sexta-feira, 24 de abril de 2009

Apocalipse 8:1-13 - A Abertura do Sétimo Selo

Com a abertura do Sétimo Selo, termina o desenrolamento de todo o Rolo do Destino e apresenta um desvendamento completo. Fez-se um agoureiro silêncio quase por meia hora. Essa demora simboliza um retardamento do Juízo ou pode também simbolizar dramaticidade e suspense. As hostes celestias permanecem em silêncio, tudo para, querendo ver ansiosamente o fim.

Os Sete Anjos são especiais e conhecidos pelos leitores. A literatura da época chama-os de "Anjos da Presença" conforme vemos nos Livros Apócrifos e canônicos (Tobias 12.15 - I Enoque 81.5 e 20.1-8 - Isaías 63.9 e Lucas 1.19 (Gabriel estava entre eles).

A trombeta é o instrumento preferido dos Livros Apocalípticos para chamar a atenção do homem para Deus (Juízes 6.1-22 - I Crônicas 15.24 - I Reis 1.34,39 - Zacarias 9.14 - Mateus 24.31 - I Coríntios 15.52 - I Tessalonicenses 4.16). Ela era usada frequentemente para reunir os exércitos e para dar ordens. As hostes celestias continuavam em silêncio reverente, em suspense e em oração.

VV 3 a 5 Em Ap. 6.10 os mártires pediam justiça e agoar vemos a resposta de Deus. Deus sempre responde as nossas petições. Às vezes a resposta não é a que esperamos, aquela que gostaríamos, mas com certeza é a melhor. Ela pode ser: sim, não e espere. É comum a expressão no meio cristão "aquela oração não passou do teto"; significando que Deus não ouviu ou não vai atender. Pois bem, Deus ouve todas as nossas orações e as responde na hora, porém de acordo com a vontade dEle. E é sempre bom lembra que a vontade de Deus é boa, agradável e perfeita. (Romanos 12.2).

O incensário de ouro era uma concha ou pá usada para pegar brasas acesas. O incenso tinha uma longa história na adoração. Era usado para chamar a atenção da divindade. O fumo expressava o oferecimento das orações dos santos (cristãos) a Deus.

O anjo colocou o incensário no seu lugar, pegou novamente e encheu com brasas vivas que haviam sido misturadas com as orações.

O fogo é uma figura de julgamento aqui; as orações são ouvidas no Céu e voltam à Terra em forma de julgamento contra os perseguidores dos cristãos.

Os trovões, relâmpagos e o terremoto são avisos de uma grande visita destruidora; é um prelúdio das sete trombetas que vão ser tocadas.

VV 6 e 7 Quando os 4 anjos tocarem as suas trombetas, males terríveis cairão sobre a Terra, causando uma destruição parcial. Os males causados pela primeira trombeta são descrições de calamidades naturais como um agente de destruição contra Roma, a inimiga do Cristianismo. E uma das causas principais da ruina do Império Romano foi de fato uma série de calamidades naturais que levaram o Império ao colapso, tais como: terremoto, erupções vulcânicas e enchentes. A terrível série de "ais" que prenunciavam o fim estava começando.

VV 8 e 9 Saraiva e fogo da primeira trombeta associada com a segunda causaram uma tremenda tempestade (Joel 2.30 e At 2.19)

Em 79 d.C. houve uma erupção vulcânica (vulcão Vesúvio) que destruiu as cidades italianas de Herculano e Pompéia, causando grandes danos em todo o território. É bem provável que este verso 8 tenha feitos todos lembrarem do poder de Deus.

VV 10 e 11 Absitno significa amargura. O amargor e a população causou a morte de muitos homens que beberam das águas (embora o absinto não seja venenoso). A praga afeta a água doce de modo muito sério, porém a limitação das águas (a terça parte) sugere que ainda há tempo para o arrependimento).

V 12 Um terço do dia ficou em trevas e um terço da noite ficou sem luz. Lendo os textos bíblicos de Êxodo 10.21 a 23 - Joel 2.2 e Marcos 13.24, vemos que há uma analogia entre as três primeiras pragas do nosso texto em estudo.

V 13 As 4 primeiras pragas foram sérias porém muito menos do que as que virão. As águias são aves de rapina. Os escritores apocalípticos as usaram em suas figuras de castigo divino (Ezequiel 1.10, 10.14 - Daniel 7.4 e II Baruque 77.19).

Um suspense terrificante é criado com o grito da águia. O ritmo aumenta de tragédia para desastre, de dano para tortura e morte.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Apocalipse 7.1-17 - A Selagem e a Glória dos Cristãos


No capítulo anterior, vimos o Cordeiro abrindo os Seis Selos retratando a destruição dos inimigos de Cristo. De acordo com o nosso raciocínio, o Sétimo selo deveria ser aberto a seguir neste capítulo 7, porém isso não aconteceu, houve um parênteses explicativo para responder uma pergunta que já estava na nossa cabeça: o que acontecerá com os cristãos enquanto estiver em andamento esta obra destruidora? Escaparão ou serão vitimados também?

Então, esse parênteses explica como Deus providenciou a proteção dos cristãos quando for aberto o Sétimo Selo. As forças destruidoras ficarão como que reprimidas até que os santos (cristãos) sejam selados para a proteção e eterna glória. Deus responde também a pergunta de Apocalipse 6.17 "Quem poderá subsistir?"

V1 Ratificando o modo de pensar do homem primitivo com relação à Terra, João viu 4 anjos controlando a intensidade do vento nos quatro cantos da Terra, isto é, controlando o vento em toda a Terra.

Os 4 ventos são novos símbolos dos 4 cavaleiros do capítulo 6 montados nos cavalos branco, vermelho, preto e amarelo (Zacarias 6.1-8).

Os ventos trazem chuvas mas trazem também pragas de locustas prejudiciais à lavoura.

Os ventos aqui simbolizam poderes malignos, de prontidão, mas restritos, pois são impedidos de danificar a Terra, o mar e as árvores (que são mais vulneráveis aos ventos).

VV 2 e 3 - Um quinto anjo surgiu do Leste ( a fonte da luz para iluminar as trevas, fonte de bênção e esperança - Ezequiel 43.2 e Malaquias 4.2).

O anjo trazia o selo de Deus (o ferro de marcar do Deus vivo), provavelmente como um anel de sinete (lacre, carimbo) como os reis usavam (Gênesis 41.42 e Daniel 6.17). O anjo exercia autoridade sobre os outros Quatro Anjos, pois ordenou que retivessem os ventos destruidores até que os servos de Deus fossem selados ou marcados em suas frontes (testas) e assim se tornassem imunes aos males vindouros por intermédio dos Quatro Cavaleiros. (Paulo usa o Espírito Santo como Selo de Deus em nossas vidas, nos dando segurança, identificação e autenticação - II Coríntios 1.22 e 4.30).

VV 4 a 8 - O número 144.000 é o resultado da multiplicação do quadrado de 12 por mil ( 12 x 12 x 1000 = 144.000). Ou 12.000 de cada tribo (12.000 x 12 = 144.000).

O número 144.000 significa um grande número de pessoas, o número da plenitude pois o 12 é o resultado de 3 x 4 ( o número da Perfeição Divina x o número do Mundo Perfeito).

Conforme vimos anteriormente, o 12 simboliza a religião organizada no mundo: 12 tribos de Israel, 12 Apóstolos, as 12 portas da Cidade Santa.

Alguns seguimentos religiosos afirmam que apenas 144.000 pessoas vão se salvar, no entanto, não é assim como pensam. Os 144.000 simbolizam todos aqueles que aceitaram, aceitam e aceitarão a Jesus Cristo como o seu Único e Suficiente Salvador.

A tribo de Judá é mencionada em primeiro lugar porque Cristo é o Leão de Judá e a tribo de Dã é omitida porque uma tradição dizia que o anticristo viria de Dã. A outra hípotese para a omissão da tribo de Dã é o pecado de idolatria cometido por essa tribo "E os filhos de Dã levantaram para si aquela imagem de escultura; e Jônatas, filho de Gérson, o filho de Manassés, ele e seus filhos foram sacerdotes da tribo dos danitas, até ao dia do cativeiro da terra." Juizes 18.30.

VV 9 e 10 Alguns estudiosos defendem que os 144.000 simbolizavam os cristãos que estavam ainda vivos quando o Apocalipse foi escrito e que esta multidão do versículo 9 simbolizava os cristãos já mortos (muitos martirizados). Preferimos acompanhar outros estudiosos que dizem que a multidão era incontável e os 144.00 estavam incluídos. Esta visão é uma primeira apresentação do estado celestial final de todos os crentes. A multidão era cosmopolita (oriunda de todas as nações, confirmando assim a universalidade do Evangelho.

A multidão está próxima de Deus e de Cristo, o que só era permitido antes somente a seres celestiais. A multidão faz jus a isso porque morreram pelo e no Senhor. Não há vitória maior do que estar na presença de Deus.

A multidão está trajando compridas vestes brancas, que significam a sua pureza e vitória com Cristo prometeu aos cristãos de Sardes em Apocalipse 3:5 e a promessa foi cumprida.
A multidão usa palmas nas mãos, outro emblema de vitória. Ramos de palmeiras eram usados durante a Festa dos Tabernáculos ou Festa da Colheita que durava sete dias. Durante a festa o povo habitava em tendas feitas de ramos (Levítico 23.42).

O povo usou ramos de palmeiras para comemorar a Entrada Triunfal de Jesus em Jerusalém (João 12.12-19, Mateus 21.1-11, Marcos 11.1-10 e Lucas 19.29-38). Ali começou a caminhada vitoriosa de Jesus para nos tirar das garras de Satanás para onde Adão e Eva nos empurraram. Jesus fez a Sua parte, só falta você tomar a decisão de segui-lO para que possa estar e ser um dos componentes daquela multidão do verso 9 do texto em estudo.

Os ramos de palmeiras usados pelos vitoriosos celebravam não só a vitória deles mas também a vitória completa do Cordeiro.

A palavra salvação é usada como louvor a Deus e ao Cordeiro pela vitória que eles (os mártires) conseguiram, apesar das perseguições.

VV 11 e 12 - Os anjos formaram um círculo em volta do Trono de Deus, estando presente os anciãos e os Quatro Seres Viventes de Ap. 4.6 e 7: Homem, Leão, Touro e Águia. Eles responderam dizendo Amém ao grito da multidão quando disse "Salvação".

VV 13 a 17 - João relutou ou não sabia responder a identitidade e a origem da multidão e então o ancião explicou quem era bem como o seu destino. Aquela multidão atravessou as grandes dificuldades e tribulações antes do Fim como Jesus dissera em Marcos 13, Daniel dissera em 12.1 e João dissera em Apocalipse 2.10 e 3.10.

Os versos 16 e 17 nos mostram o destino da multidão através de sete declarações:

1 - Deus estenderá o Seu Tabernáculo sobre eles - presença e proteção de Deus (Isaías 4.6). Durante séculos o povo de Deus deseja estar com Ele. Nessa visão esse sonho se realizou (Ezequiel 37.27).
2 - Não terão fome.
3 - Não terão sede.
4 - Não serão atingidos pelo sol nem pelo calor (Isaías 49.10) A profecia de Isaías está se cumprindo na visão.
5 - O Cordeiro... os apascentará - simboliza proteção e segurança (Salmos 23 e João 10.14).
6 - Conduzirás às fontes das águas - cumprindo os anseios espirituais do povo de Deus (Salmos 23.2).
7- Deus enxugando dos olhos toda a lágrima - até aqui Deus permaneceu à parte, enquanto o Cordeiro era o Consolador; agora Deus é retratado nos termos mais ternos, acariciando os Seus filhos (Isaías 25.8).

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Apocalipse 6.1-17 - Abertura dos Primeiros Seis Selos.

O ato principal do Apocalipse começa com esta visão. Iniciamos o cumprimento daquilo que João disse em Ap. 1.1 ("... para mostar aos Seus servos as coisas que brevemente devem considerar..."). Por detrás de toda a história está Deus em Cristo abrindo o livro selado dos feitos de Deus com relação aos homens. O selo é um sinal de propriedade e só um representante oficial pode abrir um selo. Cristo é o representante oficial de Deus para fazê-lo.

VV 1 e 2 O cavalo branco simboliza a vitória, a conquista, o militarismo para subjugar o inimigo (cavalos brancos sempre eram montados pelos conquistadores em suas marchas triunfais. Até hoje os Batalhões de Cavalaria dos Exércitos preferem os cavalos brancos para os seus desfiles militares comemorativos).
O cavaleiro simboliza um soldado persa usando o arco. Os persas ou partos naturais da Pérsia ou Pártia (Irã) eram os inimigos fidagais dos romanos. A vitória estava próxima. Roma poderosa e má não ficaria de pé para sempre (como realmente caiu fragorosamente).

VV 3 e 4 O cavalo vermelhor com oseu cavaleiro simbolizava a guerra, pois ela é o meio de se chegar a vitória. Não há vitória sem guerra, como hão há guerra sem derramamento de sangue através da revolta e luta interna causando uma revolução (matar-se uns aos outros).


VV 5 e 6 O cavalo preto agourento simboliza a fome, e a balança simboliza a escassez de gêneros alimentícios. Um denário era o preço de um dia de serviço de um operário e se comprava 12 litros de trigo e 24 litros de cevada. Cada soldado recebia a ração equivalente a um litro de trigo por dia. Um queniz de trigo por um denário, significa que a fome exigiria que um homem trabalhasse o dia inteiro para conseguir comida apenas para ele próprio.
A cevada era mais barata, três quenizes de cevada por um denário, propiciaria comida suficiente para uma família pequena. Na época de guerra os gêneros dobram ou triplicam de preço e desaparecem dos mercados por causa da ganância dos negociantes.
Em 92 d.C o Imperador Domiciano proibiu o plantio de novas vinhas na Itália, e que, nas províncias, a metade delas fosse arrrancada, para dar lugar ao plantio de outros tipos de cereais. Por isso Jesus disse: "e não danifiqueis o azeite e o vinho" para que não haja falta. A fome sempre vem na esteira da guerra.

VV 7 e 8 Aberto o quarto selo surge em cena uma figura hedionda. Um cavalo amarelo, pálido, uma cor esquisita entre o branco e o preto, cor de cadáver carregando um cavaleiro chamado Morte, seguido por um companheiro horrível chamado inferno (hades).
A sua horrível missão era limitada a um quarto da Terra para matar através da fome, peste e feras. João já conhecia tais horrores deixados por uma guerra através de Ezequiel 14.21.
A morte aqui não é uma morte natural ou acidental, e sim um ai de sofrimento e morte lenta de pestilência e fome.
Hades é uma nebulosa ou uma nuvem, é a região dos mortos (o homem ao morrer não vai para o Céu nem vai para o Inferno. Ele fica em um local - um plano celestial esperando Cristo voltar para separar).
Pode ser interpretado também como o tumúlo (cova, cemitério).
Depois da guerra e da fome vem a morte por vários meios e um deles é a peste horripilante e cruel. Embora seja um julgamento parcial (um quarto da Terra) consegue porém deixar forte impressão de horror através deste cavalo que tem a cor dos cadáveres, cavalgados pela Morte que tem atrás de sim o Túmulo que vai ruidosamente recolhendo os corpos que mata.

Tudo que já foi apresentado até aqui:conquista, guerra, fome e morte são forças de que Deus dispõe para destruir os opressores de Seu povo. Que os cristãos, pois, criem coragem porque a Causa de Cristo, de modo algum, está perdida.
Cristo, através do Seu Apóstolo, pretende retratar o poderio de Roma no momento, bem como mostrar todos os oturos poderes militares de algumas outras nações que farão com que haja conquista, revolta, fome e morte para derrotar o Império Romano.

Assim, haverá a Vitória Final de Cristo e de Seus santos (cristãos genuínos), cujo triunfo é através do sofrimento redentor.


VV 9-11 Até aqui vimos os meios pelos quais Deus pode exercer Seu julgamento. Agora, veremos a razão desse julgamento, pois quando o Cordeiro abre o Quinto Selo, o simbolismo muda.
Uma crença popular judaica dizia que as almas dos justos ficavam debaixo de um altar celestial. E agora João confirma isso ao ver as almas dos que foram mortos por causa da Palavra de Deus, que não são outros senão os mártires da perseguição de Domiciano. A pergunta dos mártires é um clamor, um pedido de vingança.
Os mártires se mostram impacientes ao pedir vingança a Deus. O homem sempre se lamentando e clamando, sempre expressando o seu espírito impaciente, o seu egocentrismo e algum desapontamento em relação a Deus (Salmos 6.3 - Isaías 6.11 - Jeremias 47.6 - Daniel 12.6 - Zacarias 1.12).
Isso porém acontece porque o homem não procura acertar o seu relógio com o relógio de Deus.
O clamor dos mártires é uma lembrança condicional, respeitosa e sutil de que Ele poderia levantar-se e vingá-los naquele momento, referindo-se ao que os incrédulos fizeram com os cristãos. As vestes brancas simbolizam a vitória e pureza e se lhes diz que tenham paciência e esperem pelos seus irmãos para que todos se juntem naquele grande Dia da Vitória Final (Dia do Juízo).

VV 12 a 17 A abertura do Sexto Selo desencadeou um terremoto que levou todo o universo físico a tremer como se fosse despedaçar-se. Todos os homens da Terra fugiram procurando lugar para se esconder, e gritaram sob a ira de Deus.
Tais sinais cósmicos, precedendo o fim, são mencionados desde o Velho Testamento (Isaías 24.3 - Isaías 2.12,19 - Isaías 13.9,10 e Joel 2.10). E mais recentemente, Jesus também alertou (Marcos 13.8,24).

O terremoto abala toda a Terra assinalando o começo do fim. Escuridão total como um tecido de pêlos negros de cabra (cilício), símbolo da lamentação.
O aspecto da lua sugere condições atmosféricas inusitadas, que tornam a lua vermelha e anunciam destruição. As estrelas caindo como figos verdes é sinal do universo sendo abalado (Isaías 34.4).
O Céu desaparece como se estivesse sido cortado ao meio e enrolado como um rolo (Isaías 34.4). Em adição ou somando-se ao colapsto celestial, as montanhas e ilhas imóveis da Terra desmoronam.
Esses "ais" sobrevêm indiscriminadamente a todas as classes sociais de pessoas que são mencionadas em grupos, incluindo poderosos e fracos, ricos e pobres, reis, chefes militares, ricos, pobres, poderesos, escravos, livres, grandes e pequenos.

Eles se esconderam em cavernas e rochas pedindo que avalanches os escondam do Juízo de Deus (Oséias 10.8 e Lucas 23.30). Preferiram ser esmagados pelos montes e rochedos do que ser arrastados à presença de um Deus irado.

Esta visão do Sexto Selo simboliza o Juízo Final e o poder destruidor de Deus contra os que rejeitam a Ele e ao Seu Plano de Salvação. Mas ainda não é o Verdadeiro Juízo Final, é apenas um "ai" preliminar. O Juízo Final mesmo, veremos em Ap. 20.11-15.


A ira do Cordeiro é um paradoxo (contradição), pois os cordeiros são mansos, porém não podemos esquecer que o Cordeiro do Apocalipse é também o Leão de Judá, o Messias e a figura de julgamento. Os que estão sob julgamento sentem a fúria ocasionada pela sua condenação, mas eles conspiraram para a morte do Cordeiro e de Seus seguidores. Agora estão enfrentando o julgamento.

O pecado torna o pecador alienado (apartado de Deus), inimigo de Deus e assim, ele não pode suportar a presença de Deus. Prefere ser soterrado pelos escombros do que enfrentar o Juízo Final diante de Deus. Se sente envergonhado, arrasado, sufocado.


Os homens pecadores inveterados procuram mascarar a realidade com máscaras humans de engano. Quando Deus vier para julgar e rasgar essas camuflagens, o homem sentirá o horror e o arrependimento (tardio) de ter rejeitado a Cristo.
Quem poderá subsistir: Presume-se que ninguém poderá. Mas João sabe que o povo de Deus poderá suportar o julgamento, conforme veremos no próximo capítulo.

Para meditar:

  • "O Senhor resgata a alma dos Seus servos, e nenhum dos que nEle confiam será condenado." (Salmos 34.22).
  • "Vale mais o pouco que tem o justo, do que as riquezas de muitos ímpios." (Salmos 37.16)