A conversão é o passo mais importante que o ser humano dá na vida, porque é através da conversão que ele obtém a salvação. Não se pode separar o trinômio: conversão-cristão-salvação. Não há salvação sem cristão e não há cristão sem conversão. O homem tem que se converter ao Cristianismo para se salvar. Ninguém nasce cristão e não ha outro meio do homem se tornar cristão, senão, pela conversão.
O povo do mundo costuma dizer: “Fulano de tal se entregou pra Jesus, mas eu cá não vou pra lei dos crentes, morro na religião que nasci, a religião dos meus pais.”
O homem tem que procurar sempre melhorar em todos os aspectos, inclusive no aspecto religioso, pois conversão é mudança para melhor.
Quando a minha esposa se converteu, minha sogra disse: “Perdi minha filha”. Quem dera que todas as mães perdessem todos os seus filhos para Jesus.
Mesmo que todos os membros de sua família sejam cristãos, você precisa ter um encontro com Jesus. Você precisa se converter, pois ninguém nasce cristão. Você nasce como criatura de Deus, com a conversão você se torna filho de Deus por adoção.
Jesus veio trazer a paz e a reconciliação entre os homens e entre os homens e Deus, porém, por causa de Jesus tem havido atritos familiares. Não devemos esquecer porém que o parentesco básico é uma questão de fé em Jesus e não parentesco de carne. Não podemos fazer a vontade dos nossos familiares ou parentes (pais, marido, esposa, irmãos, filhos, noivos, etc) e irmos para o inferno juntamente com eles.
Quando adolescente na cidade de Mata de São João-BA, eu cantarolava notas musicais (estive estudando música) sem conhecê-las e sem saber de onde vinham.
Passados alguns meses apareceu por lá um pastor pregando a Palavra de Deus. Isso foi em 1948 aproximadamente. Foi um reboliço muito grande naquele bairro humilde chamado Caboré.
O pastor passou a realizar os cultos na residência do senhor Portela, meu vizinho. Ao ouvir os cânticos do Hino A Última Hora, reconheci aquela música que nunca havia escutado antes. Não me contive, saí escondido e fui lá. Assisti o culto e me lembrei que eu mesmo cantarolava aquelas notas alguns meses antes.
Houve muitas conversões: Dodó, Judite, Camelita (filhas do senhor Portela), sua esposa e muitas outras pessoas. Senti no coração o desejo de seguir a Jesus, mas fui impedido pelo meu pai que não tinha religião alguma. Mamãe ainda tentou me ajudar, mas não houve jeito do velho ceder. Parece até que algumas das minhas irmãs demonstraram o desejo de seguir o Mestre, mas fomos proibidos, apesar das súplicas do pastor Samuel.
Ao completar 20 anos, fui para o Rio de Janeiro, onde sofri, padeci, pequei. Casei-me com uma moça temente a Deus e que demonstrou várias vezes o desejo de seguir a Jesus Cristo, mas eu sempre rejeitei a Jesus, obcecado que estava pela bebida, pelo trauma familiar, pelo complexo, pela dor, pelo remorso, pela miséria e pela desgraça como complemento.
E agora, José? O senhor que não me deixou seguir a Jesus, chorava ou me condenava?
Naturalmente sofria, porque ele me amava bastante e eu não o condenava, porque eu o amava bastante também.
Porém, Deus sempre teve um plano para a minha vida. Assim, em um momento de profunda tristeza, depressão e abandono, ouvi uma voz dizer nos meus ouvidos: “Só Jesus te salva”. Naquele mesmo dia, escrevi um poema com o título: “Só Jesus me salva” a caminho do trabalho na Ilha do Governador.
Poucos dias depois, passando em frente a um Templo da Igreja Batista, fui “empurrado” pelo Espírito Santo para dentro do Templo onde confesse todos os meus pecados a Deus em nome de Jesus, seguindo a orientação do pastor, pois eu não sabia como falar com Deus. Além disso, me sentia tão pecador, tão culpado, tão mau, tão infeliz que tinha vergonha de falar com o Senhor. Eu me sentia indigno e inferior. Não tinha palavras para me dirigir a Deus, mesmo sendo conhecedor das letras, eu não sabia como me dirigir ao Todo Poderoso.
Aos poucos, fui me sentindo útil, justificado, perdoado, aceito, amado e fui me santificando progressivamente. Hoje falo com o meu Pai sem reservas. Conto tudo para Ele. Não escondo nada dEle.
Ao sair do Templo naquele dia, vi uma faixa que dizia: “SEMANA DA RECONCILIAÇÃO”. Foi assim que eu me reconciliei com meu Criador, meu Deus e me Pai. E após minha conversão minha vida foi completamente transformada por Jesus. Quem me conhecia antes pelo meu mau comportamento, custava a acreditar que se tratava da mesma pessoa. E não se tratava mesmo. Jesus Cristo mudou meu viver.
Papai e mamãe também se converteram. E também minha sogra que aceitou a Jesus com seu Salvador já aos 90 anos. Morreram salvos. Graças a Deus! Espero que os meus irmãos seja sensíveis ao apêlo do Espírito Santo e aceitem a Jesus como o Único e Suficiente Salvador, para que possamos todos juntos nos encontrar com os nossos pais e vivermos como irmãos junto ao Pai.