quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Apocalipse 22.1-5 - Vida Eterna na Cidade Santa


V. 1 - Esta visão final da Cidade Santa nos mostra a belíssima esperança cristã: o rio da água da vida - a árvore da vida - Deus e o Cordeiro são o centro e a fonte de tudo - os filhos de Deus adoram e participam do Reino para sempre - todos os frutos malígnos estarão ausentes.

O clima seco de uma região desértica ou semidesértica contribuiu para que a água e a árvore se tornassem símbolos religiosos da Bíblia. Ambas foram duas coisas de muita necessidade para os moradores daquela região.

Água significa vida; o rio da água da vida simboliza a fonte da vida eterna. João está usando imagens do Velho Testamento (se espelhando) para ilustrar o significado e valor da água para os conceitos bíblicos:

a) Gênesis 2.10 - Havia um rio no Jardim do Éden.
b) Salmos 46.4 - Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus.
c) Ezequiel 47.1,2 - Havia um rio que fluía do Templo.
d) Zacarias 14.7,8 - Esperava um futuro em que correria água de Jerusalém em dois rios.

Já no Novo Testamento vemos em João 4.14 e João 7.38 a água simbolizando a vida espiritual e se relaciona com Apocalipse 7..7- 21.6 e 22.17.

Em Apocalipse 8.10 e 16.4 vemos as pragas ferindo as fontes de água doce aqui na Terra, porém na Nova Cidade haverá abundância de água viva.

Em Ezequiel 47. 1, 2 o rio flui do Templo, porém aqui ele flui do Trono de Deus e do Cordeiro, indicando o seu suprimento ilimitado.

V. 2 - Vemos no verso 2 que o rio corre no meio da praça principal da Cidade Nova, indicando a vida eterna que vem de Deus. A Árvore da Vida simboliza a vida eterna conforme Apocalipse 2.7, quando João disse para os Efésios que eles iriam comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus. Comer da árvore da vida é ter vida eterna. Ser negada a alguém a árvore da vida significa perder a vida eterna como está escrito em Apocalipse 22.19.

Em Ezequiel 47:12 vemos árvores de ambos os lados do rio que davam frutos a cada mês para alimento e as suas folhas eram para remédio ou cura. Embora João fale de árvore da vida, têm-se a idéia de um bosque de árvores de ambos os lados do rio.

Os doze frutos são possivelmente diferentes e simbolizam o suprimento abundante e regular.
A cura das nações que responderam com obediência em Ap. 7.9. E a - glória e a honra - que são possuídas pelas nações são dadas gratuitamente a Deus como vemos em Ap. 21.26.

Há aqui três coisas básicas e necessárias ao sustento da vida: água, alimento e saúde.

Este quadro visto por João através de uma visão é a terceira cena do quadro e simboliza a provisão destas três necessidades (água, alimento e saúde).

A água da vida e os frutos perpétuos da árvore da vida fornecem alimento e bebida e as folhas, que têm virtudes curativa, garantem a saúde. Juntas, estas três coisas simbolizam a nutrição e os cuidados que Deus dispensa aos Seus. Como poderá o homem viver para sempre?

Aqui temos a resposta, e ela nos vem lá do trono de Deus e do Cordeiro: "Deus tem tudo quanto é necessário à conservação da vida eterna do homem".

Vv 3 a 5 - Vamos interpretar os versos 3, 4 e 5 sobre maldição, trono de Deus e do Cordeiro e luz.

O Céu é o lugar onde Deus está juntamente com o Cordeiro de onde flui o rio. Não há mais necessidade de luz, porque o Senhor Deus os alumiará.

Os remidos servirão a Deus incessantemente, isto é, O adorarão.

Os remidos verão a Deus face a face.

Os remidos continuarão a ter os seus nomes em suas frontes, como uma constante confissão do senhorio dele e da identidade e segurança deles.

Reinarão pelos séculos dos séculos, isto é, reinarão eternamente (Ap. 1.6 - 5.10 - 2.26 - 3.21).

Este reinado tem início já aqui na Terra na vida da Igreja.

A presença de Deus exclui automaticamente a maldição do Novo Éden.

A noite, com as suas turvas e incertezas, é um símbolo do mal conforme João 3.19 em que os homens pecadores amavam mais as trevas do que a luz. Os remidos viverão para sempre na luz do Senhor Deus.

Esta é a resposta de Deus ao homem que quer conhecer alguma coisa da vida futura. Simbolicamente Deus lhe diz: "O Céu é um lugar de comunhão perfeita, de perfeita proteção, de perfeita provisão das necessidades, de serviço perfeito para Deus".

Como é grande e forte aqui o contraste entre o destino dos ímpios e o destino dos remidos do Cordeiro.

sábado, 14 de novembro de 2009

Apocalipse 21:9-27 - A Nova Jerusalém


v. 9 e 10 Finalmente o alvo está à vista. João e os crentes perseguidos viajaram por um caminho longo e difícil. A vitória está à vista. O anjo-guia é um dos sete anjos que tinha as sete taças da ira de Deus (Ap 17.1).

A noiva coloca-se em agudo constraste com a prostituta. E Ap. 19.9 João falara sobre as bodas. Chegou a hora. Porém, a descrição que se segue é de uma cidade e não de uma mulher. Contudo, a cidade é personificada e se junta ao Espírito para fazer o convite final do livro (Ap. 22.17). (A expressão "em espírito significa em transe).

O grande e alto monte não existe no mapa. Os montes têm significado simbólico. Eles são associados com o Céu ou com o Trono de Deus (Isaías 2.2 e Miquéias 4.1).

A santa cidade parece estar descendo do Céu à Terra. Esta visão une Céu e Terra (a Terra estivera sob o domínio do Mal), mostrando uma completa vitória da redenção de Deus.

Vimos no verso 2 a descida da cidade santa e agora estamos vendo novamente. Isso não quer dizer que ela desceu duas vezes. A primeira referência é prepatória e a segunda é a descida propriamente dita.

v 11 12 13 A primeira impressão de João foi de que a cidade santa era gloriosa e radiantemente bela, fulgurosa e iluminada. Os anjos são os guardas das portas (Isaías 62.6). Os nomes das doze tribos de Israel escritos nas portas indicam que o povo de Deus é completo. Os doze fundamentos são doze pedras enormes com os nomes dos doze Apóstolos do Cordeiro, indicando como a Igreja é completa (Ezequiel 48.30-35 e Efésios 2.20).

v 14 Ao descrever a cidade santa é provável que João pretenda que estas características simbolizem apenas uma grandeza que vá além da medida e da descrição propriamente ditas.

v 15 A forma da cidade, provavelmente, foi ditada pela forma do Santo dos Santos no Templo de Salomão (I Reis 6.20).

v 16, 17 As dimensões da cidade são de 12 mil estádios (2.220 km pois cada estádio mede 185m. Os muros mediam apenas 130 côvados (80m). O côvado tinha o comprimento do braço de um homem do cotovelo até a ponta do seu dedo médio, cerca de 18 polegadas ou 45 cm. Quando João fala sobre MEDIDA DE HOMEM E DE ANJO, ele quer dizer que o padrão de medida é o côvado humano, embora um anjo esteja medindo os muros (Ezequiel 40.5).

v 18 Material da Construção: embora a cidade seja apresentada por João em termos literais, como as medidas, as formas e o materal, parece que ele quer dizer que a cidade desafia qualquer descrição. As pedras preciosas são usadas como adornos das pedras fundamentais (Isaías 54.12 - Ezequiel 28.12-19 - Jó 28.12-19 e Êxodo 28.17-21 e 39:10-14).

v 21 As portas eram feitas de pérolas enormes (em Isaías 54:11, 12 era de carbúnculos). Obras judaicas pós-cristãs falam de portas de cidades feitas de uma única pérola. A cidade era feita de ouro puro e semelhante a vidro límpido, significando sua magnificência e pureza.

v 22 A presença de Deus na Cidade Santa: Deus está presente com o Seu povo plena e permanentemente (versos 3 e 4). O Templo outrora simbolizava a presença de Deus e abria caminho para a linguagem da fé (II Coríntios 6.16). Agora Deus está presente, com o Seu povo, de tal forma que um Templo seria desnecessário.

v 23 A presença de Deus lança uma radiosa glória sobre a cidade, descartando a necessidade de luminares. Jesus é a sua lâmpada. Esta glória de Deus atrai as nações e os reis da terra.

v 24-27 Os reis da terra são muito importantes no Apocalipse, pois retêm o poder das estruturas políticas do homem, e, como tais, contribuem grandemente para a revolta contra Deus (Ap. 10:11 - 16:14 - 17.2 - 17:18 - 18:3 - 19:18, 19). Mas Cristo é o Príncipe e Soberano dos reis da terra (Ap. 1:5). Cristo é o Senhor dos senhores dos reis da terra e Rei dos reis (Ap. 17:14 e 19:16).

Assim, nesta vitória final, Cristo receberá as homenagens devidas a Ele da parte dos reis da terra.