terça-feira, 22 de setembro de 2009

Apocalipse 20.1-15 - O Milênio e o Juízo Final


Chegou a hora de Satanás ser amarrado. Esta é uma vitória cósmica; a remoção do rei do mal. O anjo deve ser o de Ap. 9.1 visto que ele
tem a chave do abismo. O abismo está sob a jurisdição do Céu.
João usa 4 símbolos para retratar a limitação de Satanás: a chave, a cadeia, o abismo e o selo sobre a sua porta.

A segurança do abismo é garantida porque a sua chave é guardada no Céu, a grande cadeia impede a atividade de Satanás durante o seu confinamento, o sábado é seguro por si mesmo e o anjo selou, possivelmente com o selo de Deus, para impedir qualquer falsificação.

A soberania de Deus está patenteada pois não houve luta para o anjo prender Satanás.

Se a luta entre Deus e Satanás fosse literal, por que meramente lançá-lo no abismo? Por que não destrui-lo completamente? Por que libertá-lo depois de mil anos? Que reinvindicação Satanás pode fazer diante de Deus?

Vamos dedicar as próximas linhas à busca dessas respostas. Adianto, porém, que João não está escrevendo sobre o destino ou os direitos de Satanás. Ele está retratando a vitória cristã.

João repetidamente retratou o caráter temporário da vitória do mal ao usar: "3,5 anos - 1 tempo - e tempos - e metade de um tempo - 42 meses - 1260 dias - por 1 hora (Ap. 17.12)". Enfatizando sempre a brevidade do poder do Mal em contraste com o poder de Cristo com um reinado de mil anos.

Não há razão aparente para a libertação de Satanás, a não ser que se creia que a sua influência maligna seja necessária, para peneirar ou testar os crentes convertidos durante esse período de mil anos. O homem é livre para escolher o seu caminho espiritual, pode seguir a Deus através de Jesus Cristo ou a Satanás.

O homem só não pode escolher o seu destino ao partir para a eternidade. Essa história de reza, missa, oração, promessa, vela, choro é vã. Não há poder aqui na Terra que tire uma alma ou espírito do Ceu ou do Inferno. Se assim fosse, não precisari Jesus ter vindo à Terra para morrer por nós.



O que fazer então? Antes de morrer o ser humano precisa se arrepender de seus pecados, confessando os pecados a Deus com sincero sentimento de arrependimento por ter ofendido a um Deus Santo, e entregando a vida a Jesus, aceitando como único e suficiente Salvador.


Durante o Milênio, Satanás ficará preso. Os mártires, crentes fiéis, ressuscitarão dentre os mortos no começo do reinado de Cristo na Terra e participarão do reinado assentados em tronos. O estado deles é de bem-aventuranças porque não temem a segunda morte e servem a Deus e a Cristo como sacerdotes (segunda morte significa a morte espiritual).

João está perfeitamente convencido da vinda de Cristo para estabelecer a Sua soberania. João falou sobre o triunfo temporário do Mal em muitas passagens quando falou da obra de Satanás através do Dragão e de suas Bestas em que os cristãos foram mortos nessa luta. João proclama que Jesus reinará na Terra, cenário da curta vitória do mal.

Os intérpretes diferem quanto a sua maneira de entender o Milênio: 1 - Alguns consideram o Milênio como um evento futuro que se cumprirá literalmente na Terra com Cristo reinando sobre o mundo de crentes e incrédulos e...


2 - Outros consideram o Milênio em termos espirituais como o reinado que pode ter começado até já por ocasião da ressurreição de Cristo.


A Primeira Ressurreição; apenas os mártires que foram decapitados por causa do testemunho de Cristo serão ressuscitados. Os outros mortos serão ressuscitados após os mil anos. (Não há porém evidência bíblica que confirme a idéia de que os mártires serão ressuscitados separadamente ou anteriormente aos outros.).

A Libertação de Satanás: João diz que Satanás ficará preso por mil anos no verso 3, porém nos deixa no escuro no que tange a sua libertação. João sabe que Satanás não é uma ameaça para Deus, porém admite que ele possui uma espécie de poder na Terra. Talvez a tentação de Satanás garantiria a autenticidade da fé dos que haviam crido durante o Milênio. Ou, possivelmente, João não pode pensar na existência terrena sem a presença do poder maligno. O objetivo de Satanás É ENGANAR AS NAÇÕES de toda a Terra, liderando-as em sua última batalha. Parece que o Mal sempre combate contra Deus, a batalha do Armagedom não foi suficiente pois agora depois de mil anos estas nações malignas se preparam para uma nova batalha contra Deus estimuladas por Satanás.

Gogue e Magogue são expressões de Ezequiel capítulos 38 e 39. Em Gênesis 10.2 e I Crônicas 1.5 vemos Magogue relacionada na tabela das nações descendentes de Jafé (filho de Noé) porém não se conhece nenhum país verdadeiro com esse nome.

Um rei chamado Gogue de Megogue foi incitado para lutar contra Israel. Nesta passagem se diz que Deus causou uma terrível destruição em Gogue e suas nações, de forma que as aves e os animais se fartaram com os seus cadáveres. Ainda se enterrava os cadáveres sete meses depois.

Na época em que o Apocalipse foi escrito havia histórias populares de que Gogue e Magogue apareceriam durante ou depois do reino messiânico.

V. 9 - Essas nações são inumeráveis. Elas cobrem toda a Terra; cercam os santos e sua cidade querida, que teria que ser Jerusalém (caso se queira designar uma cidade literal). Porém não há batalha, literalmente falando. v. 10 - O fim de Satanás - O Diabo agora é julgado e lançado no Lago de Fogo para se juntar aos seus cortesãos (a Besta e o Falso Profeta). Este é o julgamento final de Satanás; ele será atormentado para sempre (Ap. 19.20).

v. 11 - O Grande Trono Branco - Este Trono não deve ser o mesmo de Ap. 4.2 visto que aquele estava no Céu, e é provável que os ímpios sejam admitidos no Céu para julgamento. Embora o julgamento tenha sido dado a Cristo (João 5.22 e II Coríntios 5.10), em alguns casos, é o Pai que se assenta nele (Ap. 5.1, 7, 13). Deus é tão majestoso que FUGIRAM A TERRA E O CÉU de Sua presença ( o céu pode ser o natural ou firmamento, como o lugar da presença de Deus).

V. 12 - O Juízo Final - O drama chega ao clímax na cena do julgamento. O destino eterno do homem está na balança. O relato é surpreendente breve, descrito em apenas 4 versículos. Notamos que a cena do julgamento está diante do Grande Trono Branco e o próprio Deus é o Juiz.

V 13 - Os réus - A primeira ressurreição havia destacado apenas os mártires no verso 4. Esta ressurreição geral inclui todos os mortos e nada diz respeito aos que ainda estão vivos. A morte e o Hades (Ap. 6.8) são personificados aqui e são inimigos do homem. A morte se relaciona com o pecado do homem e sua separação de Deus. E o Hades, segundo se pensava, era a prisão em que os mortos ficavam detidos. Onde quer que o homem esteja (no mar, no hades, na Terra, nas cinzas) tem que se apresentar diante de Deus após receber o seu corpo de volta e ser transformado em corpo espiritual.

Os Livros de Evidências - Os dois livros são diferenciados, um contém os registros dos atos das pessoas em vida e o outro é o Livro da Vida, em que estão relacionados os remidos. Este livro é muito importante para João (Ap. 17.8). O Livro da Vida é também chamado de O Livro da Vida do Cordeiro (Ap. 21.27). Outros escritores bíblicos também falaram deste livro (Êxodo 32.32 - Daniel 12.1 - Filipenses 4.3). Falaram também de nomes serem escritos no Céu (naturalmente no Livro da Vida) (Lucas 10.20 e Hebreus 12.23).

Se o nome de alguém é escrito no Livro da Vida, é-lhe garantida admissão à presença de Deus para receber os parabéns, as boas vindas, o galardão. Porém se o nome não estiver lá, certamente será rejeitado (Ap. 3.5 - 13.8 - 20.15 e 21.27).

v. 15 - O outro livro (ou outros livros) de registros celestiais são abertos por ocasião do Juízo pois nele estão os atos dos homens (Daniel 7.10 - Malaquias 3.16). Ninguém pode ser julgado e condenado sem defesa, assim tudo que o homem fez será mostrado como um filme. Após a leitura o homem infrator será lançado no Inferno onde haverá pranto e ranger de dentes.

A Base do Julgamento - A brevidade e simplicidade da narrativa de João acerca do Juízo Final é surpreendente. Os hoomens serão julgados SEGUNDO AS SUAS OBRAS na vid
a e por estarem ou não com os seus nomes escritos no Livro da Vida. No primeiro caso o homem é julgado com base no que ele fez com o que tinha na vida e no segundo de conformidade com a sua fé e decisão, através de que a pessoa se declara a favor de Deus. Assim, o homem se julga a si mesmo pelo registro que envia diante de sim e pela sua fé em ser identificado com Cristo e com os Seus seguidores.

A Segunda Morte - Ser lançado no Lago de Fogo é a segunda morte. Morte significa mais do que a cessação do processo vital - Viver é estar com Deus e morrer é separação de Deus. A segunda morte é a separação final e completa de Deus (Ap. 19.20 fala do Lago de Fogo).

A brevidade de João é dramaticamente impressionante. Suscintamente ele expressa o triste fim dos condenados (ladrões, sequestradores, viciados, corruptos, idólatras, adúlteros, enfim, pecadores que não se arrependeram de suas más obras.)
Mas ainda há tempo para o arrependimento, confissão, conversão para que o seu nome seja escrito hoje mesmo no Livro da Vida do Cordeiro. Tome a decisão hoje, agora mesmo.

Ninguém pode fazer isso por você. A decisão é sua. Confesse-lhe os pecados, provando seu arrependimento com uma oração sincera e aceite Jesus como seu único e suficiente Salvador.