domingo, 5 de outubro de 2008

História da Igreja Cristã - Parte I

Nos três primeiros séculos de vida, a Igreja Cristã sofreu muitas perseguições nem só do Judaísmo mas também do Império Romano. Os judeus perseguiam os cristãos porque estes diziam e pregavam que Jesus era o Messias e permitiam que os gentios convertidos participassem das atividades da Igreja sem serem circuncidados. Quem se convertia ao Judaísmo tinha que ser circuncidado, porém quem se convertesse ao Cristianismo não precisava, pois a circuncisão se operava espiritualmente. E assim é até os dias de hoje.


A perseguição aos cristãos pelo Império Romano começou com o Imperador Nero que os acusava de anti-sociais, desleais ao imperador e ateus. A acusação de anti-sociais se baseava no fato de os cristãos não cumprimentarem os vizinhos. Eles agiam assim porque um simples “bom dia” incluia palavras de exaltação ao Imperador que era considerado divino, além de ter que invocar o nome do deus Júpiter. Os cristãos recusavam convites sociais para não participarem de festas pagãs, caracterizadas por verdadeiras orgias.


Eram os cristãos também acusados de desleais ao imperador, porque não o consideravam divino, pois só Deus é divino juntamente com Jesus Cristo e a pessoa do Espírito Santo. Os cristãos eram acusados de ateus, porque ao se converterem ao Cristianismo destruiam os antigos ídolos pagãos feitos pela mão do homem, imagens de escultura vendidas nas lojas apropriadas. Como podemos ser considerados ateus, se adoramos o verdadeiro Deus? Diz a História que o próprio Nero incendiou a cidade de Roma e acusou os cristãos. Com isso, o povo se revoltou e a perseguição se tornou mais violenta.


Até o ano de 250 d.C. as perseguições não eram organizadas; eram perseguições locais porque surgiam aqui e ali. Porém em 250 o Imperador Décio decretou pela primeira vez uma perseguição geral ou universal aos cristãos que atingiu todo o Império Romano. Havia cristãos espalhados por todos os países dominados pelos romanos.


Em 303 d. C. outra perseguição geral foi decretada pelo Imperador Deocleciano, pois ele achava que tudo de ruim que acontecia ao império era por culpa dos cristãos. As Escrituras Sagradas foram queimadas, milhões de cristãos foram presos e muitos martirizados.