segunda-feira, 23 de março de 2009

O Rolo dos Setes Selos - Ap. 5.1-14


O capítulo 5 trata do amor de Deus como Redentor da humanidade, redimindo-a do pecado.


V1 Repentinamente todas as atenções são voltadas para um livro em forma de rolo na mão direita de Deus. Só Ele sabe o conteúdo do mesmo. Escrito por dentro e por fora (os julgamentos contidos nele são tantos que não sobrou espaço dentro dele) como em Ezequiel 2.10 e selado com 7 selos impressos em cera na atadura com que era amarrado para garantir o sigilo.

O livro revela o plano redentor de Deus, que é prefigurado no Velho Testamento e, como tal, contém o destino do mundo. Os cristãos sentem o coração pular dentro do peito, ansiosos; vendo que o livro vai ser aberto e pensando já no que vão ouvir. A expectativa é realmente muito grande.

Assim vai ser no dia do Juízo Final, quando Jesus voltar com o Livro da Vida na mão e todos nós esperando ser chamados para vivermos com Ele para sempre. Quem não for chamado, irá morar com o diabo no inferno para sempre.

Gostaria que os leitores pedissem a Jesus que escrevesse os seus nomes no Livro para que possamos juntos ir ao Céu e viver a lado dEle eternamente. Para isso, confessem seus pecados, arrependam-se e O aceitem como único e suficiente Salvador.

VV2,3 O anjo tinha que ser forte para que tivesse uma grande voz para ser ouvida por todo o Céu e a Terra. Para causar suspense, ele pergunta quem é digno de abrir o livro. Os cristãos continuam ansiosos para saber a respeito dos acontecimentos futuros. Mas ninguém respondeu, ninguém se apresentou como digno para abrir o livro.

V 4 João chorava de tristeza, pensando no destino da Igreja Cristã Universal, representada pelas Sete Igreja da Ásia Menor, as quais receberam as Cartas de Jesus. O choro irreprimível de João é devido ao seu desapontamento porque ele sabia que a promessa de Ap 4.1 não poderia se cumprir enquanto os selos nao fossem abertos.

V 5 De repente, João parou de chorar porque o Leão da tribo de Judá se apresentou como digno de abrir o livro e revelar o propósito de Deus para os homens, que é Jesus.

V 6 João olhou para ver o Leão da tribo de Judá (cada tribo de Israel tinha um símbolo como têm os clubes esportivos e militares. O símbolo da tribo de Judá era um leão - Gênesis 49.8-12) mas viu um Cordeiro. Assim como as figuras mudam de forma nos nossos sonhos, elas mudaram na visão de João, um Leão rapidamente transformou-se em um Cordeiro (será que o ancião viu mesmo um Leão ou apenas se referiu a Ele?). Seja lá como for, ambos os animais simbolizam Jesus Cristo. O Leão (não esqueça que Jesus é descendente da tribo de Judá) representa poder absoluto e o Cordeiro representa religiosidade e bondade absoluta.

Apesar do Seu poder, Ele foi morto em favor do homem, mas está vivo com todo o Seu poder simbolizado pelos sete chifres e está apto a destruir toda e qualquer oposição que fazem ao Seu Reino, pois Ele está vendo tudo com os sete olhos que simbolizam o Espírito Santo presente entre nós até a consumação dos séculos ou a vinda de Jesus.

V 7 Cristo, o Cordeiro estava em pé no meio dos anciãos, embora Sua presença não tivesse sido notada ou mencionada anteriormente, mais perto do Trono do que os seres viventes. Veio e recebeu o livro das mãos de Deus.

VV 8 a 10 Logo que o Cordeiro de Deus tomou o livro, os assistentes permanentes na sala do Trono de Deus entraram em adoração mostrando que Cristo merece a mesma espécie de adoração tributada a Deus. As harpas eram liras ou cítaras usadas costumeiramente na adoração (Salmos 32.2). As taças de ouro cheias de incenso, comuns na adoração judaica, são descritas como cheias das orações dos santos (os judeus achavam que a fumaça do incenso levava até Deus as petições dos fiéis. Hoje nós sabemos que não há necessidade de fumaça alguma para Deus ouvir e atender as nossas orações ou petições. Todavia, ainda há relgiões que usam tal prática.

Novo cânticos ou cânticos novos expressão gratidão por novos atos de misericórida de Deus, e a notícia de que o Cordeiro ia abrir os selos, era um ato misericordioso de Deus.

A aclamação feita a Cristo se refere ou faz jus a três realizações feitas por Ele:
  • 1 - Ele foi morto - refere-se à morte vitoriosa de Cristo na cruz para nos salvar.
  • 2 - Ele comprou - Cristo comprou com o Seu sangue homens de todas as tribos (nações) para Deus.
  • 3 - Ele fez sacedotes - Cristo fez dos homens resgatados do pecado um reino de sacerdotes para Deus. Todos os crentes são sacerdotes para Deus e uns para os outros. "Eles reinarão" indica que será no futuro a vitória completa dos sacerdotes com a vinda de Jesus. Entretanto, os sacerdotes (crentes em Jesus Cristo) começam a reinar desde o momento da conversão quando passam a viver e sofrer como Ele viveu e sofreu. Os crentes reinarão, prevalecerão, triunfarão e exercerão seu poder sobre os outros (para isso temos que pregar, testemunhar, exortar, nos santificar, nos capacitar e amar o próximo com a nós mesmos, sentindo compaixão pelas almas perdidas.)
VV 11 e 12 Milhões de anjos (simbolizam um número infinito - Daniel 7.10) louvam a Deus e ao Cordeiro de Deus. Glória, honra, poder, riqueza, sabedoria, força, ação de graças simbolizam a plenitude do louvor.

VV 13 e 14 Todas as criaturas se unem para louvar a Deus e ao Cordeiro (Jesus) por sua vitória, através de cânticos. A sinfonia começou com o louvor dos anciãos e criaturas que permanecem na sala do Trono de Deus e milhões de anjos se juntam ao cântico. Dramaticamente o louvor termina com os quatro seres viventes dizendo "Amém!", assim seja e os anciãos prostaram e adoraram.

As visões dos capítulos 4 e 5 retratam a majestade de Deus e de Cristo de forma que a pompa do imperador romano não representa nada em relação a Deus e ao Cordeiro no que tange à riqueza, poder, glória, sabedoria, força.

Assim sendo, os cristãos não devem se acovardar diante do poder temporário de líderes políticos, pois a cena trouxe alento, coragem e esperança para todos eles perseguidos da Ásia Menor e de todos os quadrantes da Terra daquela época e de todos os tempos.
Com fé e confiança no poder de Deus mostrado no capítulo 4 e no Seu amor redentor mostrado no capítulo 5, o cristão não deve temer inimigo algum pois "Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Romanos 8.31). Amém!