v. 9 e 10 Finalmente o alvo está à vista. João e os crentes perseguidos viajaram por um caminho longo e difícil. A vitória está à vista. O anjo-guia é um dos sete anjos que tinha as sete taças da ira de Deus (Ap 17.1).
A noiva coloca-se em agudo constraste com a prostituta. E Ap. 19.9 João falara sobre as bodas. Chegou a hora. Porém, a descrição que se segue é de uma cidade e não de uma mulher. Contudo, a cidade é personificada e se junta ao Espírito para fazer o convite final do livro (Ap. 22.17). (A expressão "em espírito significa em transe).
O grande e alto monte não existe no mapa. Os montes têm significado simbólico. Eles são associados com o Céu ou com o Trono de Deus (Isaías 2.2 e Miquéias 4.1).
A santa cidade parece estar descendo do Céu à Terra. Esta visão une Céu e Terra (a Terra estivera sob o domínio do Mal), mostrando uma completa vitória da redenção de Deus.
Vimos no verso 2 a descida da cidade santa e agora estamos vendo novamente. Isso não quer dizer que ela desceu duas vezes. A primeira referência é prepatória e a segunda é a descida propriamente dita.
v 11 12 13 A primeira impressão de João foi de que a cidade santa era gloriosa e radiantemente bela, fulgurosa e iluminada. Os anjos são os guardas das portas (Isaías 62.6). Os nomes das doze tribos de Israel escritos nas portas indicam que o povo de Deus é completo. Os doze fundamentos são doze pedras enormes com os nomes dos doze Apóstolos do Cordeiro, indicando como a Igreja é completa (Ezequiel 48.30-35 e Efésios 2.20).
v 14 Ao descrever a cidade santa é provável que João pretenda que estas características simbolizem apenas uma grandeza que vá além da medida e da descrição propriamente ditas.
v 15 A forma da cidade, provavelmente, foi ditada pela forma do Santo dos Santos no Templo de Salomão (I Reis 6.20).
v 16, 17 As dimensões da cidade são de 12 mil estádios (2.220 km pois cada estádio mede 185m. Os muros mediam apenas 130 côvados (80m). O côvado tinha o comprimento do braço de um homem do cotovelo até a ponta do seu dedo médio, cerca de 18 polegadas ou 45 cm. Quando João fala sobre MEDIDA DE HOMEM E DE ANJO, ele quer dizer que o padrão de medida é o côvado humano, embora um anjo esteja medindo os muros (Ezequiel 40.5).
v 18 Material da Construção: embora a cidade seja apresentada por João em termos literais, como as medidas, as formas e o materal, parece que ele quer dizer que a cidade desafia qualquer descrição. As pedras preciosas são usadas como adornos das pedras fundamentais (Isaías 54.12 - Ezequiel 28.12-19 - Jó 28.12-19 e Êxodo 28.17-21 e 39:10-14).
v 21 As portas eram feitas de pérolas enormes (em Isaías 54:11, 12 era de carbúnculos). Obras judaicas pós-cristãs falam de portas de cidades feitas de uma única pérola. A cidade era feita de ouro puro e semelhante a vidro límpido, significando sua magnificência e pureza.
v 22 A presença de Deus na Cidade Santa: Deus está presente com o Seu povo plena e permanentemente (versos 3 e 4). O Templo outrora simbolizava a presença de Deus e abria caminho para a linguagem da fé (II Coríntios 6.16). Agora Deus está presente, com o Seu povo, de tal forma que um Templo seria desnecessário.
v 23 A presença de Deus lança uma radiosa glória sobre a cidade, descartando a necessidade de luminares. Jesus é a sua lâmpada. Esta glória de Deus atrai as nações e os reis da terra.
v 24-27 Os reis da terra são muito importantes no Apocalipse, pois retêm o poder das estruturas políticas do homem, e, como tais, contribuem grandemente para a revolta contra Deus (Ap. 10:11 - 16:14 - 17.2 - 17:18 - 18:3 - 19:18, 19). Mas Cristo é o Príncipe e Soberano dos reis da terra (Ap. 1:5). Cristo é o Senhor dos senhores dos reis da terra e Rei dos reis (Ap. 17:14 e 19:16).
Assim, nesta vitória final, Cristo receberá as homenagens devidas a Ele da parte dos reis da terra.