segunda-feira, 15 de junho de 2009

Apocalipse 12.1-18 - A Mulher e o Dragão



Um sinal é uma aparição incomum, que chama a atenção e aponta para uma aparição surpreendente. A mulher tem o sol com xale e a lua como escabelo (banco pequeno para descansar os pés) e as estrelas com coroa (as estrelas simbolizam as 12 tribos de Israel). O filho da mulher deve ser identificado como Cristo e o Seu arrebatamento para Deus é uma referência à Sua ressurreição.

A mulher grávida simboliza o povo de Deus, que, como Israel do Velho Testamento produziu o Messias, e como a Igreja e o novo Israel agora, é "os demais filhos dela", que são perseguidos mas esperam o Salvador.

A fuga dela para o deserto simboliza o estado dos cristãos perseguidos, perturbados e caçados porém protegidos por Deus, tendo sido selados por Deus para o período limitado de sofrimento. O deserto é o lugar de refúgio, segurança, como aconteceu com o povo de Deus ao sair do cativeiro egípcio.

No Novo Testamento, o dragão tornou-se personificado no Diabo ou Satanás. O número sete indica o seu grande poder, o número dez parece estar relacionado com a quarta besta ou animal de Daniel 7.24 e os diademas simbolizam o seu poder e soberania. O tamanho do dragão é enfatizado através do que ele faz com sua cauda. (Daniel 8.10).

João acreditava que o trono de Satanás estava em um dos ceús inferiores e isso pode ser confirmado em Efésios 2.2 e Lucas 10.18.

João acreditava também que outrora Satanás tivera acesso ao Trono de Deus e andava na Corte de Deus quase sempre como acusador dos homens (Jó 1.6 ss - Zacarias 3.1 ss).

Também no Novo Testamento vemos Paulo advertindo para não se cair na condenação do Diabo (I Timóteo 3.6) e também em Judas versículo 9 vemos Miguel disputando com o Diabo o corpo de Moisés (supomos que seja no Céu no caso de Moisés ter sido transladado como foram Enoque e Elias pois não temos informações sobre a seupultura de Moisés embora a Bíblia diga que ele foi enterrado em Moabe. Se ele não foi transladado, como poderia ele ter aparecido quando Jesus transfigurou-se? (Deuteronômio 34.6 e Mateus 17.3).

Miguel era um príncipe celestial ou arcanjo. Esperava-se que ele se levantasse e guiasse Israel em sua última batalha contra o mal (Daniel 10.13-21 e 12.1).

A guerra foi verbal e Miguel foi o vitorioso. O dragão e seus anjos foram lançados para fora e aterrisaram na Terra.

Há provas de que Satanás tinha acesso ao trono de Deus em Jó 1 e 2 quando ele aparece como advogado de acusação ou promotor público, acusando Jó diante de Deus. Em Zacarias 3.1-3 ele acusou Josué, o sumo sacerdote, diante do anjo do Senhor e em I Crônicas 21.1 vemos-lo incitando a Davi a fazer o recenseamento.

A literatura do Novo Testamento retrata Satanás como um ser sobre-humano, que reina sobre um reino do mal. Ao ser lançado na Terra, ele se voltou contra a criação de Deus que é o Homem, tentando arruiná-lo. No entanto, devemos deixar claro que quando o ser humano peca, ainda que incitado por Satanás, a culpa é do pecador. Muitos tentam jogar a culpa de seus erros em Satanás, na tentativa de fugir da responsabilidade.

A vitória de Miguel foi ganha sem armas quando se ouviu a expressão "agora é chegada a salvação...", isto é, a obra completa de Deus foi conseguida, a autoridade do Seu Cristo agora é manifestada publicamente.

Do mesmo modo que Miguel venceu a Satanás pela Palavra nós temos também a obrigação de vencê-lo também. Mas para isso temos que estar preparados, primeiramente em comunhão com Deus e Sua Palavra e também com a Igreja. Temos que conhecer nosso Deus, para conhecermos a Sua vontade e nos armamos com a espada (a Palavra de Deus) para sabermos responder aos ataques de Satanás, como Jesus fez.

A vitória está relacionada com o sangue do Cordeiro e a palavra do Seu Testemunho. A vitória de Cristo e dos crentes fiéis na Terra é a base de Miguel no Céu; não amaram as suas vidas até a morte (verso 11).

Vimos no verso 6 que Satanás não conseguiu destruir Cristo, foi derrotado e lançado à Terra e sofre novo fracasso. A única presa que lhe resta são os demais filhos dela, os crentes. A libertação de Deus é simbolizada por uma águia-mãe, quando ela agarra, quando ela agarra o seu filhote no ar para que não se fira (Deuteronômio 32.11 e ss - Êxodo 19.4 e Isaías 40.31). O tempo, e tempos, e metade de um tempo é uma repetição dos 1260 dias.

A Terra ajudou na salvação da mulher engolindo a inundação, simbolizando a proteção de Deus ao Seu povo contra todas e quaisquer tentativas do Diabo em destrui-lo.

Os demais filhos da mulher são os crentes atuais e fiéis, que estão obedecendo aos mandamentos de Deus e dando o seu fiel testemunho de Jesus (v. 11).

Termina o capítulo 12 com o Dragão frustado e irado, parado na areia do mar e pronto para conclamar as suas reservas (os dois terríveis mostros do próximo capítulo).