quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Apocalipse 21:1-8 - Os Novos Céus e Uma Nova Terra


Na fé bíblica, a criação de Deus é boa, porém o pecado do homem corrompeu toda a criação, pensavam os escritores bíblicos. Eles pensavam sempre na obra redentora de Deus como veículo de uma renovação em Sua criação. Eles falavam de um Novo Céu e de uma Nova Terra e na dissolução da Terra anterior.

Isaías falou de uma tal nova criação do Céu e Terra (Isaías 65.17). Jesus falou de um Mundo Novo que se relacionaria como o Reino do Filho do Homem (Mateus 19.280. Paulo também falou da nova criação quando descreveu a transformação dos homens que criam em Cristo (II Coríntios 5.17 - Gálatas 6.15 - Efésios 2.15 e 4.24). Pedro também disse que os velhos céus e terra devem ser destruídos e substituídos por novos.

João relacionou SETE MALES que não existirão mais: mar, morte, pranto, lamento, dor, maldição e noite (Ap. 21:1 - 21.4 - 22.3 - 22.5).

Os escritores bíblicos sempre dividiam o ambiente natural do homem em CÉUS, TERRA E MAR.

João acreditava que a nova criação não teria mar. Ele tinha uma verdadeira aversão pelo mar por três motivos:

1) Os homens tinha muito medo do mar
2) No pensamento mitológico, o mar simbolizava o mal (Isaías 27.1 e 51.9 - Jó 26.12 e Ap. 13.1)
3) De Patmos, João via o continente, mas estava separado do seu rebanho pelo mar.

João não podia pensar na existência do homem fora da vida citadina. Esta cidade é Santa e Nova. É uma Jerusalém recriada, tendo sua origem no Céu.

A Jerusalém terrena tinha uma longa tradição e muitas memórias queridas para o povo de Deus, porém ela apedrejara os profetas e crucificaram a Cristo. A Nova Jerusalém devia ser considerada como uma nova criação de Deus, naturalmente aproveitando o que há de melhor na história de Jerusalém. v v 1 e 2.

Pela fé os crentes já conheciam a Deus. No Céu eles O conhecerão plenamente. Todos os olhos se focalizam em Deus, pois só Ele dá vida e significado à NOVA CIDADE.

A voz é a do anjo do Trono que vimos em Ap. 16.17 e 19.5; visto que Deus só fala mais tarde em 21:5.

A presença de Deus sempre foi simbolizada pelo Tabernáculo e pelo Templo, agora Deus estará presente pessoalmente.

Esta esperança milenar finalmente se realiza (Ezequiel 37.27). O pacto será conhecido plenamente: DEUS ESTARÁ COM ELES E ELES SERÃO O SEU POVO.

A presença de Deus conforta e dissipa os males que poderiam prejudicar o homem redimido. A intimidação que Deus causa, notada anteriormente, dá lugar à ternura pelo fato dEle limpar as lágrimas dos Seus filhos. v v 3 e 4.

Na criação inicial, Deus disse: "Haja ..." (Gênesis 1:3, 6, 14). É coerente portanto que Deus chame A NOVA CRIAÇÃO à existência. v. 5

Deus está cumprindo tudo o que Ele havia prometido e predito através do Apocalipse. O fim chegou e Deus autentica com a Sua autoridade ao dizer: "Eu sou o Alfa e o Ômega" v. 6.

A promessa de Deus - João está se referindo a um acontecimento futuro, porque Deus faz uma promessa para QUEM TIVER SEDE e quem vencer (aqueles que tiveram um anseio por Deus e sede de justiça conforme Mateus 5:6 e João 4:14 e 7:37 e o que vencer João se refere ao crente fiel, que vendo o mal e a tentação conforme Gálatas 4:7 e Romanos 8:17 v v 6-7.

Advertência de Deus - os medrosos são os que se retratam em face da perseguição (medo significa falta de fé).

Os incrédulos são os que foram infiéis quando provados ou os que rejeitaram a Cristo como Único e Suficiente Salvador.

Os abomináveis são os poluídos que participaram das impurezas da prostituta (Ap. 17.4).

Homicidas e adúlteros são duas classes comuns de criminosos, mas podem ser também aqueles que ajudaram a matar os cristãos e que participaram da idolatria do culto ao Imperador Romano.

Feiticeiros são os idólatras que ajudam a enganar o povo, levando-o a falsa adoração (Ap. 9:21 - 18:23 - 22:15).

Idólatras, que adoram deuses substitutos, e mentirosos são severamente condenados no Apocalipse, pois eles praticam toda sorte de falsidade. (Ap. 2:2 - 3:9 - 14:5 - 21:8, 27 - 22:15). v. 8.