terça-feira, 19 de maio de 2009

Apocalipse 10.1-11 - João Come o Livrinho


A posição de João mudou do Céu para a Terra. Este anjo não é nenhum dos mencionados até aqui. A nuvem simboliza glória (manto do anjo), o arco-íris funciona como um diadema, o rosto de sol simboliza luz e poder e a posição das pernas indica que a mensagem é endereçada a todo o mundo.

As nuvens são veículos de seres celestiais quando descem à Terra (Daniel 7.13 e Salmos 104.3).

O anjo brada com voz forte para atrair a atenção de todos para o que vai dizer. Ele não é um mensageiro comum, pois tem um livro na mão e faz com que os sete trovões falem.

Os trovões não são identificados, porém sugerem que é a voz de Deus (João 12.27 e ss).

João foi proibido de escrever porque a mensagem deveria ser selada para conservá-la secreta até o momento propício (Daniel 12.4).

Em Ap. 6.10 os mártires perguntaram a Deus "até quando?" e Deus disse que esperassem um pouco mais. O homem gosta de inquirir a Deus: "Por que nascem crianças doentes e aleijadas? Por que tanta pobreza no mundo? Por que Deus levou meu único filho? Por que eu sofro tanto? Por que tanta fome?" Uma série de porquês que parecem querer culpar a Deus por tudo que há de ruim no mundo.

Apenas um esclarecimento que o Senhor já me deu e quero compartilhar com os leitores. Deus tem TODAS AS RESPOSTAS. Ele sabe de tudo. E nessa sabedoria infinitamente perfeita, Deus nos poupa de ouvir e conhecer as respostas, porque ainda não é o momento. Não temos estrutura para estarmos cientes de tudo. Não aguentaríamos. Nosso corpo mortal (por causa do pecado) é fraco. Não suportamos muitas pressões ao mesmo tempo. Alguns sucumbem ao peso de dívidas financeiras. Duas ou três contas de luz vencidas é motivo para desespero, depressões, desentendimentos familiares. E o que falar de decepções amorosas? Quantos se tornam um verdadeiro lixo humano, por terem perdido o que pensaram ser o "amor da vida deles" para uma outra pessoa. Vendo por esse lado, entendemos porque Deus nos oculta muitas coisas, por serem grandiosas demais para nossa atual estrutura. No tempo certo Ele nos revelará, e de acordo com a vontade dEle. Que maravilha é poder descansar na vontade de Deus para nossas vidas, porque é sempre boa, agradável e perfeita.

Daniel também perguntou a Deus (Daniel 12.6) e Ele mandou selar a mensagem até o final ou até o fim.

A pergunta feita pelos martíres em Ap. 6.10 está sendo respondida agora com a Sétima Trombeta a partir do versículo 15. O mistérioa vai ser desvendado. "Não haverá mais demora". Não haverá mais avisos, pois os avisos já pronunciados pelas Seis Trombetas anteriores foram suficientes para os homens se arrependerem.

O livro não foi entregue diretamente a João. Ele teve que usar a sua iniciativa de pegar. O homem tem que ter a iniciativa de pegar o Livro pois dele provém a salvação para a sua alma (João 5.39).

O gosto do livro é doce mas os seus efeitos posteriores são amargos. O que significa isso? Vamos juntos aprender o que simbolizam o doce e o amargo na boca e estômago de João, respectivamente.

A mensagem cristã é doce para o pregador, pois ele se sente alegre, feliz e privilegiado de receber das mãos de Deus uma revelção, uma inspiração, uma vocação, um dom.

Quando o pregador fecha a Bíblia após o apêlo, começa dentro dele um processo de angústica, de tristeza e de amargura (às vezes isso acontece no momento da pregação). Por quê? Porque a mesma mensagem de salvação por ele apresentada é ao mesmo tempo uma mensagem de condenação aos pecadores que não se arrependerem (pais, irmãos, filhos, amigos). O pregador sabe que muitos não se arrependeram. E, ao pensar nas terríveis consequências, ou seja, a revelada ira de Deus sobre os pecadores que não se arrependem, o pregador se sentem triste diante de um quadro bastante triste e muito amargo.

Irmãos, cientes disso, uma boa prática em nossas igrejas é ter todos os crentes em oração durante a pregação e, principalmente, durante o apêlo. Muitas forças do mal tentam impedir que o pecador ouça a mensagem e se arrependa, dando glória a Deus. Nesse momento, a corrente de oração do salvos em favor dos que estão ouvindo a mensagem deve ser contínua e firme. Nada de conversas paralelas, brincadeiras e saídas antes da hora para a cantina ou estacionamento.

Não, irmãos!!! Estamos em guerra e essa é uma batalha importante em que muitos sairão do culto ou para a vida ou para a morte eterna. Todos os soldados de Jesus são necessários nesse momento de intercessão e não apenas o pregador:

"Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais."
Efésios 6.12

Apocalipse 9.13-21 - A Sexta Trombeta


A Voz do Altar deu a ordem de execução. A Voz saia de quatro pontas ou chifres que funcionavam como projeções decorativas. As orações dos santos do capítulo 8.3 são respondidas agora como julgamento sobre a Terra.

Os anjos eram malignos, pois estavam presos no rio Eufrates que era a fronteira antiga entre o Israel ideal e os seus inimigos ao oriente (assírios e babilônios). Então, a fronteira oriental de Roma (Império Romano)era o rio Eufrates e os seus inimigos, a essa época, eram os partos que haviam infligido grandes derrotas aos romanos na fronteira.

João está dizendo que o inimigo de Roma fica na fronteira e agora foi liberado para lutar contra o dominador e inimigo de Cristo porque chegou o momento exato:hora, dia, mês e ano.

V 16 Os cavaleiros tinham sido preparados de modo todo especial para essa obra destruidora. João viu um exército de 200 milhões de cavaleiros (20.000 x 10.000 número que desígna um exército enorme de número completo - Salmos 68.17 e Daniel 7.10).

Em formação regular, era uma tropa de cavalaria que ocuparia o espaço de uma milha de largura por oitenta e cinco milhas de comprimento.

V 17 Os cavaleiros não matam e sim os cavalos demoníacos que exalam fogo, fumaça e enxofre, e desta forma infligem pragas mortais, dizimando um terço da humanidade. As cabeças de serpentes nas caudas dos cavalos eram sofrimentos adicionais mas não eram mortais.

Essa visão simboliza a invasão externa que nas mãos de Deus serviria de instrumento de punição aos opressores do Seu povo. Três foram as causas da derrocada do Império Romanos:

- as calamidades naturais
- a podridão interna (corrupção que já estavam em andamento)
- a invasão externa vista nesta visão

Os versos 20 e 21 nos dizem que os juízos acima referidos eram julgamentos contra o poder mundano e não contra os cristãos, obviamente. Estes poderiam sofrer as consequências, porque estavam misturados com o mundo na sua perigrinação terrena; mas juízo não, pois provação não é julgamento como alguns crentes acham. Há crentes que pensam que os acidentes, doenças, desemprego, e outras situações difíceis são provinientes do peso da "mão de Deus" sobre a vida de um crente que fez algo errado aos olhos de Deus.

É sempre bom mantermos em mente que Deus não age como nós: "Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor." Isaías 55.8.

Em conclusão, vemos que Deus procura mostrar aos cristãos que Roma nunca triunfaria sobre a cristandade, dando-lhes motivos de esperança e confiança para prosseguirem na expansão e proclamação da fé em Jesus Cristo