No capítulo 9 de João vemos Jesus curando um cego de nascença, o qual foi expulso da sinagoga porque testemunhava e enaltecia o nome do Senhor. A forma como os judeus trataram aquele homem levou Jesus a sentir que o povo de Deus estava sendo mal conduzido e sendo atormentado pelos líderes religiosos comparados a ladrões e salteadores em oposição ao Bom Pastor que apresenta propósitos francos, sinceros, autênticos e entendidos por todos pois são ensinamentos claros.
A relação do Bom Pastor com as ovelhas é de reconhecimento recíproco. Ele as chama cada uma delas pelo nome e elas O seguem. O que não acontece com os falsos pastores, as ovelhas fogem deles esbaforidas e temerosas.
Como os Seus ouvintes não estavam entendendo, Jesus voltou a usar cenas de campo para facilitar a compreensão.
Da função de Pastor, Jesus passou a ser a porta e o seu guarda. Cristo sozinho controla o ministério e os membros da Igreja. Os sacerdotes e reis de Israel eram admitidos pela herança e ordenados pelos homens (rabinos), os líderes do novo Israel (Cristianismo) são admitidos ao serviço apenas por Cristo. Outrossim, para ser admitido no Judaísmo (prosélito) tinha que ser circuncidado e ser fiel à Lei de Moisés, porém para fazer parte do novo Israel (Cristianismo) basta se converter a Jesus: “entrará e sairá e encontrará pastagem de vida, que Ele providenciará de modo abundante.” (vv 7-10), isto é, Jesus diz que Ele é o único Caminho. Não precisa de circuncisão, herança sacerdotal, holocaustos, sacrifícios. Não há necessidade dos rituais judaicos, pois Ele dá dinamicamente uma vida livre e saudável.
Jesus passou de Porta para Pastor. Os pastores dormiam à porta do curral para impedir a entrada de ladrões e salteadores. Na ilustração Jesus é a Porta e O Pastor. Para alguém tirar uma ovelha teria que matar primeiramente o Pastor. O mercenário aqui é um empregado que está ai ganhando dinheiro e diante do perigo de ser morto pelas feras e salteadores, foge porque é melhor perder o salário do que a vida.
Fazendo um paralelo, concluimos que Jesus colocava a Sua vida à disposição, enquanto o religioso profissional demonstrava pouca preocupação para com o homem comum, já assolado pelas devoradoras forças do mal.
O pastorado de Jesus não se limitava unicamente às ovelhas de Israel, mas sim, a todas as ovelhas espalhadas no seio de todos os povos. Já que esta unificação futura aconteceria como decorrência de Sua morte, obviamente Seus seguidores deveriam (devem) levá-la a efeito pela Terra.
Embora um pastor terreno pudesse acidentalmente ser atacado e morto, Jesus decidiu dar Sua vida deliberadamente, e tinha o poder de retomá-la, como foi feito através da ressurreição.
Os homens, pastores terrenos, podem decepcionar, porque são humanos, falhos e imperfeitos. Mas lembre-se disso: Jesus, o Bom Pastor, nunca vai decepcionar você. Entregue-se a Ele, colocando a vida nas suas mãos. Pois nEle a gente pode e deve confiar.