terça-feira, 21 de julho de 2009

Apocalipse 14.14-20 - A Ceifa e a Vindima


Ceifa e vindima significam a mesma coisa, isto é, ida e volta de Cristo (Mateus 24:30 e 26:64 e Atos 1:9,11).

Muitos estudiosos dizem que este filho do homem é um anjo e não Cristo, pois Cristo é um Juiz exaltado no Apocalipse, e Ele aqui está recebendo ordens do anjo. Acontece porém que o anjo está transmitindo a mensagem de Deus - porque é chegada a hora de ceifar (Marcos 13.32) - "Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no Céu, nem o filho, senão o Pai".

Tem aparecido muita gente profetizando sobre o fim do mundo, sobre a vinda de Jesus, determinando datas, etc, mas ninguém sabe com precisão o dia e a hora da volta do Senhor, só o Pai que está no Céu (o Filho não sabia humanamente falando, mas Ele agora sabe, bem como o Espírito Santo, pois os Três são Um).

Como tem morrido gente, como se tem gasto dinheiro, papel e palavras, como se tem especulado, como tem sido veiculado o fim do mundo pelos meios de comunicação. E a Palavra de Deus aí à disposição de todos, para esclarecer, ensinar, prevenir. Mas, não querem acreditar na Palavra de Deus.

A colheita, tanto de grãos quanto de uvas, ilustra o único acontecimento do julgamento vindouro (alguns estudiosos afirmam que a colheita de grãos simboliza apenas os justos e a colheita de uvas simboliza os ímpios. A colheita inclui tanto justos como ímpios (Marcos 4.29 - Mateus 13.30 - Jeremias 51.33 e Oséias 6.11).

Em ambas as ilustrações, os grãos e as uvas estavam maduros, isto é, o Evangelho fora pregado a todas as nações. Jesus só voltará quando todas as pessoas do planeta tiverem ouvido as Boas Novas de Salvação para que não digam que ninguém lhes falou do amor de Deus revelado em Jesus Cristo. Não haverá desculpa para "ah, eu não sabia". Sempre que alguém não aceita a apresentação de Jesus como o único Caminho que nos leva a reconcialiação com Deus, esse mesmo dia, essa mesma hora estão marcados como prova da rejeição à salvação.

Quando ouvimos o apelo do pastor e vemos alguns levantarem as mãos e irem à frente, sabemos que é um dia de grande alegria no Céu. Mas é também um dia de tristeza por aqueles que ficaram sentados e deixaram para "amanhã" ou para nunca, a decisão de se arrepender e se entregar completamente a Jesus, o Salvador.

Ao NÃO dizer sim a Jesus, automaticamente está dizendo NÃO. E essa data está assinalada, como o dia em que alguém quase foi salvo, quase foi liberto, quase recebeu o passaporte para o Lar Celestial. Mas quase não vai levar ninguém ao Céu. Apenas a certeza absoluta de que Jesus é o Messias. O Salvador, o Senhor, ao qual devemos entregar nossos corações e vidas completamente, com arrependimento sincero e conversão de vida.

Este texto descreve o Juízo de Deus. Mostra o destino dos ímpios que serão lançados no grande lagar da ira de Deus medindo 300km de comprimento como um rio de sangue e fundo o suficiente para alcançar os freios dos cavalos que movimentam a prensa como se fosse um engenho de moer cana.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Apocalipse 14.6-13 - Os juízos de Deus


As Bestas e suas legiões estão prontas para a batalha. O Cordeiro e Seus 144 mil estão no Monte Sião. O conflito final parece iminete.

Surge um anjo voando pelo meio do céu sendo visto e ouvido por todos, fazendo um último apelo ao arrependimento.


Um segundo anjo anunciou a queda de Roma como se já tivesse acontecido. Roma é comparada a Babilônia que usara o seu poder para seduzir as nações. Ela agira como prostituta do templo, que intoxicava as suas vítimas antes de seduzi-las.

Um terceiro anjo anunciou o julgamento de todos os que adoram a Besta. Esse anúncio do julgamento serve de advertência para todos. Os que ainda seguem a Besta têm a oportunidade de se converterem e os já convertido não devem se afastar de Deus, embora sofrendo coação, perseguição, boicote econômico e até a morte, por se recusarem a adorar a estátua do imperador.

Os castigos - vinho sem ser diluído e fogo e enxofre - são permanentes e severos pois todos foram chamados ao arrependimento, porém preferiram rejeitar a Deus e adorar a Besta (Jeremias 25.15-17, 27 e ss - Salmos 60.3 e 75.8 - Jó 21.20 e Isaías 51.17).

A fumaça do seu tormento (Gênesis 19.28) jamais cessará. Eles escolheram o seu final. Muita gente diz que a morte termina tudo; "morreu acabou". A Besta coloca isso na mente dos homens para não se converterem. Porém, no dia do Juízo, a Besta estará lá para levá-los para o Inferno onde haverá pranto e ranger de dentes. Aqueles que ainda não se entregaram a Jesus, façam isso enquanto há tempo. Abriguem-se nos braços do Senhor que deu a Sua vida para salvar vocês.

A orientação cristã de João se manifesta ao falar de perseverança tão necessária para a vitória final, para a vitória cristã. Os cristãos provam a sua firmeza pela observância aos Mandamentos (João 6.29) e os seguidores da Besta contrariam logo o Primeiro e Grande Mandamento que nos diz que devemos amar única e exclusivamente a Deus.

Bem aventurados são os mortos em Cristo. Esta beatitude aparece em tempo oportuno e propicia o ânimo necessário. Os que morreram em Cristo estão descansando dos seus trabalhos e as suas obras os acompanham. A sua persistência, obediência e fé se manifestam como evidência em seu favor.

Em resumo, a mensagem dos três anjos é ainda atual e propicia ao tempo que estamos vivendo:
  • O primeiro ensina que a segunda vinda esta próxima e devemos nos preparar.
  • O segundo é um aviso solene para abandonar Babilônia, que reepresenta tudo que NÃO está de acordo com o que Deus deixa claro em sua Palavra.
  • O terceiro nos alerta para a sentença: quem receber a Marca da Besta estará fora do Reino de Deus.
A verdade é que Deus é justo e ninguém será pego desavisado. Esteja preparado, querido leitor, porque hoje é o dia da Salvação.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Apocalipse 14.1-5 - O Cordeiro e Seus Remidos no Monte Sião


O Cordeiro está de pé majestosamente sobre o Monte Sião, provavelmente a Jerusalém Celestial (Hebreus 12.22 e Gálatas 4.26). Alguns intérpretes consideram como a Jerusalém terrena, e a sede do governo durante o reinado milenar. Os 144 mil são os remidos pelo sangue do Cordeiro.
O poder do Criador Onipotente estava apoiando o Cordeiro: voz de muitas águas (Apocalispe 1:15) - voz de um grande trovão (Apocalipse 4.5) e o som das harpas; indicando poder e majestade. Os nomes de Cristo e de Deus escritos nas frontes dos remidos indicam a íntima conexão entre este exército e o poder de Deus. O cântico novo é um sinal de gratidão e só pode ser entoado pelos remidos. Quem ainda não se converteu não sente no coração o desejo de louvar ao Senhor através de hinos e outras expressões musicais como sinônimo de agradecimento.
João descreve o exército do Cordeiro como composto de homens (e mulheres) castos, fiéis, remidos, dedicados, verdadeiros e imaculados.
Alguém defende a tese de que o exército do Cordeiro é composto de homens celibatários, porém não é isso que João quer dizer. Não podemos interpretar uma literatura apocalíptica ao pé da letra.
João quis dizer que o exército do Cordeiro (os 144 mil) estão livres de qualquer nódoa de idolatria (Deuteronômio 31.16 - Juízes 2.17 - Oséias 9.1 - Êxodo 34.16).
João se refere a um contexto militar (Deuterônomio 20) e a relação sexual resultava em impureza cerimonial (Levítico 15.16). Davi conservou os seus soldados longe de mulheres antes das batalhas (I Samuel 21.5).
João está retratando a Igreja preparada para a batalha e ele emprega uma figura militar para descrever a Igreja em prontidão para a batalha.
Os 144 mil (que simbolizam a Igreja) foram comprados pelo sangue de Jesus Cristo e foram dedicados (dados, oferecidos) a Deus e ao Cordeiro como primícias (Romanos 16.5 - I Coríntios 16.15).
Não se acha engano na boca da Igreja verdadeira e irrepreensível (I Pedro 1.19 - Efésios 1.4 e 5.27 - Colossenses 1.22 e Filipenses 2.15).

terça-feira, 30 de junho de 2009

Apocalipse 13.11-18 - A Besta que subiu da Terra


A Besta anterior simboliza o poderio do Império Romano e esta simboliza a Organização Romana. Veio da Terra, é portanto nativa, religiosa e enganosa. A sua aparência é comparada com Cristo mas é blásfema pois fala como o Dragão que deu poder à Besta do mar e esta delegou poder e autoridade à da Terra. O seu poder era grande, coercivo (através da coação), enganoso, mágico e econômico. A Besta da Terra opera como um agente da Besta do mar e domina a Terra toda e seus habitantes com a sua magia e versatilidade.

Muitas religiões antigas, e até modernas, empregavam mágica e milagres a fim de escravizar o povo. Muitos falsos profetas imitaram Moisés mediante fraude (Êxodo 7.10 e ss) Jesus falou sobre eles (Marcos 13.22) e Paulo nos avisou também (II Tessalonincenses 2.9 e 10).

Através da mágica, a Besta enganava com os seus truques. Operou grandes milagres chamando fogo do céu para a Terra simulando o grande milagre de Elias (II Reis 1.10) e deu fôlego à imagem da Besta.

Depois de erigir a sua estátua, os sacerdotes conseguiram iludir dizendo que ela tornara animada (com vida) e até falava mandando matar todos os que não a adorassem.

Cristãos acusados de não adorarem a imagem foram condenados à morte por ela através de ventriloquismo e outros artifícios (ventriloquismo é a atividade desempenhada pelo ventríloquo, indivíduo que sabe falar sem mover os lábios, de maneira que a voz parace sair do venter). Simão, o mago, segundo se dizia, realizara o sinal relatado aqui. Ele fizeram uma estátua viver (Atos 13.6-12, 16.16 e 19.13 e ss).

A Besta da Terra tinha poder econômico universal para coagir as pessoas a adorarem a Besta do mar. Os que adorassem ao Imperador eram marcados (tatuados) como sinônimo de licença não poderiam comprar nem vender. O poder de Roma e da religião romana faziam deste costume um sinal de identificação com ela. A marca da Besta se coloca em constraste com a marca de Cristo em seus seguidores (Ap. 7.3).

Em hebraico e grego as letras do alfabeto eram usadas para algarismos. Os números correspondentes às letras seriam somados para se conseguir o número do nome (Esta ciência é chamada de Gematria).

Muita gente tem sido identificada (de acordo com o número de letras do nome) como o número 666: Martinho Lutero, o Papa, Napoleão Bonaparte, Hitler, Stalin etc. Mas a pessoa mais aceita é Nero. Porque Nero - Neron Kaisar na língua grega - quando transliterado para o hebraico, suas letras dão o total de 666 (Transliterar = reduzir um sistema de escrita para outro sistema, letra por letra).

O Papa é citado porque naquele chapéu comprido que ele usa está escrito em latim: VICARIUS FILII DEI que significa: vicário Filho de Deus. A soma dos valores das letras é 666.

Cremos que o número 666 se refere a Nero. Expliquei porque muitos pensam se tratar do Papa, para que os irmãos e amigos tomem conhecimento.

É quase certo que João pretendia mostrar Nero como um tipo de besta. O fato de ele recorrer à sabedoria significa que quando esse personagem maligno aparecer, os cristãos devem reconhecê-lo. Usando o nome em código (666) para identificação desse que é um tipo de Nero.

"Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2Ti 2:15"

terça-feira, 23 de junho de 2009

Apocalipse 13:1-10 - A Besta que subiu do Mar



A Besta subiu do mar como as bestas ou os animais de Daniel 7.2-7. Esta Besta simboliza o poderio do Império Romano, pois ele chegou à Ásia Menor através do mar.
João criou uma besta composta ou uma reunião dos quatro animais de Daniel que simbolizavam quatro reinos: Babilônia, Média, Pérsia e Grécia.
Os 10 chifres simbolizavam 10 reis do último reino (grego). O chifre pequeno era Antíoco Epifânio IV que era odiado pelos judeus, principalmente porque ele (ou seu ancestral) havia profanado o Templo de Jerusalém.
Das 4 bestas de Daniel foi feita uma simbolizando Roma com a disposição de leopardo (vigilante e feroz) , pés de urso (com poder para esmagar), boca de leão (cujo rugido era tão temido pelos pastores da Palestina). As 7 cabeças simbolizavam governantes romanos (conforme veremos em Ap. 17.10). Uma das cabeças feridas simbolizava Nero (conforme veremos em Ap. 17.10).


Os nomes de blasfêmia escritos nos diademas são títulos, sugerindo divindade, usados pelos imperadores romanos: Divus, Dominus, Kurios e até Theos. Os cristãos usavam estes títulos somente para Deus e para Cristo.
Interessante, um dos motivos alegados para crucificarem a Jesus foi a blasfêmia, porque Ele se dizia ser o próprio Deus. Todavia, os imperadores romanos se intitulavam divinos e todos apoiavam, inclusive os judeus infiéis.

Quem usa os títulos divinos, querendo tomar o lugar de Deus, querendo ocupar o lugar de Deus diante dos homens para se mostrar santificado, é blasfemo e vai ter que se explicar diante do Pai naquele grande Dia do Senhor.

Quem usa o nome de cristão indevidamente também é blasfemo, porque contraria o Terceiro Mandamento de Deus.


A Besta tinha poder e autoridade demoníacos e cósmicos, delegados pelo Dragão, que lhe propiciaria um trono de onde reinasse. O Império Romano, com todo o seu poder, era o correspondente terreno do reino satânico do mal.
A Besta parecia exercer poder universal, porque toda a terra a seguia. Blasfemava contra Deus (usando títulos divinos para sim, indevidamente). Blasfemava contra no nome de Deus e contra o Seu Tabernáculo. E saía-se bem porque era poderosa para fazer guerra contra os santos e vencê-los. A Besta tinha um poder mágico ou feiticeiro (pseudodivino - falso divino) pois toda a terra a seguia maravilhada. João estava convicto do poder persuasivo e demoníaco do Estado (Roma) totalitário, que seduzia os seus súditos, levando-os à idolatria (até os judeus se deixaram levar, se deixaram contaminar).

O homem moderno ainda cai, mas as Testemunhas fiéis têm que batalhar contra a Besta. Precisam provar que só Deus é onipotente e que a Besta tem as suas limitações pois: 1 - a sua obra é apenas destrutiva 2 - os seus dias estão contados e 3 - nunca será adoraca pela congregação relacionada no Registro Celestial.


A Besta usa a boca, que lhe foi dada, apenas para blasfemar porque ela é blasfema, soberba, destruidora, perversa e má. Ela não pode criar nada. Os 42 meses simbolizam um período limitado de tempo, ela não reinará absoluta para sempre (Ap. 11.3).


Os que habitam sobre a Terra são os incrédulos que adorarão a Besta (os crentes são aqueles cujos nomes estão inscritos no Livro da vida do Cordeiro (Ap. 3.5).

A expressão "desde a fundação do mundo" no verso 8 pode significar ou se referir tanto à escrita dos nomes como pode ser referir à morte de Jesus (pode também se referir a fundação do mundo propriamente dita, pois para Deus tudo é presente. Para Deus tudo está no tempo presente do indicativo: "Eu Sou".


Vamos analisar as palavras: cativeiro, espada, perseverança e fé contidas no versículo 10. O poder da Besta (Roma) é tão grande que ela vencerá os fiéis (a prisão de João na Ilha de Patmos é um exemplo) porém os fiéis não podem recorrer ao uso da espada para se defender. A vitória está baseada na fidelidade a Cristo. Os cristãos não devem resistir ao tirano com a espada, fazê-lo seria uma negação de Cristo, e mereceria castigo.

Há outra interpretação para se explicar o emprego das palavras cativeiro e espada. Embora a interpretação acima esteja correta, vou apresentar a outra, para que os irmãos tomem conhecimento e não se apeguem a uma única forma de interpretação.


Os cristãos observam as reivindicações de divindade feitas pela Besta (Divus, Dominus, Kurios, Theos = Divino, Senhor, Corte Suprema e Deus; respectivamente). Mas eles sabem que o nome dela não está escrito no Livro da vida, de forma que ela está condenada. Eles sabem que ela será levada cativa (como veremos em Ap. 19.19 e ss). Seus agentes agora prendendo os cristãos, serão mortos pela espada da boca do Messias (Ap. 19. 21). Desta forma, os cristão suportam esta última perseguição severa, porque sabem o resultado final.

A conclamação para que os cristãos tenham perseverança e fé é um encorajamento especial para um período difícil. Perseverança não é resignação, mas uma aceitação corajosa do pior que a vida pode oferecer, e a sua transformação em glória. A perseverança cristã e não a espada, é o caminho para a vitória final. E fé não é crer que tudo vai terminar bem. Fé é aquela entrega a Jesus Cristo que resulta da convicção de que, visto que Ele venceu através da cruz, podemos segui-lO, através de provação e morte, até a vitória final.

A fé é uma coisa muito elevada, sublime e de difícil compreensão. Mas é possível e vencedores são os que alcançam essa certeza: da fé em Jesus Cristo ressurreto!

João indicou que o Império Romano era a personificação do mal. Reivindica as prerrogativas de Deus e tenta tornar-se um substituto do verdadeiro Deus.
A vitória final pertence a Cristo. A vitória se torna a experiência dos cristãos através de sofrimentos que se assemelham à cruz, e não pelo uso da espada.

É costume dos intérpretes considerar a primeira Besta como o anticrito, uma encarnação do diabo, que participa de características tão religiosas ao ponto de enganar a muitos, levando-os a pensar que ele é genuíno. Ao ler Ezequiel 38 e 39 sobre Gogue e Magogue, chega-se à ideia de uma personificação do mal como pensavam os antigos judeus. Esta pessoa maligna seria o anticristo que tem sido representado por pessoas físicas, espirituais e até fictícias ou imaginárias como:

Antíoco Epifânio
Beliar ou Belial
Falsos Cristos
Falsos Profetas
Iníquos
Homem do Pecado
Filho da Perdição
Um Governante Romano, segundo a opinião de Irineu
O Papado, segundo a opinião dos reformadores: Wyclif, Lutero, Calvino, Zuinglio, Knox
Hitler - o ditador nazista que não se enquadra como anticristo, porque seu ponto de vista se adequava com o problema político-etnológico e não espiritual. O Holocausto foi contra os judeus e não contra os cristãos.


Alguns crentes, hoje em dia, falam sobre um personagem maligno que se espera que venha antes do Fim. Outros acham que o anticristo é uma realidade espiritual maligna, e capaz de se encarnar em qualquer época, porém são cautelosos em identificar ou relacionar qualquer personagem histórica ou particular como o anticristo.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Apocalipse 12.1-18 - A Mulher e o Dragão



Um sinal é uma aparição incomum, que chama a atenção e aponta para uma aparição surpreendente. A mulher tem o sol com xale e a lua como escabelo (banco pequeno para descansar os pés) e as estrelas com coroa (as estrelas simbolizam as 12 tribos de Israel). O filho da mulher deve ser identificado como Cristo e o Seu arrebatamento para Deus é uma referência à Sua ressurreição.

A mulher grávida simboliza o povo de Deus, que, como Israel do Velho Testamento produziu o Messias, e como a Igreja e o novo Israel agora, é "os demais filhos dela", que são perseguidos mas esperam o Salvador.

A fuga dela para o deserto simboliza o estado dos cristãos perseguidos, perturbados e caçados porém protegidos por Deus, tendo sido selados por Deus para o período limitado de sofrimento. O deserto é o lugar de refúgio, segurança, como aconteceu com o povo de Deus ao sair do cativeiro egípcio.

No Novo Testamento, o dragão tornou-se personificado no Diabo ou Satanás. O número sete indica o seu grande poder, o número dez parece estar relacionado com a quarta besta ou animal de Daniel 7.24 e os diademas simbolizam o seu poder e soberania. O tamanho do dragão é enfatizado através do que ele faz com sua cauda. (Daniel 8.10).

João acreditava que o trono de Satanás estava em um dos ceús inferiores e isso pode ser confirmado em Efésios 2.2 e Lucas 10.18.

João acreditava também que outrora Satanás tivera acesso ao Trono de Deus e andava na Corte de Deus quase sempre como acusador dos homens (Jó 1.6 ss - Zacarias 3.1 ss).

Também no Novo Testamento vemos Paulo advertindo para não se cair na condenação do Diabo (I Timóteo 3.6) e também em Judas versículo 9 vemos Miguel disputando com o Diabo o corpo de Moisés (supomos que seja no Céu no caso de Moisés ter sido transladado como foram Enoque e Elias pois não temos informações sobre a seupultura de Moisés embora a Bíblia diga que ele foi enterrado em Moabe. Se ele não foi transladado, como poderia ele ter aparecido quando Jesus transfigurou-se? (Deuteronômio 34.6 e Mateus 17.3).

Miguel era um príncipe celestial ou arcanjo. Esperava-se que ele se levantasse e guiasse Israel em sua última batalha contra o mal (Daniel 10.13-21 e 12.1).

A guerra foi verbal e Miguel foi o vitorioso. O dragão e seus anjos foram lançados para fora e aterrisaram na Terra.

Há provas de que Satanás tinha acesso ao trono de Deus em Jó 1 e 2 quando ele aparece como advogado de acusação ou promotor público, acusando Jó diante de Deus. Em Zacarias 3.1-3 ele acusou Josué, o sumo sacerdote, diante do anjo do Senhor e em I Crônicas 21.1 vemos-lo incitando a Davi a fazer o recenseamento.

A literatura do Novo Testamento retrata Satanás como um ser sobre-humano, que reina sobre um reino do mal. Ao ser lançado na Terra, ele se voltou contra a criação de Deus que é o Homem, tentando arruiná-lo. No entanto, devemos deixar claro que quando o ser humano peca, ainda que incitado por Satanás, a culpa é do pecador. Muitos tentam jogar a culpa de seus erros em Satanás, na tentativa de fugir da responsabilidade.

A vitória de Miguel foi ganha sem armas quando se ouviu a expressão "agora é chegada a salvação...", isto é, a obra completa de Deus foi conseguida, a autoridade do Seu Cristo agora é manifestada publicamente.

Do mesmo modo que Miguel venceu a Satanás pela Palavra nós temos também a obrigação de vencê-lo também. Mas para isso temos que estar preparados, primeiramente em comunhão com Deus e Sua Palavra e também com a Igreja. Temos que conhecer nosso Deus, para conhecermos a Sua vontade e nos armamos com a espada (a Palavra de Deus) para sabermos responder aos ataques de Satanás, como Jesus fez.

A vitória está relacionada com o sangue do Cordeiro e a palavra do Seu Testemunho. A vitória de Cristo e dos crentes fiéis na Terra é a base de Miguel no Céu; não amaram as suas vidas até a morte (verso 11).

Vimos no verso 6 que Satanás não conseguiu destruir Cristo, foi derrotado e lançado à Terra e sofre novo fracasso. A única presa que lhe resta são os demais filhos dela, os crentes. A libertação de Deus é simbolizada por uma águia-mãe, quando ela agarra, quando ela agarra o seu filhote no ar para que não se fira (Deuteronômio 32.11 e ss - Êxodo 19.4 e Isaías 40.31). O tempo, e tempos, e metade de um tempo é uma repetição dos 1260 dias.

A Terra ajudou na salvação da mulher engolindo a inundação, simbolizando a proteção de Deus ao Seu povo contra todas e quaisquer tentativas do Diabo em destrui-lo.

Os demais filhos da mulher são os crentes atuais e fiéis, que estão obedecendo aos mandamentos de Deus e dando o seu fiel testemunho de Jesus (v. 11).

Termina o capítulo 12 com o Dragão frustado e irado, parado na areia do mar e pronto para conclamar as suas reservas (os dois terríveis mostros do próximo capítulo).

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Apocalipse 11.15-19 - A Sétima Trombeta

No capítulo anterior, os cristãos foram confortados com a certeza da justa retribuição de Deus sobre aqueles que os estavam perseguindo.

O povo de Deus aguardava ansiosamente a afirmação
de Deus acerca de Seu reinado sobre o mundo (todo o universo foi criado por Deus e Ele sempre dominou o mundo). Acontece que Lúcifer era um anjo, ao qual Deus delegou muito poder e, em determinada época, ele quis ser igual ou maior do que Deus. Se rebelou contra Deus e foi expulso da presença de Deus, porém continuou com certos poderes, embora limitados, obviamente.

Desde que foi expulso do Céu, continua tentando dificultar as ações de Deus e conseguiu fazer Adão e Eva pecarem ou desobedecerem a Deus. Jesus então veio reconciliar o homem com Deus. No entanto, Satanás estava usando os romanos pagãos para impedir a expansão do Evangelho, com a boa nova de Salvação em Jesus Cristo. Neste momento da história da humanidade, concretiza-se a vitória total de Deus e de Jesus sobre o diabo e seus anjos.



V V 15 As vozes dos querubins anunciam que o reino do mundo passou a ser de nosso Senhor e do Seu Cristo (Salmos 2 - Daniel 7.14 - I Coríntios 15.24-28).

V V 16 Os anciãos se prostam diante de Deus em adoração e louvor como em ocasiões anteriores (Apocalipse 4.11 e 5.9,10).

A visão do Templo no Céu é figurada, pois na Cidade Celestial não há Templo (Ap. 21.22)

Abro um parênteses aqui para dar um recado às igrejas e principalmente aos líderes das mesmas. Tenho visto e ouvido de igrejas que gastam todo os dízimos e ofertas no afã de construir templos suntuosos pensando agradar a Deus ou marcar a passagem do pastor por determinadas igrejas. Reconheço que a igreja tem que ter o seu templo compatível com o número de membros e as condições financeiras dela. Porém ela não deve se endividar na construção ou ampliação do templo em detrimento da Missão que lhe foi confiada que é a pregação da Palavra e expansão da obra missionária, pois quando Jesus voltar, tudo será destruído, tudo ficará para trás. O que conta é o número de almas redimidas apresentadas ao Senhor pela Igreja).


VV 19 - O obejtivo aqui é retratar a Arca do Pacto feito entre Deus e o Homem. No Templo de Salomão, a Arca ficava no Santo dos Santos (recinto localizado no Tabernáculo) como um símbolo da presença de Deus e recordação da Aliança.

Ela era tão sagrada que somente o Sacerdote podia vê-la, e mesmo assim de ano em ano.

Ela fora destruída (ou desapareceu) pelos babilônios em 586 a. C. quando o Reino de Judá fora levado para o cativeiro.

Há uma tradição judaica que diz que ela foi escondida e que algum dia ela reapareceria. Assim, alguns acham que com esta visão se cumpriu aquilo que os judeus afirmavam. Porém, esse não é o objetivo de João. O que ele pretende é mostrar que Deus permanece o mesmo de ontem, de hoje e eternamente.

A Arca funciona como uma visão consoladora (simbolizando a presença de Deus), visto que a Igreja entrará em uma luta brava com o mundo pagão.
As perseguições satânicas rugirão, mas o Pacto que Deus fez com o Seu povo continua de pé e firme.

No conflito dos cristãos com o mundo (iniciado no capítulo 12), virão dias ainda mais escuros; mas o resultado final é a vitória de Cristo. E, para confortar o Seu povo (antes do conflito começar), Deus mostra a Arca no Templo Celestial (figurativamente) para dizer que Ele não esquecer do Seu povo nem do Seu Pacto com ele.


Os relâmpagos, vozes e trovões, terremotos e grande saraivada são a espetacular resposta da Terra aos grandes anúncios feitos no Céu. (Ap. 8.5 e 16.18).

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Apocalipse 11.1-14 - As Duas Testemunhas


A medição do Templo é uma introdução Às Duas Testemunhas. Ela tem o mesmo significado da selagem dos servos de Deus, isto é, ela funciona como uma proteção.

A cana era um caniço usado para medições lineares (metro). João não é mais um observador, ele faz a medição do Templo.

Ele recebe ordem para medir apenas o santuário e os que nele adoram e excluir o átrio que está fora do santuário (o pátio).

O átrio que não foi medido significa os gentios desprotegidos do poder de Deus pela sua única e exclusiva vontade.

O homem sem a proteção divina (sem o selo protetor) é uma presa fácil tanto para os homens maus quanto para o diabo. Facilmente mata, rouba, assalta, sequestra, se embriga, se droga, aborta, faz abortos, corrompe, adultera, se prostitui...

Que não era judeu, era gentio. Quando a gente se refere a gentio opressor, é Roma com todo o seu poder material e efêmero. O período de dominação gentílica é de 3 anos e meio, simbolizando um número de anos indefinido, incerteza quanto ao tempo.

Sei que há muitas interpretações a respeito destas Duas Testemuhas e por isso mesmo vamos citá-las para que tomem conhecimento. Dizem os estudiosos (cada um defendendo a sua opinião) que as Duas Testemunhas podem ser:
Moisés e Elias - Lei e os Profetas - Pedro e Paulo - os Dois Candeeiros (Esmirna e Filadélfia) - a Igreja e o Pregador.

Com qual delas concordar? Bem, nós temos autoridade para discordar deles ou de alguns, porém temos que tomar um caminho lógico e plausível para que os irmãos entendam o que Deus está querendo dizer. Não se deve forçar interpretações, por mais eruditas e simpáticas que elas sejam.

Que significado teria para os cristãos dos dias de João esta mensagem? João estava escrevendo em um momento de suprema e urgente necessidade. A mensagem seria no sentido de atender aquela necessidade de esperança imediata. Então as Duas Testemunhas (o número "2" dá a idéia de fortaleza) simbolizam um testemunho de grande poder. Parece que Deus está a dizer: "Estai certos de que, embora o mundo esteja dominado por homens maus, vós sereis protegidos e o Evangelho será pregado; o testemunho cristão será mantido firme".

A tarefa da Igreja é a publicação universal do Evangelho; isto será levado avante, ainda que os adversários não queiram. Então as Duas Testemunhas representam o espírito militante dos cristãos verdadeiros e o testemunho deles.

As Duas Testemunhas são os Profetas (Pregadores do Evangelho) e o Testemunho (Firmeza, Certeza, Convicção, Fé, Perseverança). Eles profetizam 1260 dias (número simbólico) imunes a atos que os possa impedir.

As Duas Testemunhas são comparadas com as Duas Oliveiras de Zacarias (Zc. 4.1-14). Lá vemos apenas um candeeiro, mas aqui são necessários dois para estabelecer uma causa nas Cortes Judaicas (Deuteronômio 19.15, 17.6 e Números 35.30).

As Duas Testemunhas são protegidas por Deus durante o tempo (1260 dias) em que profetizam e seus atacantes são destruídos (aparentemente aludindo a Elias em II Reis 1.9-16).

As Duas Testemunhas têm poder para fechar o Céu (I Reis 17.1) e converter as águas em sangue (Êxodo 7.20), porém a sua imunidade termina após os 1260 dias pois a besta as matará.

A Cidade Santa do versículo 2 se refere a Jerusalém e a Grande Cidade do versículo 8 descrita espiritualmente como Sodoma e Egito também se refere a Jerusalém (Isaías 1.10). Isaías chama Jerusalém de Sodoma porque ele já sabia que Jerusalém iria rejeitar a Jesus.

Sodoma simboliza qualquer cidade que rejeita a Jesus como Salvador. Sodoma simboliza a rejeição cega e obstinada a Deus. Cafarnaum foi considerada mais culpada do que Sodoma por ter rejeitado a Jesus (Lucas 10.12 e Mateus 11.24). Muitas cidades na atualidade podem ser chamadas de Sodoma e Gomorra por rejeitarem a Jesus e continuarem seguindo os seus ídolos mudos e cegos que nada podem fazer por elas (Isaías 45.20).

O Egito simboliza o lugar de opressão do povo de Deus. João, inspirado pelo Espírito Santo, usava artifícios topônimos para despistar os romanos pagãos e ignorantes com relação ao Cristianismo.

Após o período de 1260 dias, o período do Testemunho, a besta guerreia contra os Profetas de Deus, representados pelas Duas Testemunhas. Ela os vence, a vitória dela é completa. Os ímpios festejam mandando presentes uns aos outros numa demonstração de alegria para com a vitória da besta.

Mas depois de três dias e meio (tempo simbólico) o espírito de vida entrou novamente nos corpos (Ezequiel 37.10 e Mateus 28.-10). João mostra a vitória completa das Testemunhas ante os próprios olhos dos perseguidores. Foram transladadas para o Céu igualmente a Enoque e Elias (Gênesis 5.18-24 e II Reis 2.1-11).

Através do terremoto a Terra reconhece a vitória das Testemunhas e a soberania de Deus, isto é, os que presenciaram esse fato.

Fazendo uma recapitulação, observamos que esta visão se divide em Três partes, nas quais está refletido o notável progresso do Evangelho durante a era apostólica.

Primeira Parte: é o período em que se pregou o Evangelho com admirável sucesso vv 4-6 (não houve perseguição porque os romanos e judeus infiéis não levaram o Cristianismo muito a sério, porque tinha crucificado Jesus e não acreditavam na Sua ressurreição).
Segunda Parte: é o tempo em que aparece um poder que tenta destruir o testemunho do Evangelho. Consegue êxito temporário. É nessa época que o Apocalipse foi escrito. O Evangelho passava por um momento de crise. Parece que o Império Romanos estava prestes a esmagar o Cristianismo com as suas perseguições sistemáticas. Regozija-se sobre os seus destroços.

A Besta (Roma) guerreou contra as Testemunhas e fez estacar ou estancar o seu notável Trabalho. Foram mortas e seus corpos insepultos a fim de que todo o povo pudesse contemplá-los boquiaberto.

O mundo, contra quem as Duas Testemunhas haviam pregado, fez grandes festas, houve grande regozijo e congratulações de parte a parte. Porque se haviam tirado da frente de seus passos as Duas Testemunhas que não molestariam mais os homens do mundo. Roma pensava que o Cristianismo estava de fato esmagado, para nunca mais se levantar vv. 7-10.

Terceira parte: é o período da vitória do Evangelho e provando a Roma que ela estava muito enganada ao fazer pouco caso do poderio de Deus.
O poder divino levou Roma à derrota e possibilitou a mensagem redentora do Evangelho viver e sobreviver triunfante.

Esse período já estava bem próximo dos cristãos do tempo de João. O simbolismo mostra a restauração da vida das Duas Testemunhas.

Segue-se um indefinido período de perturbação e desordem, fazendo com que os próprios inimigos de Deus reconhecessem o poder divino e chegassem até a dar "glórias a Deus". Isso aconteceu durante o reinado de Domiciano em que o Cristianismo saiu vitorioso em meio as perseguições e sangrentas provações, e muitos foram levados a abraçar o Cristianismo (só as pessoas que se convertem dão "glórias a Deus" verdadeiramente de coração).

Esse capítulo 11 é de difícil interpretação, mas em oração Deus nos ilumina e nos dá o conhecimento e discernimento através da ação do Espírito Santo. O que aprendemos é que, independente das provações e perseguições sabemos que tantos os crentes de outrora como os de hoje podem ter plena confiança e certeza que a Igreja de Jesus é triunfante porque é fiel o que prometeu a vitória.

"E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições" II Timoteo 3.12.

"Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso
Senhor Jesus Cristo." I Co 15:57

terça-feira, 19 de maio de 2009

Apocalipse 10.1-11 - João Come o Livrinho


A posição de João mudou do Céu para a Terra. Este anjo não é nenhum dos mencionados até aqui. A nuvem simboliza glória (manto do anjo), o arco-íris funciona como um diadema, o rosto de sol simboliza luz e poder e a posição das pernas indica que a mensagem é endereçada a todo o mundo.

As nuvens são veículos de seres celestiais quando descem à Terra (Daniel 7.13 e Salmos 104.3).

O anjo brada com voz forte para atrair a atenção de todos para o que vai dizer. Ele não é um mensageiro comum, pois tem um livro na mão e faz com que os sete trovões falem.

Os trovões não são identificados, porém sugerem que é a voz de Deus (João 12.27 e ss).

João foi proibido de escrever porque a mensagem deveria ser selada para conservá-la secreta até o momento propício (Daniel 12.4).

Em Ap. 6.10 os mártires perguntaram a Deus "até quando?" e Deus disse que esperassem um pouco mais. O homem gosta de inquirir a Deus: "Por que nascem crianças doentes e aleijadas? Por que tanta pobreza no mundo? Por que Deus levou meu único filho? Por que eu sofro tanto? Por que tanta fome?" Uma série de porquês que parecem querer culpar a Deus por tudo que há de ruim no mundo.

Apenas um esclarecimento que o Senhor já me deu e quero compartilhar com os leitores. Deus tem TODAS AS RESPOSTAS. Ele sabe de tudo. E nessa sabedoria infinitamente perfeita, Deus nos poupa de ouvir e conhecer as respostas, porque ainda não é o momento. Não temos estrutura para estarmos cientes de tudo. Não aguentaríamos. Nosso corpo mortal (por causa do pecado) é fraco. Não suportamos muitas pressões ao mesmo tempo. Alguns sucumbem ao peso de dívidas financeiras. Duas ou três contas de luz vencidas é motivo para desespero, depressões, desentendimentos familiares. E o que falar de decepções amorosas? Quantos se tornam um verdadeiro lixo humano, por terem perdido o que pensaram ser o "amor da vida deles" para uma outra pessoa. Vendo por esse lado, entendemos porque Deus nos oculta muitas coisas, por serem grandiosas demais para nossa atual estrutura. No tempo certo Ele nos revelará, e de acordo com a vontade dEle. Que maravilha é poder descansar na vontade de Deus para nossas vidas, porque é sempre boa, agradável e perfeita.

Daniel também perguntou a Deus (Daniel 12.6) e Ele mandou selar a mensagem até o final ou até o fim.

A pergunta feita pelos martíres em Ap. 6.10 está sendo respondida agora com a Sétima Trombeta a partir do versículo 15. O mistérioa vai ser desvendado. "Não haverá mais demora". Não haverá mais avisos, pois os avisos já pronunciados pelas Seis Trombetas anteriores foram suficientes para os homens se arrependerem.

O livro não foi entregue diretamente a João. Ele teve que usar a sua iniciativa de pegar. O homem tem que ter a iniciativa de pegar o Livro pois dele provém a salvação para a sua alma (João 5.39).

O gosto do livro é doce mas os seus efeitos posteriores são amargos. O que significa isso? Vamos juntos aprender o que simbolizam o doce e o amargo na boca e estômago de João, respectivamente.

A mensagem cristã é doce para o pregador, pois ele se sente alegre, feliz e privilegiado de receber das mãos de Deus uma revelção, uma inspiração, uma vocação, um dom.

Quando o pregador fecha a Bíblia após o apêlo, começa dentro dele um processo de angústica, de tristeza e de amargura (às vezes isso acontece no momento da pregação). Por quê? Porque a mesma mensagem de salvação por ele apresentada é ao mesmo tempo uma mensagem de condenação aos pecadores que não se arrependerem (pais, irmãos, filhos, amigos). O pregador sabe que muitos não se arrependeram. E, ao pensar nas terríveis consequências, ou seja, a revelada ira de Deus sobre os pecadores que não se arrependem, o pregador se sentem triste diante de um quadro bastante triste e muito amargo.

Irmãos, cientes disso, uma boa prática em nossas igrejas é ter todos os crentes em oração durante a pregação e, principalmente, durante o apêlo. Muitas forças do mal tentam impedir que o pecador ouça a mensagem e se arrependa, dando glória a Deus. Nesse momento, a corrente de oração do salvos em favor dos que estão ouvindo a mensagem deve ser contínua e firme. Nada de conversas paralelas, brincadeiras e saídas antes da hora para a cantina ou estacionamento.

Não, irmãos!!! Estamos em guerra e essa é uma batalha importante em que muitos sairão do culto ou para a vida ou para a morte eterna. Todos os soldados de Jesus são necessários nesse momento de intercessão e não apenas o pregador:

"Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais."
Efésios 6.12

Apocalipse 9.13-21 - A Sexta Trombeta


A Voz do Altar deu a ordem de execução. A Voz saia de quatro pontas ou chifres que funcionavam como projeções decorativas. As orações dos santos do capítulo 8.3 são respondidas agora como julgamento sobre a Terra.

Os anjos eram malignos, pois estavam presos no rio Eufrates que era a fronteira antiga entre o Israel ideal e os seus inimigos ao oriente (assírios e babilônios). Então, a fronteira oriental de Roma (Império Romano)era o rio Eufrates e os seus inimigos, a essa época, eram os partos que haviam infligido grandes derrotas aos romanos na fronteira.

João está dizendo que o inimigo de Roma fica na fronteira e agora foi liberado para lutar contra o dominador e inimigo de Cristo porque chegou o momento exato:hora, dia, mês e ano.

V 16 Os cavaleiros tinham sido preparados de modo todo especial para essa obra destruidora. João viu um exército de 200 milhões de cavaleiros (20.000 x 10.000 número que desígna um exército enorme de número completo - Salmos 68.17 e Daniel 7.10).

Em formação regular, era uma tropa de cavalaria que ocuparia o espaço de uma milha de largura por oitenta e cinco milhas de comprimento.

V 17 Os cavaleiros não matam e sim os cavalos demoníacos que exalam fogo, fumaça e enxofre, e desta forma infligem pragas mortais, dizimando um terço da humanidade. As cabeças de serpentes nas caudas dos cavalos eram sofrimentos adicionais mas não eram mortais.

Essa visão simboliza a invasão externa que nas mãos de Deus serviria de instrumento de punição aos opressores do Seu povo. Três foram as causas da derrocada do Império Romanos:

- as calamidades naturais
- a podridão interna (corrupção que já estavam em andamento)
- a invasão externa vista nesta visão

Os versos 20 e 21 nos dizem que os juízos acima referidos eram julgamentos contra o poder mundano e não contra os cristãos, obviamente. Estes poderiam sofrer as consequências, porque estavam misturados com o mundo na sua perigrinação terrena; mas juízo não, pois provação não é julgamento como alguns crentes acham. Há crentes que pensam que os acidentes, doenças, desemprego, e outras situações difíceis são provinientes do peso da "mão de Deus" sobre a vida de um crente que fez algo errado aos olhos de Deus.

É sempre bom mantermos em mente que Deus não age como nós: "Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor." Isaías 55.8.

Em conclusão, vemos que Deus procura mostrar aos cristãos que Roma nunca triunfaria sobre a cristandade, dando-lhes motivos de esperança e confiança para prosseguirem na expansão e proclamação da fé em Jesus Cristo