sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Carta de Jesus à Igreja de Filadélfia - Ap. 3. 7-13

A cidade de Filadélfia foi construída em 59 a.C. por Átalo II para ser o centro de expansão da língua, cultura e costumes gregos. Filadélfia é derivado de filadelfo (amigo do irmão) pois o rei Átalo II quis homenagear o seu irmão Eumene.

Estava localizada na província da Lídia, porém no distritio administrativo da cidade de Sardes, a 45 km desta. Ficava em um planalto, solo vulcânico, bom para a agricultura, principalmente de uvas produzidas nas aldeias circunvizinhas.

A principal divindade pagã adorada nas aldeias era Dionísio, devido ao seu relacionamento com a uva, pois esse era considerado o deus do vinho. Em 17 d.C, a cidade foi destruída por um terremoto. Tibério, imperador romano, financiou a reconstrução e recebeu o nome de Neocesaréia em homenagem a ele mesmo, pois todos os imperadores romanos tinham o título de César.

V.7. Jesus Cristo se identifica como sendo Aquele que tem as chaves da salvação e que ninguém pode fechar nem abrir. Só Ele pode, pois é o Rei Eterno e Verdadeiro.

V.8. O elogio aos cristãos de Filadélfia é trípulo: eles têm uma porta aberta que ninguém pode fechar, são féis embora sendo fracos e não negaram o nome de Cristo. A porta aberta significa a oportunidade que a Igreja tinha de pregar o Evangelho (a cidade ficava na fronteira com a Frígia, onde não estava ocorrendo perseguição aparente e por isso mesmo sem empecilho ou impedimento à proclamação do Evangelho). Pode também ser o próprio Cristo que eles já tinham passado por Ele. No entanto, eu prefiro aceitar que a Porta Aberta é o Reino do Messias (ainda por vir) e Cristo garante que ninguém pode excluir aquela Igreja d'Ele. Finalmente, Jesus salienta que apesar de pequena e sem recursos não negligenciou o nome do Senhor nem a Sua Palavra.

VV.9 e 10. Cristo condena o comportamento da comunidade judaica que estava pressionando a Igreja Cristã. São chamados de sinagoga de Satanás por se oporem ao crescimento do Evangelho. Em Isaías 45.14 - Isaías 49.23 - Isaías 60.14 está escrito que os gentios (todos os povos não judeus) haviam de prostar-se diante dos judeus (espiritualmente falando) por serem povo escohido por Deus para levar (partindo de Jerusalém) a Mensagem de Salvação a todos os povos. Os papéis se inverteram. Agora, Jesus está dizendo que os judeus devem se prostar diante dos cristãos (de origem gentia) e reconhecerem que eles (os cristãos) são os eleitos do Senhor.

Não podemos esquecer que a Igreja Cristã foi fundada por um judeu (Jesus) e a propagação do Evangelho foi iniciada pelos judeus. Porém a queixa de Jesus Cristo se baseia no fato de apenas uns poucos judeus creram nEle, contrariando o que Deus ordenou ao escolher os hebreus pare receber o Salvador; então, de modo geral, os judeus falharam.

Como prêmio pela sua fidelidade, Jesus fará com que os perseguidores judeus, que agora realizam a obra de Satã, venham a saber que esses desprezados cristãos são aqueles que Ele realmente ama. Os cristãos, tanto de origem judaica quanto gentia, são os verdadeiros espirituais amados pelo Senhor. Porque guardaram a Palavra com perseverança, e assim, estão livre da HORA DA PROVAÇÃO no final dos Tempos.
OS QUE HABITAM SOBRE A TERRA são os incrédulos, são aqueles não-regenerados pelo sangue do Cordeiro de Deus. Eles vão sofrer bastante, pois o mundo físico será destruído.

VV 11 a 13 - Guarda o que tens - venho sem demora - coroa - coluna no Templo - nome do meu Deus - a nova Jerusalém - o novo nome. Vamos ver o que signfica as expressões acima.
A vitória está nas mãos deles, mas é preciso perseverança para nãoo perder a coroa (a salvação, a vitória final sobre os romanos e judeus infiéis).

Os que vencerem serão coluna no Templo, isto é, serão homens fortes e indispensáveis para uma estrutura evangélica. Não há Templo na Cidade de Deus conforme vemos em Apoclipse 21.22. O que entedemos aqui é os verdadeiros crentes são colunas no verdadeiro templo de Deus que jamais serão destruídas (como aconteceu com as colunas físicas da estrutura da igreja algumas décadas antes, durante um terremoto), porque não são de pedras, são colunas vivas e firmes, firmadas em Jesus. O Senhor não está se referindo apenas aos líderes, mas a todos os vencedores fiéis, discipulos de Cristo que são ao mesmo tempo pedras vivas e sacerdotes. (I Pedro 2.5-9).

O nome de Deus sobre o cristão o identifica e torna público o senhorio de Deus sobre ele e a proteção de Deus é óbvia (mais adiante veremos como os crentes recebem o nome ou a marca de Deus nas suas frontes).

A nova Jerusalém é o lugar onde os crentes em Jesus Cristo vão viver eternamente ao lado de Jesus. Ter o nome escrito nela, significa ser cidadão morador nela permanentemente. O novo nome de Cristo precisa ser o mesmo que o incristo em Cristo (Ap. 19.12) Estes três nomes inscritos nos crentes fiéis é de absoluta segurança para ter a vida eterna, pois conhecer o nome de uma pessoa é se ter um relacionamento bem pessoal com essa pessoa. Gravarei...sobre ele (12): Sugere posse. O vencedor pertence a Deus. É propriedade exclusiva de Deus” (1 Pedro 2:9). O vencedor também recebe o nome de Cristo. Jesus confessará abertamente os nomes dos seus servos (Mateus 10:32).

Conhecer o nome de Deus é conhecer Deus, é ser obediente a Ele, é ser depedente dEle em todas as circunstâncias, é pertencer a Ele.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

CARNAVAL 2009 - Gálatas 5.16-26


Carnaval é derivao de carne. É uma festa da carne, pagã e mundana, durante a qual o diabo atua intensamente, comanda e induz o homem a praticar todo tipo de pecado. Este texto bíblico mostra a luta que há entre a carne e o Espírito que habita no homem; aquela procura sempre a vontade do diabo e este a de Deus. Quando a carne prevalece, o homem vai para o inferno e prevalecendo o espírito, o homem vai para o céu.


Os povos antigos, descendentes dos três filhos de Noé, viviam praticando a imoralidade. Porém Deus tinha um plano para salvá-los; por isso chamou Abraão para formar uma nação santa para no seio dela Jesus nascer e deu, através de Moisés, uma Lei para que os hebreus seguissem o caminho da retidão. Com o nascimento de Jesus, a Lei foi substituída pelo Evangelho da Graça. Os judaizantes (judeus convertidos ao Cristianismo) achavam que a obediência à Lei era a única alternativa para não voltarem às antigas imoralidades. Os gentios convertidos seguiam só o Evangelho da Graça, enquanto os judeus ficavam ainda agarrados à Lei de Moisés. Há ainda hoje religiosos cristãos que seguem determinados rituais dos fariseus.


Nesse texto bíblico vemos uma relação das obras da carne que são:


Prostituição – relações sexuais promíscuas

Impureza – relações sexuais incorretas

Lascívia – relações sexuais devassas

Idolatria – adoração a ídolos

Feitiçaria – emprego de artes mágicas e idolátricas como forma de adoração

Inimizades – querelas, brigas, discussões

Porfias – contendas

Emulações – rivalidades

Iras – acesso de raiva

Ciúme – falta de confiança, medo de perder o que tem

Facções – inclinação para um lado, parcialidade, tomar partido

Pelejas – demandas

Dissensões – intrigas

Heresias – interpretação errada da Palavra de Deus

Inveja – revolta contra os que têm algo

Homicídio – morte praticaa por matadores profissionais

Bebedices – bebidas alcoólicas, orgias

Glutonarias – apetite desenfreado, olhos maiores do que a barriga


Todas as obras da carne relacionadas acima e outros crimes são praticados pelos gentios e falsos cristãos, principalmente durante o carnaval sob a influência do diabo e dos seus anjos. Satanás é intitulado Rei Momo que significa rei da careta, da máscara, da mímica, da farsa e do escárnio; para tentar ridicularizar o Espírito Santo.


As escolas de samba procuram homenagear vultos da literatura, da política, da história, das raças, das artes e das ciências em geral. Por trás de tais homenagens está Satanás destruindo os bons costumes, a religião, a moral, a ética e a humanidade.


Lares são desfeitos por causa do adultério. Crianças são deixadas sozinhas em casa enquanto os pais estão se esbaldando na folia momesca. Quando retornam, avistam de longe a fumaça subindo de onde era um barraco de papelão coberto de zinco e dentro os corpinhos carbonizados dos filhos abandonados. Acidentes automobilísticos ceifam vidas preciosas e úteis à sociedade. Pessoas são assassinadas por integrantes de blocos, pois rixas são acertadas durante os dias de Carnaval sob a cobertura das máscaras. Muitas moças se entregam a desconhecidos, perdendo sua pureza e caindo no mundo da prostuição, muitas vezes contraindo enfermidades e disseminando doenças incuráveis que levam à morte. Estupros acontecem aos milhares. As ruas se enchem de drogados e alcoolizados. Os roubos a residências se multiplicam. Muitos perdem os seus empregos porque faltam ao serviço. Militares deixam de comparecer aos quartéis e são severamente punidos causando prejuízo para a carreira. Motoristas e trocadores não comparecem ao terminal rodoviário. Médicos faltam aos plantões, causando a morte de muitas pessoas por falta de atendimento. A desgraça é geral, a bagunça toma conta do país. O diabo fantasiado de rei momo pinta e borda, toma conta mundo durante vários dias para que o povo possa se entregar nos seus braços benfasejos, na opinião dele.


O Brasil é o país do carnaval e conseqüentemente da devassidão, da prostituição e da libertinagem. Gostaria que o Brasil fosse o país dos transplantes, da aviação, da justiça social, da obras de engenharia, das descobertas científicas, líder em exportações, pesquisa espacial e da tecnologia em geral.

Os estrangeiros trazem alguns dólares e gastam aqui durante o carnaval. Depois vão embora rindo e contando as proezas que aprontaram contra as nossas jovens e deixando milhares de crianças órfãs de pai e outros milhares contagiados pela AIDS. E nós ficamos aqui batendo palmas para a nossa própria miséria moral, social, econômica e espiritual.


Que contradição com o que o Deus nos oferece através de Jesus Cristo, cujo fruto do Espírito podemos ver através:

Amor ou caridade - Devemos amar a Deus acima de qualquer coisa e ao próximo como a nós mesmos.

Gozo ou Alegria – Devemos nos alegrar de termos sido justificados diante de Deus, através do sacrifício de Jesus Cristo.

Paz – Devemos usufruir dessa Paz que Deus nos dá ela sua graça.

Longanimidade – Devemos ter paciência para suportar os reveses da vida.

Benignidade, Bondade – Devemos ser bons para com todos os nossos semelhantes.

Fidelidade, Fé – Sem fé é impossíve agradar a Deus. Temos que ser fiéis para com Deus e para com os homens.

Mansidão – Devemos ser calmos e mansos de coração. Tardios em irar-se.


O homem que aceita Jesus como seu único e suficiente Salvador, por intermédio da conversão, arrependimento e confissão, recebe o Espírito Santo que o ajudará dia-a-dia a produzir as obras do Espírito, deixando para trás as obras da carne.

Os que já foram alcançados pelo Evangelho de Jesus não podem se vangloriar, se colocar em plano superior e retaliar os que ainda praticam as obras da carne. Jesus morreu por todos nós e eles precisam saber disso através da pregação, exortação e principalmente através do testemunho.


Somente Jesus pode mudar vidas e as vidas transformadas, produzindo o fruto do Espírito, vão servir de exemplo para que outras vidas possam ser transformadas também e serem libertadas das armadilhas do diabo que só intenta matar, roubar e destruir.


Se você ainda está preso a qualquer tipo de armadilha do inimigo, clame ao Senhor Jesus. Vá até Ele sem máscaras, arrependa-se, confesse o seu pecado, porque Ele o conhece, o ama e o perdoará. E aceite a Salvação que Ele oferece, pois é de graça e você experimentará a verdadeira Paz.
Postado por Prof. Valdomiro Barbosa do Rêgo às 12:14
Postagem mais recente Postagem mais antiga Início
Uma Palavra

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Carta de Jesus à Igreja de Sardo (Sardes) - Ap. 3.1-6


Sardes estava localizada a 48 km de Tiatira. Durante o Império Grego, a cidade fora muito mais importante no aspecto comercial e industrial. Agora, isto é, quando o Apocalipse foi escrito, tinha pouca influência. Mas nunca deixou de se orgulhar do seu passado histórico, era arrogante e achava que se bastava a si mesma. Sua indústria principal era a lã e o templo mais importante era o de Cibele (deus pagão dos romanos).

V1. Cristo se identifica (Sete Espíritos) anunciando o Seu poder e autoridade sobre as Igrejas (o Anjo ou Pastor). Cristo não elogia a Igreja, pelo contrário, a repreende duramente ao dizer que ela parece viva mas está morta. Exteriormente ela mostrava grande atividade, porém internamente não tinha espiritualidade alguma. Talvez uma apatia, proveniente da luxúria e da grandeza, tenha levado aquela igreja à morte.

V.2 "Acorda para a realidade e ajunta as brasas para reacender o fogo pois as tuas obras não estão de acordo com o padrão exigido por Deus." Havia umas poucas coisas que ainda viviam, estavam à beira da morte, mas ainda poderiam ser salvas mediante pronta intervenção.

V. 3 - "Arrependen-te e procuras guardar o Evangelho puro que recebestes para serem aprovados no Dia do Juízo quando Eu voltar inesperadamente para julgar todas as nações." Jesus está dizendo para a Igreja evitar o desastre espiritual, lembrando o verdadeiro conteúdo da religião como dantes a recebeu e retornar aos primeiros rudimentos e práticas.

Vs. 4-6 Algumas pessoas continuaram leais, puras e portanto vitoriosas. Só o que vencer terá direito a tríplice recompensa: vestes brancas de vitória, o nome do Livro da vida e a confissão de Jesus diante de Deus. A confissão de Jesus diante do Pai está escrita em Mateus 10.32 e Lucas 12.8 porém para que Ele faça isso diante de Deus e dos anjos, os cristãos têm que testeficar fielmente de Cristo aqui na Terra.
Quanto ao Livro da Vida, precisamos fazer algumas considerações a respeito dele. Em Êxodo 32.32 e 33 vemos Moisés pedindo a Deus para não riscar o nome dele do Livro e Deus responde que todo aquele que pecar contra Ele será riscado do Livro.

Em Daniel 12.1 está escrito que "naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que se achar escrito no Livro".

Em Apocalipse 21.27 está escrito que só entrará na Cidade Santa os que estiverem escritos no Livro da Vida do Cordeiro.

Aqui no verso 5 do texto em pauta, Jesus diz que o que vencer não terá o seu nome riscado do Livro da Vida.

João acreditava que os nomes foram escritos no Livro desde a fundação do mundo (Ap 17.8). Porém tal predestinação dependia da fé e da fidelidade do homem conforme Cristo está dizendo que poderia apagar ou riscar o nome do Livro. João estava dizendo que o crente tem que depender de Cristo para se salvar.

Vamos falar agora sobre três pontos que precisam ser esclarecidos convenientemente:


1) Os nomes dos salvos foram escritos no Livro da vida desde a fundação do mundo?
2) Os nomes dos salvos são escritos no Livro da vida por ocasião da conversão?
3) Os nomes dos salvos são apagados ou riscados do Livro da Vida se renegarem a fé?

Alguns estudiosos dizem que de fato o nome pode ser apagado ou riscado do Livro da Vida por Cristo, caso a pessoa negue ou renegue a fé cristã e volte ao mundo. E não lhe será dada outra oportunidade, mesmo havendo arrependimento.

Outros concordam com os primeiros, discordam todavia no que diz respeito à oportunidade. Para estes, havendo arrependimento, há perdão.

Outros ainda afirmam que o nome é realmente escrito no Livro da Vida por ocasião da conversão e eu concordo plenamente com estes últimos e também com os segundos com relação ao arrependimento e perdão.

Deus não predestinou o homem para se salvar. Na Sua presciência Ele já sabia quem se salvaria pois para Deus só há um tempo único, total e completo. É por isso que João diz que os nomes dos salvos foram escritos no Livro da vida desde a fundação do mundo.

Havendo conversão verdadeira, o homem jamais voltará à prática do mundo do pecado e assim o seu nome jamais será riscado do Livro. O que volta a praticar o pecado com satisfação e alegria (ainda que mascaradas), nunca se converteu. Esse não perde a salvação, pois não se perde uma coisa que nunca tivera.

"Qualquer que nega o Filho, também não tem o Pai; e aquele que confessa o Filho, tem também o Pai." I João 2.23

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Carta de Jesus à Igreja de Tiatira - Ap 2.18-29

A cidade de Tiatira ficava a 74km de Pérgamo. Embora não houvesse um templo exclusivo para se adorar o Imperador Romano, havia, entretanto, outros templos pagãos. A cidade produzia uma tintura de púrpura, de preço elevado e muito procurada pelos fabricantes de tecidos. Esse corante era tão caro que muitas vezes ultrapassava o preço do ouro.(Cabe aqui lembrar de Lídia, que era vendedora dessa tintura, conforme Atos 16.14 e 15).

Não se sabe com exatidão quem fundou o trabalho cristão em Tiatira, supõe-se porém que tenha sido o Apóstolo Paulo através dos seus discípulos quando foram espalhados por toda a Ásia Menor, estando ele sediado em Éfeso. (Atos 19.10).

V. 18 Cristo se identifica como o autor e signatário da Carta e identifica também o destinatário. Sabemos que os olhos de fogo simbolizam o conhecimento profundo que Jesus tem do homem através da Sua onisciência e sabemos também que os Seus pés reluzentes simbolizam fortaleza e resistência.

V. 19 Jesus elogia o amor da Igreja para com a causa cristã. A fé expressa pela fidelidade ao Cristianismo. O serviço é simbolizado pelo ministério da Igreja em prol dos irmãos (suprindo as necessidades deles). A paciência é simbolizada pela perseverança. O trabalho ou obras é simbolizado pela santificação e edificação espiritual da Igreja.

V. 20 Jesus critica a Igreja por ser tolerante em demasia com relação a profetisa Jezabel, ela estava induzindo os membros da Igreja ao pecado, isto é, induzindo-os a participar de rituais pagãos e à fornicação.

Jezabel dizia que não era pecado os cristãos participarem de eventos sociais e religiosos para que pudessem fazer parte de associações comerciais e assim prosperar materialmente. (Há nos dias atuais muitas pessoas iguais a Jezabel no seio da Igreja Cristã tentando desviar os filhos de Deus do seu caminho e fora da Igreja nem se fala, principalmente os nossos familiares que não são conformam com a nossa conversão e usam todos os artifícios para nos tirar dos braços do Senhor).

Há várias hipóteses com relação à existência ou não dessa mulher pitonisa Jezabel. Alguns estudiosos dizem que não existia tal mulher em Tiatira. Jezabel simplesmente simboliza as heresias introduzidas na Igreja por alguns dos seus membros.

Outros dizem que o nome Jezabel se refere a uma mulher pervertida que dizia haver recebido de Deus alguma revelação mística especial. (Gostaria de alertar os irmãos para terem muito cuidado com certas pessoas que andam recebendo revelações falsas e comprometendo a honra, o casamento, o noivado, a amizade, o emprego, a vida de muitas pessoas.)

Outros ainda afirmam que Jezabel se refere a esposa do Bispo (pastor) da Igreja. Finalmente um outro grupo de exegetas (intérpretes) dizem que Jesus fez apenas um paralelo entre a Jezabel do Antigo Testamento (mulher do rei Acabe de Israel, que fez com que seu marido introduzisse em Israel o culto a Baal, deus pagão dos moabitas I Reis 16.29-34) e a Jezabel simbólica.

Vs. 21-23 "Jezabel" foi repreendida anteriormente, porém não se arrependeu e a Igreja não tomou as providências cabíveis.
O castigo que será imposto a Jezabel e aos seus seguidores, caso não se arrependam, deve ser entendido no sentido espiritual e não no sentido físico.

V. 24 Jesus prometeu aos que não foram afetados pela heresia nicolaita não sobrecarregá-los com obrigações espirituais maiores do que que já têm a respeito do conhecimento de Deus (I Coríntios 2.10 e Romanos 11.33).

O que está na Bíblia é mais do que suficiente para levar o Homem à salvação e santificação. Não há necessidade de outros conhecimentos adicionais estranhos à Palavra de Deus. Cuidado com esse pessoal que anda de porta em porta vendendo literatura estranha à Bíblia Sagrada. Se a literatura fala sobre a Bíblia, não compre! Porque você já tem tudo na sua Bíblia e se não fala sobre a Bíblia, não compre e nem aceite de graça. Fuja dela que é nociva.

O cristão precisa conhecer outros tipos de literatura, porém literaturas científicas, no sentido de ficar ciente, tomar conhecimento. No entanto, a literatura para o espírito ele já possui. A Bíblia é suficiente por si mesma, pois é a Palavra de Deus, viva e eficaz. Não está incompleta que necessite de outros livros para complementá-la. Deus fala na medida certa. Se há coisas que não compreendemos em determinado momento de nossas vidas é porque Deus é misericordioso e nos poupa por amor. Ele dá a compreensão de acordo com a nossa busca sincera e de acordo com a carga que podemos aguentar em nossa mente e coração. O pecado nos fragilizou e não podemos entender muitas coisas ainda nesse corpo perecível. Para isso teremos a eternidade, com corpos transformados, para entendermos os mistérios do Senhor.

Os gnósticos pregavam que os cristãos podiam conhecer "as profundezas de Satanás", isto é, podiam tomar parte em práticas pagãs (exteriormente) e permanecer imunes ao pecado (interiormente) e mostrar assim a sua superioridade sobre elas.

Os nicolaitas ensinavam que as obras da carne não contaminavam o espírito. Mas não é isso que a Bíblia diz:

“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?

E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?

E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.

Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor;E não toqueis nada imundo,E eu vos receberei;

E eu serei para vós Pai,E vós sereis para mim filhos e filhas, Diz o Senhor Todo-Poderoso.” II Cor. 6.14-18

Cristo adverte a Igreja para reter a fé cristã que já foi estabelecida, para reter a sã doutrina.

V. 25 Cristo promete aos Seus seguidores autoridade sobre as nações; significando que os cristãos iriam participar do Seu Reino, reinando com Ele (Salmos 2.8).

V. 27 A promessa continua dizendo que os seguidores do Messias regerão (pastorearão) as nações com o cajado pesado, feito de carvalho para o Pastor com o formato de um cetro e de uma arma ponteaguda para a defesa (Salmos 2.9).

Despedaçar ou quebrar vasos de oleiro significa poder universal (a referência a quebra de vasos vem dos reis egípcios e caldeus nos seus rituais de coroação. Eles escreviam os nomes das nações e reis inimigos nos vasos e no dia da coroação quebravam os vasos em público para mostrar poder e força real).

Quebrar vasos de barro com vara de ferro significa para os cristãos que eles vão compartilhar do reinado de Cristo, reinando com Ele quando Ele receber o poder e a autoridade do Pai.

VV 28-29 - Quem se mantiver firme, convicto, perseverante, obediente, atuante e fiel receberá ou conhecerá a Jesus plenamente que é a verdadeira Estrela da Manhã (Ap. 22.16).

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Carta de Jesus à Igreja de Pérgamo – Ap 2.12-17

A Carta é endereçada ao pastor da igreja e Cristo é o autor, identificado como “Aquele que tem a espada aguda de dois gumes”.

Pérgamo era uma cidade ilustre da Mísia, localizada a 24 km da costa do mar Egeu, voltada para a riqueza e à moda. Era o centro mais importante de culto ao imperador romano no oriente por causa do grande templo dedicado à deusa Roma e a Augusto, erigido em 29 a.C. Havia também outros templos dedicados a Zeus, Átena, Dionísio e Esculápio. Podemos dizer que ali fica o quartel general do inferno ou concília (assembléia de prelados que tratava de assuntos dogmáticos, doutrinário e disciplinares) encarregada da religião do Estado e das ofertas de incenso diante da imagem do imperador.

Esculápio era o “deus da cura” e na cidade ficava a sede de uma ordem de sacerdotes médicos cujo símbolo era uma serpente (é por isso que o símbolo da medicina é uma cobra). Cristo elogia a Igreja por sua fidelidade no meio de grandes provações, desde os tempos de Antipas (Antipas deve ter sido um dos pastores da igreja martirizado por ordem do imperador).

Jesus aqui se queixa da Igreja e a repreende porque estava omissa com relação a alguns membros ao permitir que permanecessem na membresia. Isso não pode acontecer, quem errar tem que ser chamado à responsabilidade. Caso se consertar diante de Deus, tudo bem. Se permanecer no erro, tem que ser excluído. Refiro-me às igrejas cristãs autênticas e cristalinas.

Balaão foi um profeta da Mesopotâmia (Babilônia), que foi subornado pelo rei dos moabitas, chamado Baraque. Em Números de 22 a 25 está toda a história de Balaão. Ele preferiu desfrutar dos lucros materiais em detrimento dos espirituais ao aconselhar Baraquel como seduzir Israel, fazendo-o cometer idolatria com Baal (deus pagão dos moabitas) e fornicação com as mulheres moabitas (Números 25.1-5).

Os nicolaitas estavam fazendo em Pérgamo o mesmo que os antigos hebreus fizeram em Moabe e por isso são comparados, por Jesus, a Balaão com sinônimo de falso profeta. Eles aconselhavam os irmãos que valia à pena cultuar o imperador e praticar a fornicação para se livrar das perseguições e dos confiscos.

Vemos uma exortação ao arrependimento, caso contrário, providências divinas seriam tomadas com a Espada.

Vemos também uma promessa dupla: maná e pedra branca. O maná representa o sustento espritual. Em Êxodo 16.32-34, Moisés ordenou que um pouco de maná fosse guardado na Arca da Aliança. Em 586 a.C quando o Templo de Jerusalém foi destruído pelos babilônios, criou-se uma lenda judaica que um anjo ou o profeta Jeremias escondera a Arca com o maná, que seria preservado até o Reino do Messias.

O simbolismo do maná foi substituído pela Árvore da Vida, porém ambos significam a mesma coisa, isto é, uma vida eterna sustentada por Deus.

Vamos ver agora o simbolismo da pedra branca. Pérgamo se ocupava do extrativismo de pedras brancas e as usava comercialmente até como dinheiro. Cada pedra tinha um valor e um nome escrito, um emprego, um significado.

Conferia-se uma pedra branca a um homem absolvido de um processo - todo cristão é absolvido por Deus em o nome de Jesus.

Conferia-se uma pedra branca a um atleta vencedor de corridas e de lutas que lhe permitia admissão à refeições grátis - o cristão que estiver com a sua pedra branca terá entrada franca no banquete celestial ao lado de Cristo.

Conferia-se uma pedra branca a um escravo liberto: o cristão não passa de um ex-escravo do pecado (e de Satanás) e agora está livre pelo sangue de Jesus.

Conferia-se uma pedra branca a um guerreiro vitorioso – o cristão é um soldado que está em batalha permanente contra o mal, no entanto, a guerra de muitas batalhas já foi ganha por Jesus na cruz. Portanto, o cristão, através do sacrifício de Jesus, já é vencedor.

Conferia-se uma pedra preta ao condenado. As pedras eram dadas pelos juízes que funcionavam como jurados de hoje em dia.

Enttendemos que a pedra branca simboliza a vitória final ou a admissão no Céu. Trata-se de uma promessa solene e sagrada feita a eles no desejo de incentivá-los à fidelidade.