, com a sua falsa liberdade que levará a um futuro de morte final.

Que contraste com o destino de vida eterna!!!

A morte eterna é o salário do trabalho feito em pecado.

A dádiva da vida eterna, em constrate, não pode ser conseguida por esforço humano, mas somente através de Jesus Cristo. E para consegui-la, basta aceitar Jesus como Único e Suficiente Salvador, reconhecendo que o pecado, entristece o Espírito Santo e nos afasta de Deus. E através de um arrependimento genuíno, tomando a decisão de não gostar mais do pecado, não desejar mais pecar, e se pecar, sofrer por ter trazido tristeza ao coração do Deus Santo e pedir ajuda a Ele para se levantar novamente, prosseguindo na busca da santificação diariamente até o fim.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

O Bom Pastor – João 10.1-18

No capítulo 9 de João vemos Jesus curando um cego de nascença, o qual foi expulso da sinagoga porque testemunhava e enaltecia o nome do Senhor. A forma como os judeus trataram aquele homem levou Jesus a sentir que o povo de Deus estava sendo mal conduzido e sendo atormentado pelos líderes religiosos comparados a ladrões e salteadores em oposição ao Bom Pastor que apresenta propósitos francos, sinceros, autênticos e entendidos por todos pois são ensinamentos claros.

A relação do Bom Pastor com as ovelhas é de reconhecimento recíproco. Ele as chama cada uma delas pelo nome e elas O seguem. O que não acontece com os falsos pastores, as ovelhas fogem deles esbaforidas e temerosas.

Como os Seus ouvintes não estavam entendendo, Jesus voltou a usar cenas de campo para facilitar a compreensão.

Da função de Pastor, Jesus passou a ser a porta e o seu guarda. Cristo sozinho controla o ministério e os membros da Igreja. Os sacerdotes e reis de Israel eram admitidos pela herança e ordenados pelos homens (rabinos), os líderes do novo Israel (Cristianismo) são admitidos ao serviço apenas por Cristo. Outrossim, para ser admitido no Judaísmo (prosélito) tinha que ser circuncidado e ser fiel à Lei de Moisés, porém para fazer parte do novo Israel (Cristianismo) basta se converter a Jesus: “entrará e sairá e encontrará pastagem de vida, que Ele providenciará de modo abundante.” (vv 7-10), isto é, Jesus diz que Ele é o único Caminho. Não precisa de circuncisão, herança sacerdotal, holocaustos, sacrifícios. Não há necessidade dos rituais judaicos, pois Ele dá dinamicamente uma vida livre e saudável.

Jesus passou de Porta para Pastor. Os pastores dormiam à porta do curral para impedir a entrada de ladrões e salteadores. Na ilustração Jesus é a Porta e O Pastor. Para alguém tirar uma ovelha teria que matar primeiramente o Pastor. O mercenário aqui é um empregado que está ai ganhando dinheiro e diante do perigo de ser morto pelas feras e salteadores, foge porque é melhor perder o salário do que a vida.

Fazendo um paralelo, concluimos que Jesus colocava a Sua vida à disposição, enquanto o religioso profissional demonstrava pouca preocupação para com o homem comum, já assolado pelas devoradoras forças do mal.

O pastorado de Jesus não se limitava unicamente às ovelhas de Israel, mas sim, a todas as ovelhas espalhadas no seio de todos os povos. Já que esta unificação futura aconteceria como decorrência de Sua morte, obviamente Seus seguidores deveriam (devem) levá-la a efeito pela Terra.

Embora um pastor terreno pudesse acidentalmente ser atacado e morto, Jesus decidiu dar Sua vida deliberadamente, e tinha o poder de retomá-la, como foi feito através da ressurreição.

Os homens, pastores terrenos, podem decepcionar, porque são humanos, falhos e imperfeitos. Mas lembre-se disso: Jesus, o Bom Pastor, nunca vai decepcionar você. Entregue-se a Ele, colocando a vida nas suas mãos. Pois nEle a gente pode e deve confiar.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

A Crucificação de Jesus – Mateus 27.32-66 e Marcos 15.21-41

Após a sua prisão, Jesus sofreu muitas humilhações impostas pelos romanos e também pelos judeus. Foi julgado e condenado à morte pela Corte Suprema Judaica (Sinédrio) composta por 72 juízes judeus que não O reconheceram como o Messias.

Do Sinédrio, Jesus foi levado ao governador romano (Pôncio Pilatos) que administrava a Palestina. Embora não tenha encontrado crime algum cometido por Jesus, assinou a crucificação. Como pôde Pilatos assinar a crucificação de Jesus, se ele não encontrou crime algum praticado por Jesus?

Como Pilatos não entendia bem a religião dos judeus, muitos judeus influentes insuflaram o povo e Pilatos ficou em uma situação muito difícil. Como era um homem sem personalidade e querendo ser simpático aos judeus, entregou Jesus para ser crucificado por mãos pecadoras.

Era costume o condenado carregar o braço da cruz até o local da crucificação, porém com Jesus o obrigaram a carregar a parte mais pesada, a viga vertical. A caminhada foi dura e humilhante, passando por ruas apertadas e cheias de gente que riam e escarneciam dEle.

O local escolhido para a crucificação foi uma colina com formato de uma caveira ou cabeça humana conhecida como Gólgota (palavra aramaica que significa caveria ou cabeça). Muita gente chama o Gólgota de Calvário porque Calvário é a tradução latina de Caveira.

O local ficava perto de uma das portas da cidade por onde passavam muitas pessoas, para que pudessem presenciar aquela execução pública e assim temessem cada vez mais os seus romanos que governavam o mundo na época.

Era costume dar à pessoa que ia ser crucificada um narcótico para aliviar a dor. Jesus recusou a mistura de vinho e fel. Preferiu conservar a consciência até o fim e sofrer toda a dor da crucificação por amor ao homem pecador. A bebdida foi provavelmente oferecida por amigos e simpatizantes ou pelas mulheres de Jerusalém, que costumavam fazer esse obséquio aos condenados.

Por costume, as roupas das vítimas ficavam com os executores. No caso de Jesus, todavai, lançaram sortes para saber com quem ficariam os despojos e assim se cumpriu a profecia do Salmo 22.18. (Salmo escrito 1000 anos antes de Jesus, portanto um Salmo profético e messiânico escrito por Davi.)
A prisão, julgamento e crucificação aconteceram de uma maneira muito rápida. Eram ainda nove horas da manhã e eles estavam ansiosos para O crucificarem, temendo uma contra-ordem ou uma reviravolta. O motivo da execução de um criminoso era posto bem à vista, para que todos pudessem tomar conhecimento. Então, Pilatos mandou colocar a epígrafe INRI (Jesus Nazareno Rei dos Judeus) para mostrar o crime praticado por Jesus, bem como para provocar os judeus, pois eles não O queriam por Rei. Sem querer, Pilatos escreveu uma das maiores verdades, pois Jesus era, é e será o Rei não só dos judeus, mas também de todos os povos, espiritualmente falando.

Em sendo crucificado entre dois salteadores, cumpriu-se o que está escrito no livro do profeta Isaías, capítulo 53, verso 12. “Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores.”

Os passantes, com desdém, zombavam de Jesus grosseira e ignorantemente, meneando a cabeça. Não levando em consideração os sinais que fez para provar ao seu povo que Ele era realmente o Messias tão esperado.

A blasfêmia, o escárnio, a ironia e o abandono foram as respostas dadas pelos judeus para o sacrifício que Jesus estava fazendo por eles. Jesus salvou a muitos, continua salvando até a sua volta, quando levará para Si todos aqueles que creram, confessaram os pecados e reconheceram o sacrifício expiatório de Jesus, aceitando-O como Senhor e único Salvador. Os Seus discípulos estão pregando o Evangelho da Salvação por todos os países do mundo, pessoalmente e através dos meios de comunicação. Os que crerem estarão salvos e os que não, já estão condenados à morte espiritual.

Qual deve ser a resposta do homem para a cruz de Cristo? O que o homem tem que fazer? Ele deve se arrepender de tudo que fez de errado contra Deus e contra o seu próximo, confessar a Deus todos os seus pecados e passar a viver conforme Deus quer e não de acordo com sua maneira de viver, de acordo com os padrões do mundo sem Cristo. Tudo isso tem que ser feito em nome de Jesus Cristo.

Os soldados O guardavam para impedir que os Seus amigos O resgatassem da cruz, pensavam assim as autoridades. Jesus foi crucificado às noves horas e ao meio dia houve trevas em toda a terra até às 15 horas. Foi um acontecimento sobrenatural da parte de Deus, para mostrar que Aquele não era uma pessoa comum e sim o Seu Filho Amado. Aquele acontecimento jamais saiu da lembrança das pessoas que foram assistir a morte de um “transgressor”.

Os inimigos de Jesus dizem que foi um eclipse, mas não poderia haver eclípse durante a celebração da Páscoa.
Espero que aquele fenômeno sobrenatural tenha servido para fazer com que as mesmas pessoas que zombaram e escarneceram de Jesus tenha se arrependido e se prostado aos Seus pés pedindo perdão para os seus atos.

As únicas palavras de Jesus na cruz são as do Salmo 22.1: “Deus me, Deus meu, por que me desamparaste?” Para provar que Ele não perdeu a fé nem tão pouco a confiança em Deus, pois ninguém cita as Escrituras quando perde a fé em Deus.

Temos que entender que a experiência da cruz estava sendo muito forte. A Sua identificação com o homem estava sendo desenvolvida de uma maneira muito penosa. (Ele estava percorrendo um caminho pelo qual todos homens vão ter que passar , eis aí a identificação). Ele estava sentindo que Deus deliberadamente O abandonara no Seu Cálice, isto é, não havai outro meio de libertar o homem do pecado.

O vinagre ou vinho azedo deve ter sido levado pelos soldados para o seu uso natural e dado a Jesus para dar seqüência à série de zombarias feitas anteriormente.

Jesus entregou o Seu Espírito e disse: “Está consumado”. Nessas palavras de Jesus, entendemos que estava terminado o Seu ministério aqui na Terra. Ele estava agradecido a Deus por ter concluido a missão, vencendo a morte a morte espiritual, e abrindo ao homem, que Deus tanto amou, as portas da Salvação, pois o preço foi pago.

Realmente, o homem está livre para escolher a Deus ou ao diabo. Jesus fez a Sua parte com muito sacrifício. O homem tem livre arbítrio para escolher o Céu ou o Inferno.

Desde o tempo do Sinai que o Templo era dividido em dois compartimentos divididos por um véu. A parte da frente era destinada a todos os fiéis, porém a parte mais íntima só era permitida a entrada do sacerdote, mesmo assim de ano em ano para falar com Deus no Dia da Expiação, quando sacrifícios eram oferecidos para remover a culpa do povo. Ali, naquele local chamado Santo dos Santos, considerava-se que Deus residia.

O véu rasgou-se de alto abaixo, Deus dizendo com isso que o acesso a Ele agora era livre. Não há mais necessidade de intermediário. Você pode falar com Deus a qualquer hora e em qualquer lugar, porque Jesus abriu o caminho, tirou todos os empecilhos, tirou todas as tranqueiras. O caminho entre a Terra e o Céu está desobstruído para qualquer pessoa que queria fazer as pazes com Deus. Há todavia ainda uma condição: tudo que se falar com Deus tem que ser em nome de Jesus. O homem não tem como usar seu próprio nome para se achegar a Deus. O homem pode confessar seus pecados, pedi perdão pelas suas faltas, fazer as suas petições e não ter vergonha de falar com Ele todas as suas fraquezas, suas aspirações, seus segredos por mais íntimos que sejam.
Não conte seus problemas a ninguém. Além da pessoa não fazer nada por você, ainda conta para outras pessoas. Deus não faz isso. Ele ouve e resolve tudo e ninguém fica sabendo de nada. Caso você queira contar a bênção recebida das mãos do Senhor, é bom. É bom porque aumenta a convicção dos fiéis e enaltece o nome de Deus. E também para provar aos descrentes como o nosso Deus nos ama e resolve nossos problemas.
No momento da morte de Jesus, as catatumbas se abriram e muitos corpos de santos ressuscitaram, isto é, pessoas que dormiram no Senhor. Dormir no Senhor significa os que já haviam morrido e que eram crentes no Senhor.

Aqueles santos ressuscitados foi um meio de Deus dizer que Jesus seria também ressuscitado. Nem só Ele mas nós também no Último Dia quando Jesus voltar para separar o joio do trigo.

Depois da escuridão total durante as três horas e da ressurreição dos santos, o centurião sentiu que aquele homem crucificado era de fato o Filho de Deus, o Messias.

Maria Madalena (da cidade de Magdala) e as outras mulheres sempre estavam ao lado de Jesus e dos apóstolos na Galiléia, servindo-O nos serviços domésticos. Eram mulheres convertidas ao Cristianismo e que foram muito úteis ao Senhor enquanto aqui na Terra e por isso mesmo foram salvas por Ele e vão viver eternamente ao Seu lado quando Ele voltar para levar a Sua Igreja. Amém.

Medite nessas palavras: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo Homem.” - I Timóteo 2.5