quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Apocalipse 19.11-21 - Vitória de Jesus contra a Besta e o Falso Profeta


Muitos estudiosos acham esta visão como a mais vívida e detalhada da volta de Cristo e a comparam com I Tessalonicenses 4.16-18. Contudo, o texto não indica uma volta de Jesus à Terra desta vez e sim uma descrição de Cristo no Céu O Cristo celestial agora está pronto para a grande batalha. João descreve o Senhor Jesus através de sete termos identificadores.

1 - Ele monta um cavalo branco - simboliza o vencedor e a vitória (não confundir com Apocalipse 6.2)
.

2 - Os Seus olhos são como chama de fogo - veja comentário sobre Apocalipse 1.14 e 2.18.

3 - Ele usa muitos diademas sobre a Sua cabeça - em contraste com Apocalipse 12.3 e 13.1 (Dragão, Besta).

4 - Ele tem um nome secreto inscrito que só Ele entende - visto que outro nome está escrito em Sua roupa, é provável que este primeiro nome esteja em Sua cabeça ou nos diademas.

5 - Ele veste um manto salpicado de sangue - Há três principais interpretações a respeito desse sangue:

a) sangue do Cordeiro.

b) sangue dos inimigos de Cristo e c) sangue dos mártires.

(Visto que Cristo aparece aqui como guerreiro e não como Cordeiro, dizem que o sangue não pode ser dEle).

(Alguém diz que o sangue é dos inimigos de Cristo e a visão se relaciona com Isaías 63.1-4).

(Outro diz que o sangue é dos reis partes de 17.14).

(Outro diz que o sangue é de inimigos de Cristo que ainda serão mortos).

(Outro ainda diz que o sangue é dos mártires e que há uma conexão com Apocalipse 14.18-20).

Ninguém é o dono da verdade e por isso mesmo coloquei várias hipótese para que os irmãos e amigos tomem conhecimento. O livro é realmente de difícil interpretação. 6 - Cristo tinha uma faca afiada em Sua boca - significa que a única arma de Cristo é a Sua Palavra (Ap. 1.16 - 2.12,16 - 19.15 - Isaías 11.4 - 49.2 - Efésios 6.17 e Hebreus 4.12).

Rei dos reis e Senhor dos senhores - Cristo aparece em grande majestade, sobre o cavalo branco, de vitória, de olhos flamejantes, diademas em abundância, um nome secreto, uma roupa manchada de sangue, a Sua Palavra pronta para ferir e usando o título supremo de soberania. Vamos ver agora os nomes dados a Cristo pelo apóstolo João: 1 - Fiel e verdadeiro V 11 - Veja comentário a respeito em Ap. 1.5 e 3.7,14

2 - Nome secreto V 12 - Conhecer o nome de Deus é muito importante, como foi no caso da votação de Moisés (Êxodo 3.14). Conhecer o nome de Deus é estar em comunhão com Ele e poder falar com Ele através da oração. Este nome de Jesus está relacionado com Ap 2.17 - 3.12 e 14.1

O Dr. Rist crê que o nome é "Jesus" porque seguindo a mesma criptografia que identifica o anticristo como 666, verificar-se-á que Jesus é 888 pois em Gematria (ciência que estuda o significado dos números na Bíblia) o nome IESOUS CHRISTOS alcança o valor total de 888.

3 - Verbo de Deus - V 13 - Deus falou nos dias do Velho Testamento de várias maneiras, agora pronunciou a Sua mais clara mensagem para os homens, em Jesus Cristo, o Verbo de Deus (Isaías 55.11 - Gênesis 1 - I João 1.1 e Hebreus 1.2).


4) Reis dos reis e Senhor dos senhores V 16 - Na predição de Sua batalha contra os reis em Apocalipse 17.14 Ele tem o mesmo título, mas os termos estão invertidos. A Sua soberania completa é retratada neste nome.


Vamos ver agora o Seu Exército - Os exércitos que estão no Céu são identificados, por alguns como hostes angelicais e por outros como mártires.
Os cavalos brancos simbolizam vitória. Cristo fala em Mateus 26.53 em legiões de anjos, mas é um símbolo para se referir à proteção de Deus, pois tais tropas não estão paramentadas para a batalha, elas vestem roupas de LINHO FINO, BRANCO E PURO.

A descrição sugere os mártires que seguem a Cristo (Ap. 14.4). Os cristãos receberem a promessa de compartilhar do reinado de Cristo (Ap. 2. 26, 27). Os seguidores de Cristo, quando atacado pelos 10 reis, foram descritos como: chamados, eleitos e fiéis em Ap. 17.14 e isto não queria referir-se aos anjos. Os mártires haviam sido vitoriosos em vida, e agora participar da vitória final de Cristo.


A missão de Cristo - A esperança messiânica consiste no Messias executar o Juízo e guerrear contra os inimigos de Deus e de Seu povo. A tríplice missão de julgar, guerrear e reinar; agora é cumprida.

V. 14 O som militarista de FAZER GUERRA é simbólico, pois os seguidores de Cristo não carregam armas. A vitória de Cristo não foi através de uma guerra convencional e sim através da Palavra de Deus, pois Ela é mais poderosa do que qualquer arma humana.

V 17 Em Apocalipse 16.16 vimos a predição dessa Batalha que agora se cumpre. João não retrata a batalha propriamente dita e sim a convocação, os adversários e um visão dos derrotados, com seu horrível massacre. Este parágrafo é muito semelhante a Ezequiel 39.17-20. Aparentemente, João usa este horrível massacre para descrever a queda do mal. O massacre é horrível e cruel, contrastando com o banquete das Bodas do Cordeiro de Ap. 19.9.

V. 17 A CONVOCAÇÃO PARA A BATALHA: O anjo coloca-se em pé no Sol e fala com grande voz para que todos possam vê-lo e ouvi-lo. O chamado foi para a Grande Ceia de Deus (Ezequiel 39.17) para comer carnes de homens e de animais (simbolicamente).

V. 18 O EXÉRCITO DO MAL - As forças do mal eram dirigidas pela BESTA do capítulo 13. As suas forças incluiam os reis da Terra (Ap. 6.15, 16.14 e 17.2) e seus exércitos. João procura mostrar todos os poderes da Terra coligados sob o domínio da Besta, atacando Cristo e Seus seguidores.

A DERROTA DO MAL VV 18 a 21 - João não fala de batalha terrestre (pois a guerra é espiritual) e sim de derrota. A Besta é capturada com o seu lugar-tenente (o falso profeta) que foi identificado como o culto religioso romano (Ap. 13.11-18). Ele usara sinais enganosos para iludir o povo (Ap. 13.17 - 14.9.11 e 16.2).

Esses líderes foram lançados no lago de fogo. Os demais seguidores da Besta foram mortos ou derrotados pela Palavra de Cristo. Parecia um campo de batalha coberto de cadáveres, sendo comidos por corvos. Esta guerra simboliza a luta das forças do mal contra Deus, que finalmente as vence.


O Apocalipse não usa a palavra "inferno", fala de Lago de Fogo (Ap. 19.20 - 20.10, 14, 15 e 21.8). No Velho Testamento, SHEOL era o reino escuro e triste dos mortos. Nas traduções gregas, SHEOL aparece ou é traduzida com HADES, que significa a morada dos mortos.

Devido a sua natureza destrutiva, a idéia de FOGO desenvolveu-se durante o período intertestamentário.

Jesus se referiu à morada dos mortos como lugares de SOFRIMENTO para os ímpios e de bênção para os justos (não moradas permanentes e sim temporárias - Lucas 16.19-31).

O Seio de Abraão é bom e agradável, enquanto o HADES, anteriormente morada dos mortos, agora tem fogo (A parábola do rico e Lázaro - Lucas 16.19-31). Embora esta cena seja o lado de cá do Juízo Final, tem uma nota de permanência no grande abismo.

O termos Inferno (GEHENNA) herdeou algumas de suas imagens do Vale de Hinon que ficava perto de Jerusalém, que era usado como monturo, lixão da cidade. O fato dele queimar continuamente expressa devastação, julgamento e rejeição (Marcos 9.42-50).

Em Mateus 25.41 vemos que o Filho do Homem entregará os ímpios ao FOGO ETERNO, PREPARADO PARA O DIABO E SEUS ANJOS. No versículo 20 vemos o cumprimento da profecia de Jesus quando ainda estava humanizado aqui na Terra.

No Apocalipse, o ABISMO é uma habitação preliiminar de anjo decaídos, demônios, a Besta e o Falso Profeta (Ap. 9.1 - 2. 11 - 11.7 - 17.8 e 20.1,3). A sua natureza temporária é vista em Ap. 17.8 contrastando com PERDIÇÃO.

O LAGO DE FOGO é o termo usado por João para designar GEHENNA ou INFERNO. É uma habitação permanente para a BESTA, o DIABO, o DRAGÃO, o FALSO PROFETA (Ap. 19.20 e 20.10).

A morte e o HADES serão colocados ali - Ap. 20.14 - todos aqueles cujos nomes NÃO estão no Livro da Vida irão para o Lago de Fogo - Ap. 20.15 - todas as pessoas ímpias irão para esse lugar de castigo permanente - Ap. 21.8.

Apesar dos protestos morais dizerem que castigo sem esperança de libertação é contrário à natureza de Deus, João considera o LAGO DE FOGO como um lugar eterno de punição. Mas é essa a punição que os homens escolheram: viver eternamente sem Deus.

"Ora, sem é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam." Hebreus 11.6