segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Apocalipse 15. 1-8 e 16.1-21 - As Últimas Pragas


Estas últimas pragas marcam o fim da ira de Deus. O mar de vidro rodeia o trono de Deus. A cor avermelhada do mar simboliza o fogo pelo qual muitos passaram e também o sangue que haviam derramado no martírio.

Antes das útlimas pragas vemos os fiéis em segurança ao lado de Deus vitoriosos e cantando o cântico de Moisés, fazendo referência ao Êxodo quando Deus tirou o Seu povo da escravidão e o colocou em segurança, destruindo o inimigo que o perseguia.

Os vitoriosos são libertos, junto ao mar, tendo harpas porque estão prestes a cantar. São vencedores, não porque sobreviveram, mas porque venceram a Besta através do seu próprio sofrimento. Provavelmente haviam sido condenados à morte porque não quiseram adorar a Besta (Ap. 13.15).

O Tabernáculo que João viu era a Tenda do Testemunho (Números 9.15) que foi o protótipo (modelo) do Templo de Jerusalém construído pelo rei Salomão. Os Sete Anjos emergem da Tenda vestidos de linho e cintos de ouro simbolizando a realeza. As taças de ouro eram vasilhas maiores do que cálices, contendo a ira de Deus porque o povo não se arrependeu.

Ira de Deus significa a justiça de Deus, o julgamento, o juízo exaustivamente pregado e os incrédulos não levaram em consideração. Os discípulos de Jesus estão espalhados na face da terra, sendo usados para pregar, exortar, ensinar, interpretar, telefonar, confortar, explicar, testemunhar, escrever; os que acreditarem no que a Palavra de Deus ensina vão ser salvos. Mas aqueles que desobedecerem sofrerão as consequências da sua incredulidade.

Fumaça simboliza sempre a presença de Deus (Êxodo 19.18 - Isaías 6.4 - Ezequiel 10.4). Em Êxodo 40.35 vemos que nuvem e fumaça impediam Moisés de entrar no Tabernáculo. João influenciado pela passagem acima citada, diz que ninguém podia entrar no Templo antes dessas pragas.

A primeira taça contendo a praga foi derramada sobre a Terra para atingir (julgar) os seguidores da Besta (Êxodo 9.10,11).

A segunda taça contendo a praga transformou o mar em sangue coagulado. Foi um ataque à natureza, produzindo mal cheiro e morte, mas não foi fatal para os homens. O mar era a residência do Dragão; João quis mostrar a destruição de sua base (Êxodo .17-21).

A terceira taça contendo a praga transformou as águas doces em sangue. Caso fosse possível beber sangue no lugar de água, isso seria horrível para os hebreus devido à proibição de comer sangue dada por parte de Deus. João procura mostrar a situação difícil para os judeus que se deixaram levar pela Besta.

Os hebreus primitivos acreditavam em anjos guardiãos da natureza e João também (Ap. 7:1 e 14:18) e agora emprega anjo das águas que enaltece a justiça de Deus.

A quarta taça contendo a praga que transformou a temperatura do Sol, fazendo-a aumentar de intensidade de forma que os homens ímpios foram abrasados, em contraste com Ap. 7:16.

O fogo é sempre um veículo de punição os ímpios. Mesmo sofrendo a punição eles não se arrependeram, pelo contrário, blasfemaram porque os seus corações se endureceram.

O homem ímpio, incrédulo, insensível ao chamado de Deus e pecador inveterado faz o que bem quer: mata, rouba, adultera, corrompe, mente, sequestra, blasfema, rejeita o Evangelho de Jesus, trafica drogas, se drogas, se embriaga, assalta... e quando sofre as consequências dos seus atos pela justiça dos homens e de Deus; se revolta e se diz injustiçado por Deus. Acha que Deus está sendo injusto para com ele que se diz filho dEle. Por que não se arrependem? Por que n'ao pedem perdão a Deus? Por que não se convertem dos seus maus caminhos e se voltam para Jesus, o único Salvador.

A quinta taça foi derramada contendo a praga das trevas sobre Roma (Êxodo 10.21 - 23). Alguns estudiosos dizem que as quatro primeiras pragas foram naturais (relativas à natureza) e as três últimas foram pragas políticas. As trevas seriam o caos político que se seguiu ao suicídio de Nero (dúvidas, temores, suspeitas).

Se o homem blasfema contra Deus, é porque ele sabe que Deus existe. Se sabem por quê não se arrpendem? Não se arrependem porque a depravação e a iniquidade está tão arraigada, enraizada que até a ira de Deus não o faz deixar o pecado.

Muita gente diz que tem fé, isto é, tem fé que Deus existe, tem fé que Deus é poderoso, onipresente, onipotente e onisciente; mas não O segue, não O obedece, não faz a Sua vontade. Então é pior do que o ateu. Fé não é saber que Deus existe, fé é fazer a vontade de Deus.

A sexta taça foi derramada sobre o Rio Eufrates, secando-o para dar passagem aos reis do Oriente. Este rio era o limite oriental do Império Romano. Do outro lado estavam localizados reinos desconhecidos, inclusive os partos que inspiravam grande temor à Roma.

No capítulo 9 de Apocalipse vimos quatro anjos - anteriormente amarrados no Eufrates - libertados para liderar 200 milhões de cavaleiros contra a humanidade. Agora, o rio é secado para permitir a passagem de todos os exércitos do Oriente contra Roma.

Os Três Espíritos Imundos são os agentes encarregados de congregar as nações para a batalha. Tinham um conotação maligna (12.3 e ss - cap. 13) João está dizendo que a palavra dos três é enganadora ou mentirosa. Tais espíritos seriam a influência maligna desses três inimigos: Dragão, Besta e Falso Profeta (segunda Besta).

O Dragão levanta-se contra Deus, a Besta se opõe a Cristo e o Falso Profeta se opõe ao Espírito Santo ( O Espírito Santo inspira os verdadeiros profetas e o Falso Profeta inspira os falsos profetas).

Os Três Espíritos Imundos são espíritos de demônios que podem realizar sinais ou milagres para aniar os reis à batalha.

O Grande Dia fora mencionado pelos profetas como sendo a época do Juízo de Deus - Joel 2.11 e para os escritores do Novo Testamento, o Grande Dia significa o Dia da Vinda do Senhor ou o Dia do Senhor (II Tess. 1.10 - I Co 1.8 e I Tess 5.2).

Não apenas Roma mas todas as nações se congregam para a batalha - Roma dominava o mundo e sua influência era grande - João espera que sejam derrotadas pelas forças de Deus.

João quer mostrar também a grande batalha entre o Mal e Deus. Os espíritos malignos (jogando com ambição, medo, ódio, cobiça, falsas religiões e outras motivações demoníacas, que levam as nações para a guerra, sem o quererem), realizam a conclamação de Deus para o Juízo.

O homem prudente, o que vigia coloca as suas vestes perto de sim, à mão para qualquer emergência ou eventualidade. Quem está nu, está desesperado espiritualmente.

Os reis se congregam para a batalha, em um lugar chamado Armagedon em hebraico. Como não se conhece lugar algum com este nome nos mapas do mundo antigo, os intérpretes acham que Armagedom é um nome simbólico.

É provável que João esteja usando a cidade de Megido, uma das cidades fortificadas do rei Salomão, próxima a qual houve várias batalhas memoráveis (Juízes 5.19-21 - II Reis 9.27 e 23.29).

A sétima taça foi derramada no ar e a praga afetou a todos os seres animados. A grande voz (se não era a voz de Deus, tinha muita autoridade) anunciou a complementação das pragas ao dizer: "Está feito".

As forças da natureza reagem a essa voz através de relâmpagos, trovões e terremoto tão fortes que abalou os alicerces da Grande Cidade, fendendo-a em três partes.

A Grande Cidade não simboliza apenas Babilônia e Roma, mas a civilização do homem. Outras cidades também caíram, indicando a natureza mundial desta catástrofe.

A expressão "Deus lembrou-se da grande Babilônia" traz à memóri a predição de Ap. 14.10-19, em que a Sua ira é retratada como um copo de vinho que deve ser bebido. Agora ele a força a beber o cálice do vinho de furor da Sua ira.

As ilhas do mar estremeceram e imergiram nas profundezas. Montanhas desmoronaram nos vales (veja Ap. 6.14).

A saraivada de pedras (veja Êxodo 9.22-26 e Josué 10.11) variava de 30 a 63Kg. Os homens blasfemavam de Deus por causa da praga da saraivada, porém poderiam estar livres disso se tivessem se arrpendido, se tivessem confessado seus pecados, se tivessem pedido perdão, se tivessem ouvido os pregadores do Evangelho da salvação, se tivessem acertado as suas contas com Deus. Se tivessem recebido de graça a tão grande Salvação que nos foi concedida através do sacrifício de Jesus Cristo, o único e suficiente Salvador.