quarta-feira, 2 de julho de 2008

A Crucificação de Jesus – Mateus 27.32-66 e Marcos 15.21-41

Após a sua prisão, Jesus sofreu muitas humilhações impostas pelos romanos e também pelos judeus. Foi julgado e condenado à morte pela Corte Suprema Judaica (Sinédrio) composta por 72 juízes judeus que não O reconheceram como o Messias.

Do Sinédrio, Jesus foi levado ao governador romano (Pôncio Pilatos) que administrava a Palestina. Embora não tenha encontrado crime algum cometido por Jesus, assinou a crucificação. Como pôde Pilatos assinar a crucificação de Jesus, se ele não encontrou crime algum praticado por Jesus?

Como Pilatos não entendia bem a religião dos judeus, muitos judeus influentes insuflaram o povo e Pilatos ficou em uma situação muito difícil. Como era um homem sem personalidade e querendo ser simpático aos judeus, entregou Jesus para ser crucificado por mãos pecadoras.

Era costume o condenado carregar o braço da cruz até o local da crucificação, porém com Jesus o obrigaram a carregar a parte mais pesada, a viga vertical. A caminhada foi dura e humilhante, passando por ruas apertadas e cheias de gente que riam e escarneciam dEle.

O local escolhido para a crucificação foi uma colina com formato de uma caveira ou cabeça humana conhecida como Gólgota (palavra aramaica que significa caveria ou cabeça). Muita gente chama o Gólgota de Calvário porque Calvário é a tradução latina de Caveira.

O local ficava perto de uma das portas da cidade por onde passavam muitas pessoas, para que pudessem presenciar aquela execução pública e assim temessem cada vez mais os seus romanos que governavam o mundo na época.

Era costume dar à pessoa que ia ser crucificada um narcótico para aliviar a dor. Jesus recusou a mistura de vinho e fel. Preferiu conservar a consciência até o fim e sofrer toda a dor da crucificação por amor ao homem pecador. A bebdida foi provavelmente oferecida por amigos e simpatizantes ou pelas mulheres de Jerusalém, que costumavam fazer esse obséquio aos condenados.

Por costume, as roupas das vítimas ficavam com os executores. No caso de Jesus, todavai, lançaram sortes para saber com quem ficariam os despojos e assim se cumpriu a profecia do Salmo 22.18. (Salmo escrito 1000 anos antes de Jesus, portanto um Salmo profético e messiânico escrito por Davi.)
A prisão, julgamento e crucificação aconteceram de uma maneira muito rápida. Eram ainda nove horas da manhã e eles estavam ansiosos para O crucificarem, temendo uma contra-ordem ou uma reviravolta. O motivo da execução de um criminoso era posto bem à vista, para que todos pudessem tomar conhecimento. Então, Pilatos mandou colocar a epígrafe INRI (Jesus Nazareno Rei dos Judeus) para mostrar o crime praticado por Jesus, bem como para provocar os judeus, pois eles não O queriam por Rei. Sem querer, Pilatos escreveu uma das maiores verdades, pois Jesus era, é e será o Rei não só dos judeus, mas também de todos os povos, espiritualmente falando.

Em sendo crucificado entre dois salteadores, cumpriu-se o que está escrito no livro do profeta Isaías, capítulo 53, verso 12. “Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores.”

Os passantes, com desdém, zombavam de Jesus grosseira e ignorantemente, meneando a cabeça. Não levando em consideração os sinais que fez para provar ao seu povo que Ele era realmente o Messias tão esperado.

A blasfêmia, o escárnio, a ironia e o abandono foram as respostas dadas pelos judeus para o sacrifício que Jesus estava fazendo por eles. Jesus salvou a muitos, continua salvando até a sua volta, quando levará para Si todos aqueles que creram, confessaram os pecados e reconheceram o sacrifício expiatório de Jesus, aceitando-O como Senhor e único Salvador. Os Seus discípulos estão pregando o Evangelho da Salvação por todos os países do mundo, pessoalmente e através dos meios de comunicação. Os que crerem estarão salvos e os que não, já estão condenados à morte espiritual.

Qual deve ser a resposta do homem para a cruz de Cristo? O que o homem tem que fazer? Ele deve se arrepender de tudo que fez de errado contra Deus e contra o seu próximo, confessar a Deus todos os seus pecados e passar a viver conforme Deus quer e não de acordo com sua maneira de viver, de acordo com os padrões do mundo sem Cristo. Tudo isso tem que ser feito em nome de Jesus Cristo.

Os soldados O guardavam para impedir que os Seus amigos O resgatassem da cruz, pensavam assim as autoridades. Jesus foi crucificado às noves horas e ao meio dia houve trevas em toda a terra até às 15 horas. Foi um acontecimento sobrenatural da parte de Deus, para mostrar que Aquele não era uma pessoa comum e sim o Seu Filho Amado. Aquele acontecimento jamais saiu da lembrança das pessoas que foram assistir a morte de um “transgressor”.

Os inimigos de Jesus dizem que foi um eclipse, mas não poderia haver eclípse durante a celebração da Páscoa.
Espero que aquele fenômeno sobrenatural tenha servido para fazer com que as mesmas pessoas que zombaram e escarneceram de Jesus tenha se arrependido e se prostado aos Seus pés pedindo perdão para os seus atos.

As únicas palavras de Jesus na cruz são as do Salmo 22.1: “Deus me, Deus meu, por que me desamparaste?” Para provar que Ele não perdeu a fé nem tão pouco a confiança em Deus, pois ninguém cita as Escrituras quando perde a fé em Deus.

Temos que entender que a experiência da cruz estava sendo muito forte. A Sua identificação com o homem estava sendo desenvolvida de uma maneira muito penosa. (Ele estava percorrendo um caminho pelo qual todos homens vão ter que passar , eis aí a identificação). Ele estava sentindo que Deus deliberadamente O abandonara no Seu Cálice, isto é, não havai outro meio de libertar o homem do pecado.

O vinagre ou vinho azedo deve ter sido levado pelos soldados para o seu uso natural e dado a Jesus para dar seqüência à série de zombarias feitas anteriormente.

Jesus entregou o Seu Espírito e disse: “Está consumado”. Nessas palavras de Jesus, entendemos que estava terminado o Seu ministério aqui na Terra. Ele estava agradecido a Deus por ter concluido a missão, vencendo a morte a morte espiritual, e abrindo ao homem, que Deus tanto amou, as portas da Salvação, pois o preço foi pago.

Realmente, o homem está livre para escolher a Deus ou ao diabo. Jesus fez a Sua parte com muito sacrifício. O homem tem livre arbítrio para escolher o Céu ou o Inferno.

Desde o tempo do Sinai que o Templo era dividido em dois compartimentos divididos por um véu. A parte da frente era destinada a todos os fiéis, porém a parte mais íntima só era permitida a entrada do sacerdote, mesmo assim de ano em ano para falar com Deus no Dia da Expiação, quando sacrifícios eram oferecidos para remover a culpa do povo. Ali, naquele local chamado Santo dos Santos, considerava-se que Deus residia.

O véu rasgou-se de alto abaixo, Deus dizendo com isso que o acesso a Ele agora era livre. Não há mais necessidade de intermediário. Você pode falar com Deus a qualquer hora e em qualquer lugar, porque Jesus abriu o caminho, tirou todos os empecilhos, tirou todas as tranqueiras. O caminho entre a Terra e o Céu está desobstruído para qualquer pessoa que queria fazer as pazes com Deus. Há todavia ainda uma condição: tudo que se falar com Deus tem que ser em nome de Jesus. O homem não tem como usar seu próprio nome para se achegar a Deus. O homem pode confessar seus pecados, pedi perdão pelas suas faltas, fazer as suas petições e não ter vergonha de falar com Ele todas as suas fraquezas, suas aspirações, seus segredos por mais íntimos que sejam.
Não conte seus problemas a ninguém. Além da pessoa não fazer nada por você, ainda conta para outras pessoas. Deus não faz isso. Ele ouve e resolve tudo e ninguém fica sabendo de nada. Caso você queira contar a bênção recebida das mãos do Senhor, é bom. É bom porque aumenta a convicção dos fiéis e enaltece o nome de Deus. E também para provar aos descrentes como o nosso Deus nos ama e resolve nossos problemas.
No momento da morte de Jesus, as catatumbas se abriram e muitos corpos de santos ressuscitaram, isto é, pessoas que dormiram no Senhor. Dormir no Senhor significa os que já haviam morrido e que eram crentes no Senhor.

Aqueles santos ressuscitados foi um meio de Deus dizer que Jesus seria também ressuscitado. Nem só Ele mas nós também no Último Dia quando Jesus voltar para separar o joio do trigo.

Depois da escuridão total durante as três horas e da ressurreição dos santos, o centurião sentiu que aquele homem crucificado era de fato o Filho de Deus, o Messias.

Maria Madalena (da cidade de Magdala) e as outras mulheres sempre estavam ao lado de Jesus e dos apóstolos na Galiléia, servindo-O nos serviços domésticos. Eram mulheres convertidas ao Cristianismo e que foram muito úteis ao Senhor enquanto aqui na Terra e por isso mesmo foram salvas por Ele e vão viver eternamente ao Seu lado quando Ele voltar para levar a Sua Igreja. Amém.

Medite nessas palavras: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo Homem.” - I Timóteo 2.5