segunda-feira, 8 de junho de 2009

Apocalipse 11.15-19 - A Sétima Trombeta

No capítulo anterior, os cristãos foram confortados com a certeza da justa retribuição de Deus sobre aqueles que os estavam perseguindo.

O povo de Deus aguardava ansiosamente a afirmação
de Deus acerca de Seu reinado sobre o mundo (todo o universo foi criado por Deus e Ele sempre dominou o mundo). Acontece que Lúcifer era um anjo, ao qual Deus delegou muito poder e, em determinada época, ele quis ser igual ou maior do que Deus. Se rebelou contra Deus e foi expulso da presença de Deus, porém continuou com certos poderes, embora limitados, obviamente.

Desde que foi expulso do Céu, continua tentando dificultar as ações de Deus e conseguiu fazer Adão e Eva pecarem ou desobedecerem a Deus. Jesus então veio reconciliar o homem com Deus. No entanto, Satanás estava usando os romanos pagãos para impedir a expansão do Evangelho, com a boa nova de Salvação em Jesus Cristo. Neste momento da história da humanidade, concretiza-se a vitória total de Deus e de Jesus sobre o diabo e seus anjos.



V V 15 As vozes dos querubins anunciam que o reino do mundo passou a ser de nosso Senhor e do Seu Cristo (Salmos 2 - Daniel 7.14 - I Coríntios 15.24-28).

V V 16 Os anciãos se prostam diante de Deus em adoração e louvor como em ocasiões anteriores (Apocalipse 4.11 e 5.9,10).

A visão do Templo no Céu é figurada, pois na Cidade Celestial não há Templo (Ap. 21.22)

Abro um parênteses aqui para dar um recado às igrejas e principalmente aos líderes das mesmas. Tenho visto e ouvido de igrejas que gastam todo os dízimos e ofertas no afã de construir templos suntuosos pensando agradar a Deus ou marcar a passagem do pastor por determinadas igrejas. Reconheço que a igreja tem que ter o seu templo compatível com o número de membros e as condições financeiras dela. Porém ela não deve se endividar na construção ou ampliação do templo em detrimento da Missão que lhe foi confiada que é a pregação da Palavra e expansão da obra missionária, pois quando Jesus voltar, tudo será destruído, tudo ficará para trás. O que conta é o número de almas redimidas apresentadas ao Senhor pela Igreja).


VV 19 - O obejtivo aqui é retratar a Arca do Pacto feito entre Deus e o Homem. No Templo de Salomão, a Arca ficava no Santo dos Santos (recinto localizado no Tabernáculo) como um símbolo da presença de Deus e recordação da Aliança.

Ela era tão sagrada que somente o Sacerdote podia vê-la, e mesmo assim de ano em ano.

Ela fora destruída (ou desapareceu) pelos babilônios em 586 a. C. quando o Reino de Judá fora levado para o cativeiro.

Há uma tradição judaica que diz que ela foi escondida e que algum dia ela reapareceria. Assim, alguns acham que com esta visão se cumpriu aquilo que os judeus afirmavam. Porém, esse não é o objetivo de João. O que ele pretende é mostrar que Deus permanece o mesmo de ontem, de hoje e eternamente.

A Arca funciona como uma visão consoladora (simbolizando a presença de Deus), visto que a Igreja entrará em uma luta brava com o mundo pagão.
As perseguições satânicas rugirão, mas o Pacto que Deus fez com o Seu povo continua de pé e firme.

No conflito dos cristãos com o mundo (iniciado no capítulo 12), virão dias ainda mais escuros; mas o resultado final é a vitória de Cristo. E, para confortar o Seu povo (antes do conflito começar), Deus mostra a Arca no Templo Celestial (figurativamente) para dizer que Ele não esquecer do Seu povo nem do Seu Pacto com ele.


Os relâmpagos, vozes e trovões, terremotos e grande saraivada são a espetacular resposta da Terra aos grandes anúncios feitos no Céu. (Ap. 8.5 e 16.18).