quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Apocalipse 18:1-24 - Anúncio no Céu da Queda de Roma


O Mensageiro ou Anjo desceu do Céu com autoridade e brilho. Brilhava porque estivera recentemente na presença de Deus e agora refletia parte do esplendor de Deus para a Terra (Ezequiel 43.2). Os filhos de Deus demonstram sempre no rosto o brilho do Senhor Deus, sempre alegres, calmos, educados, solícitos, sóbrios, prontos para servir, embor sofrendo tribulações, perseguições, calúnias, difamações, apertos e todas as coisas inerentes aos seres humanos.

Babilônia continua sendo o símbolo para Roma (Isaías 21.9). João está tão certo de sua predição que declara a queda como se fosse um fato já consumado. O local será abandonado pelos homens, e será habitação de demônios e guarida de todo espírito imundo e de ave detestável (Isaías 13:21, 22).

Três acusações pesam contra Roma e justificam a sua queda e ruína: 1) Roma seduzira as nações, levando-as a beberem do seu vinho; 2) Roma seduzira os reis da Terra, levando-os à fornicação ou idolatria (Apocalipse 17:2 e 3). Roma gerou explosão econômica pois ela era amante de luxo, encorajava a ascensão de sua classe mercantil, cujos componentes se enriqueceram às expensas dos povos do mundo. v v 1-3.

Os cristãos são chamados para fora da cidade por uma voz não identificada, porém a expressão "povo meu" sugere que é Deus quem está falando.

Deus está frequentemente chamando o Seu povo para sair. Às vezes, a chamada tem conotação literal como em Gênesis 12.1 e às vezes simboliza o afastamento do mundo como em Efésios 5.7-11. João quer dizer, os cristãos devem viver em relacionamento correto com Deus, e não devem render-se à Roma.

Vamos ver as razões pelas quais João manda os cristãos sair de Roma em atenção à voz de Deus:

1) Perigo de serem participantes, pois a cultura da Grande Cidade tem encanto fascinador.

2) Se participarem dos pecados, estão automaticamente sujeitos às pragas.

3) Roma havia acumulado um montão de pecados. Quando se compra ações da Grande Cidade, está sujeito a lucros e perdas (Roma só poderia oferecer perdas espirituais).

4) Deus perdoa e esquece os pecados dos que se arrependem. Porém Ele lembra das iniquidades dos que não o fazem. Elas clamam como o sangue de Abel. Deus não pode ignorar o pecado, o castigo é inevitável. v v 4-5

O Castigo de Roma é coerente com o seu pecado. O Juízo de Deus é justo; ele é medido com base no que o acusado fez (Jeremias 50.15, 29 e 51:24.56).

O pagamento em dobro pelas obras não é uma severidade arbitrária; pecados como o de perseguir os cristãos têm uma seriedade cumulativa; resultam em outros pecados e sofrimentos; multiplicam os seus efeitos nocivos.

O beber... em dobro baseia-se no fato de que Roma havia embebedado as nações e agora recebe o mesmo castigo (Apocalipse 14:8.10).

Explicação para o castigo de Roma:

1 - Ela se gloriou.
2 - Ela dizia ser uma rainha auto-suficiente, suprema até em relação ao futuro.
3 - O Senhor Jesus é o Juiz de todos.

O amor desordenado do EU resulta em insubordinação contra Deus; é orgulho. Sendo o homem criatura de Deus tem a obrigação de glorificar a Deus e não a ele próprio. Gloriar-se a sim próprio é um pecado terrível. Roma enamorou-se de si mesma, enquanto esteve em delícias; merecia tormento e pranto (Isaías 47;5-11).

A sua completa destruição virá subitamente num mesmo dia. Roma, em todo o seu poder, está nua e sozinha diante de Deus, para responder pelos seus atos. v v 6-8.

Os que mais se beneficiaram através dos contratos com Roma foram os reis aliados, os mercadores e marinheiros. Por isso se lamentam com a sua súbita queda. Independente de sua motivação de lucro, eles deixam trair-se por um profundo amor por ela.

Os reis da Terra não são os partos ou os dez chifres de Ap. 17.14 que destroem Roma. Eles são os reis que havaim se juntado a ela e participado de sua grandeza às expensas da integridade deles próprios.

Eles amavam ao luxo tal qual Roma e assim se prostituiram com ela. Seu lamento por causa dela era genuíno; ironicamente eles se colocaram à distância dela vendo a sua queda. Ela foi abandonada pelos seus amantes adúlteros, na solidão de seu julgamento. De longe e com muito medo, os reis notam que toda a sua grandeza desmoronara numa só hora, que é o período de tempo dado aos reis que fazem guerra contra o Cordeiro (Ap. 17.12-14). A lamentação dos reis deve ser comparada à dos príncipes que se lamentaram pela queda de Tiro (Ezequiel 26.15-18). v v 9 e 10.

v 10 Roma era a capital comercial do mundo. Seus navios mercantes traziam bens de todas as partes do mundo conhecido.

A antiga Tiro havia sido a intermediária do mundo mediterrâneo. Ezequiel 27 fala isso ou disso. O porto romano de Óstia era um dos maiores centros comerciais da História.

Os mercadores da terra ou negociantes também eram desalmados pois choraram apenas porque ninguém comprava mais as suas mercadorias. Almas de homens eram os escravos trazidos juntamente com os animais. A desumanização moderna ou atual é econômica, política, militar e religiosa; como era em Roma.

O fruto que amadurece no final do verão ou começo do outono se foi. As coisas delicadas (alimentos delicados e ricos) e as suntuosas (vestes esplendoroasa e móveis caros) que chegavam a Roma como resultado das suas conquistas e sua política nacional já não existem mais.

As suas esperanças se foram para sempre, e nunca mais se acharão. Os reis da Terra reconheceram a queda de Roma como julgamento, porém os mercadores desprezaram qualquer significado; eles vêem apenas riquezas que foram assoladas. v v 11a.

Os pilotos eram os capitães que comandavam os navios. Marinheiros formam a tripulação do navio e os que navegam são os tripulantes, negociantes, turistas; passageiros de um modo geral.

Os viajantes do mar ficaram muito tristes (pó sobre as cabeças são cinzas como sinônimos de tristeza (Ezequiel 27.29-34).

O julgamento de Roma (v 20) está redigido de forma a dar entender que os marinheiros se dirigem às hostes de Deus com o anúncio do julgamento divino. Os intérpretes questionam com que base os marinheiros podiam dirigir-se ao Céu, aos santos e apóstolso e profetas com uma tal interpretação teológica. Entendemos que foi o Anjo que proferiu o versículo 20 e não os marinheiros.

Diz-se aos fiéis de Deus para se regozijarem, no entanto, não porque Roma caiu, mas porque Deus declarou o Seu julgamento contra Roma, e vindicou, justificou, a causa dos fiéis. v v 17 a 20.
Um anjo forte (veja Ap. 5.2 e 10.2) lançou uma grande pedra ao mar, simbolizando a subitaneidade e finalidade da queda (veja Jeremias 51.63. Este ato está aludindo à declaração de Jesus a respeito do julgamento de alguém que faça tropeçar um desses pequeninos (Lucas 17.2).

A Queda de Roma é retratada de maneira profundamente comovente por quatro termos: violência, permanência, silêncio e trevas.

A violência significa ímpeto intenso; a permanência sugere que ela NUNCA MAIS SERÁ ACHADA; silêncio e trevas simbolizam uma cidade caída, sem música, sem som. Um silêncio sepulcral e surdo, uma cidade solitária, calada, escura.

João escolheu a ausência de três sons; música, som de artífice trabalhando e voz de noivo e noiva.
A ausência de música é sinônimo de desolação total. A música do som das serras e dos martelos construindo casas e tudo mais. Depois da queda tais sons não serão mais ouvidos. Haverá somente o silêncio mortal da cidade caída, da cidade fantasma.

Em uma cidade viva e ativa ouve-se as vozes alegres das festas de casamento; na Roma caída essas vozes alegres não mais serão ouvidas.
As luzes das casas e das ruas embelezam a cidade, dão o seu encanto e amabilidade. Roma se vestirá de trevas como um "black-out" durante uma guerra. A desolação será total; os sons de artes, ofícios e de famílias já não são ouvidos; a sala de concertos, a oficina do ferreiro e a igreja estão silenciosos; os sons de alegria, de trabalho e de atividade no lar não mais se ouvem. (comentário Bíblico de Broadman).

O anjo termina a justificação pela queda de Roma com três razões:

1 - Roma usou o seu poder sobre o mundo para a sua própria exaltação.

2 -Enganou as nações com ou por feitiçarias ou magia negra, significando idolatria.

3 - Por ter matado os profetas e santos, o sangue deles clamava a Deus. Os cristãos haviam sido ensinados a suportar e não revidar.
Roma confundira amor com fraqueza.

A nação que mata os seus profetas e santos está conspirando a sua própria ruína.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Apocalipse 17:1-18 - A Queda da Prostituta


Um dos anjos que havia derramado a taça da ira de Deus tornou-se o intérprete de João. O anjo prometeu a João que lhe mostraria tudo a respeito da condenação da Grande Prostituta chamada Babilônia mas é comparada com a cidade de Roma.

Roma havia se tornado uma deusa-mãe, a quem se erigiam templos nas províncias, havia se tornado um objeto de adoração.

Parece falta de respeito João chamar Roma de prostituta, mas ele se refere a prostituição religiosa conforme o fez o profeta Naum com relação a Nínive (Naum 3.4) e também o profeta Isaías com relação a Tiro e Jerusalém (Isaías 2317 e 1.21).

Roma estava sentada sobre muitas águas, significa o seu poderio sobre numerosas nações, línguas e povos.

Roma se prostituiu com os reis das nações e seduziu os súditos dos reis, isto é, corrompeu os reis e seus súditos com a sua idolatria religiosa, impondo o culto ao imperador.

João foi levado no Espírito (transe, êxtase ou estado de inspiração) ao deserto. O deserto é um local adequado para o homem se encontrar com Deus. Moisés, Elias e João Batista se encontraram com Ele no deserto. Deus cuidou da mulher vestida do Sol no deserto (Ap. 12:1, 6).

Quando Deus quer conversar com os Seus filhos, geralmente chama-os para o deserto onde podem conversar, explicar, orar, chorar, implorar, exortar, ensinar, pedir...

Jesus procurava sempre os lugares sossegados para falar com o Pai e nós temos que fazer a mesma coisa. Isso não quer dizer que só devamos falar com Deus às escondidas. Não!

Podemos fazê-lo em qualquer lugar e a qualquer hora, todavia, tendo oportunidade, devemos procurar um lugar calmo. Não havendo deserto, temos o nosso quarto, conforme Jesus falou, ao nos ensinar a oração do Pai Nosso.

Cabe aqui fazer uma diferença entre rezar e orar. Rezar é sinônimo de repetição. Orar é conversar, usando palavras adequadas para cada problema, pois cada situação exige determinadas palavras levadas a Deus. Já imaginou se com os nossos filhos usássemos um livro com "rezas" prontas? O filho viria a nós com um problema atual e então pegaríamos o livro de rezas e começaríamos a repetir textos centenários. Isso não seria uma conversa genuína e não produziria comunhão harmoniosa. Nosso relacionamento com Deus tem que ser de Pai para filho e nossa conversa também, expondo-lhes os desejos do seu coração de um modo bem pessoal e único.

Em junho de 1998, minha esposa viajou da Bahia para Juiz de Fora-MG, a fim de fazer uma check-up no hospital militar e foi avisada que teria que fazer uma cirurgia. Ao ser comunicado, entrei em pânico, temendo a anestesia, por ela ser diabética, cardíaca e hipertensa. Antes de viajar fui a um Templo Evangélico orar e falar com o pastor. Oramos juntos:eu, o pastor e uma irmã em Cristo. Após 10 minutos, o pastor me disse: "Pode viajar em paz que tudo sairá bem. No próximo ano, ela virá a este Templo dar o seu testemunho". Viajei confiante, mas ainda preocupado e triste. Fui confortado no ônibus por uma outra irmã em Cristo, da cidade de Camaçari, que viajava para Angra dos Reis. Tudo se cumpriu ao pé da letra. O pastor viu o Senhor cuidando da sua ovelha no deserto. Louvado seja o Senhor!

João foi levado ao deserto para de lá ter a sua visão da grande prostituta, para ver melhor a grande cidade, da maneira como ela realmente era. Os nomes de blasfêmias eram os títulos de divindade erradamente atribuídos aos imperadores romanos. Roupas de púrpura e escarlata simbolizam a magnificência (grandeza) e o luxo da Roma imperial e as jóias mostram a sua riqueza.

O cálice de ouro mostra também riqueza e o hábito da prostituta de seduzir as suas vítimas embriagando-as. As abominações e imundícia significam profanação e idolatria. As sete cabeças e os dez chifres indicam o grande poder que ela exercia sobre as nações.As prostitutas romanas usavam diademas ou fitas na testa como o seu nome. A grande prostituta usava uma fita semelhante que a identificava como Babilônia, no entanto, não era senão Roma (João usava Babilônia para despitar os romanos).

Ela estava bêbada do sangue dos cristãos derramado por Nero e perseguições movidas pelo Imperador Domiciano.

A prostituta era sedutora, isto é, uma cidade bela, complexa, industrializada e totalitária. João ficou perplexo como nós ficamos hoje em dia com países de primeiro mundo e suas conquistas. Porém, o anjo advertiu a João contra tal reação de espanto prometendo decifrar o mistério da mulher e da besta de sete cabeças e dez chifres.

V. 7 A prostitua não está apenas intimamente relacionada com a besta; ela depende dela. A besta pode ser todo o Império Romano ou um único rei (em outras ocasiões).

V. 7 Recapitulando, tanto o Dragão Vermelho como a Besta do Mar tinha sete cabeças e dez chifres (Ap. 12.3 e 3.1). O Dragão foi identificado como Satanás e a Besta do Mar como agente de Satanás (A Besta era o Império Romano).

V. 8 João diz que a Besta (ou uma de suas cabeças) havia estado viva, está morta, porém espera-se que ela volte. João diz que a Besta é a oitava (oitavo rei) cabeça que faz parte das sete cabeças da Besta (o oitavo rei faz parte dos sete reis). Está difícil de entender, não está? Eu sei que o Apocalipse é de difícil interpretação, mas vamos com calma que a gente chega lá.

V. 8 Quase não há dúvidas de que João está falando de Nero redivivus. Os habitantes da terra são os seguidores da Besta, as pessoas não-regeneradas, os incrédulos que são seduzidas pela Besta ao ponto de se admirarem dela. São enganadas pelo fato de que ela era e já não é, e tornará a vir. Rejeitam a Cristo, que verdadeiramente era, foi morto e está vivo para todo o sempre, mas creram em um mito acerca de um César corrupto (Nero).

V. 9 Sabemos que Roma é conhecida mundialmente como "a cidades das sete colinas", isto é, ela fora construída sobre sete colinas. Então, as sete cabeças e os sete reis significam a cidade de Roma (as sete cabeças significam sete reias romanos).

V. 10 Vamos ver agora a relação dos imperadores romanos para que possamos entender melhor as palavras de João:

Júlio César - morreu em 44 a.C (foi assassinado pelo seu filho aotivo Brutus)
Augusto - reinou de 31 a.C até 14 d.C
Tibério - reinou de 14 a 37 d.C
Calígula (Gaio) - reinou de 37 a 41 d.C.
Cláudio - reinou de 41 a 54 d.C.
Nero - reinou de 54 a 68 d.C.
Galba - reinou de 68 a 69 d. C.
Oto - reinou apenas em 69 d.C.
Vitélio - reinou apenas em 69 d. C.
Vespasiano - reinou de 69 a 79 d. C.
Tito - reinou de 79 a 81 d. C.
Domiciano - reinou de 81 a 96 d. C.

Não há dúvidas de que João pretendia dizer que as 7 cabeças eram os 7 reis. Porém, é menos certo a que reis ele se referia. Júlio César não tinha oficialmente o título de "imperador". Augusto foi o primeiro a usar esse título. Assim sendo, devemos começar a contar a partir de Augusto. Galba, Oto e Vitélio eram apenas pretendentes e deveriam ser omitifos pois os três não reinaram mais de um ano e meio.

V. 11 Começando com Augusto e omitindo Galba, Oto e Vitélio, a contagem ficaria assim:

1. Augusto
2. Tibério
3. Calígula
4. Cláudio
5. Nero
6. Vespasiano
7. Tito
8. Domiciano

Vamos agora justificar as palavras de João:

Cinco reis já caíram (já reinaram ou já passaram) - Augusto, Tibério, Calígula, Cláudio, Nero
Um rei existe (reina, está no poder) - Vespasiano
Ainda não é vindo (não veio ainda e reinará por pouco tempo) - Tito
O oitavo (faz parte dos sete) - Domiciano

Domiciano faz parte dos sete porque é considerado o Nero reencarnado ou um rei igual a Nero ou até pior, pois foi muito cruel. Nera era a Besta que era e não é mais.

Alguns comentaristas rejeitam a abordagem, tentando identificar os sete reis. Dizem que João usou o SETE no sentido de plenitude e não literalmente.

V. 12 - Os dez reis simbolizados pelos 10 chifres são dez reis que ainda não receberam o reino e quando receberem, eles reinarão por pouco tempo. Terão o mesmo objetivo e se acoplarão a favor da Besta. É provável que sejam governantes de reinos que não são controlados por Roma e as sugestões para identificá-los são numerosas. VV. 12 e 13.

V. 14 Estes reis se juntam à Besta para lutar contra o Cordeiro, tornam-se bestiais, mas são vencidos e destruídos, porque o Cordeiro é Senhor dos senhores e Rei dos reis. Os Seus seguidores não são oportunistas terrenos, mas são os chamados, os eleitos e fiéis.

V. 15 No primeiro versículo desse texto, João nos apresenta Roma sentada sobre muitas águas e agora ele explica que estas águas simbolizam povos, multidões, nações e línguas; mostrando a grande influência que tinha, a maior parte do mundo era subserviente a ela.

A mulher deste capítulo 17 simboliza Roma. Ela era amante da Besta e recebe o seu poder durante algum tempo; tanto da Besta quanto de sua corte maligna.

V. 16 Os dez reis e a Besta vão se voltar contra a mulher. As alianças entre eles foram alicerçadas no mal, são débeis. Os aliados se voltam uns contra os outrs e se tornam inimigos.

V. 16 A luxuosa vestimenta da mulher não existirá mais. Os aliados a deixarão desolada e nua como acontece com as prostitutas quando os seus amantes se enchem delas.

V. 16 Comerão as suas carnes e a queimarão a fogo, isto é, destrição total através do fogo comandada pelos invasores (Jeremias 0.25 - Miquéias 3.3 e Sofonias 3.3).

A Assíria e a Babilônia invadiram Israel por cobiça e sede de poder, mas Deus permitiu como punição pela sua desobediência aos Mandamentos de Deus.

V. 17 A queda de Roma foi resultado do ódio das pessoas de sua própria laia (a Besta e os 10 reis), mas Deus permitiu por ela ter perseguido os cristãos e não ter ouvido os reiterados apelos de arrependimento, conversão, confissão, obediência, dependência.

O homem colhe o que semeia, pois Deus não se deixa escarnecer. Roma se aliara à Besta, desfrutou da vantagem temporária, mas depois a Besta voltou-se contra Roma e a destruiu, embora ela também será levada a julgamento.

V. 18 Roma é Babilônia e Babilônia e Babel e Babel é símbolo de homens pecadores por edificar uma torre que toque o Céu, para apossar-se de Deus. Babel estava cheia de orgulho, procurava tomar Deus pela força, adora este mundo, vive sem Deus e em completa confusão.

O papel da Besta da terra era empregar um domínio pseudo-religioso sobre as pessoas como meio de exercer poder. Egito, Assíria, Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma perpetuaram o erro de Babel e os Estados modernos continuam. Todos eles dependiam e dependem do tipo errado de poder, sofrem de orgulho e egoísmo desenfreado e pensam que alcançaram o auge.
João predisse a queda de tudo isso.

Temos visto muitos seguidores da Besta prosperarem: carros, sítios, fazendas, animais, imóveis, dinheiro, mulheres, influências, amizades, relacionamentos. De repente, há uma queda vertiginosa, tudo se acaba e muitos se tornam um trapo humano; financeira, moral, social e psicologicamente falando. Os que se convertem ao Cristianismo contam horrores pelos quais passaram antes de se entregarem a Jesus (rituais, obrigações, escravidão, baixaria), porém os que ainda não se entregaram a Jesus vivem sofrendo hostiliades, apertos, dores, lamentações e inanição como se fugissem de uma guerra ou de uma seca com os olhos fundos dentro das órbitas e a pele desbotada sobre o corpo esquelético, cansado, atormentado e zanzando pelo mundo afora.... Faz pena. São criaturas de Deus, pelas quais Jesus morreu e pelas quais devemos ter paixão... Paixão por suas almas. Por isso mesmo que devemos continuar pregando o amor de Deus revelado em Jesus Cristo até o último momento, pois enquanto há vida, há esperança de mudança e salvação dessas almas.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Apocalipse 15. 1-8 e 16.1-21 - As Últimas Pragas


Estas últimas pragas marcam o fim da ira de Deus. O mar de vidro rodeia o trono de Deus. A cor avermelhada do mar simboliza o fogo pelo qual muitos passaram e também o sangue que haviam derramado no martírio.

Antes das útlimas pragas vemos os fiéis em segurança ao lado de Deus vitoriosos e cantando o cântico de Moisés, fazendo referência ao Êxodo quando Deus tirou o Seu povo da escravidão e o colocou em segurança, destruindo o inimigo que o perseguia.

Os vitoriosos são libertos, junto ao mar, tendo harpas porque estão prestes a cantar. São vencedores, não porque sobreviveram, mas porque venceram a Besta através do seu próprio sofrimento. Provavelmente haviam sido condenados à morte porque não quiseram adorar a Besta (Ap. 13.15).

O Tabernáculo que João viu era a Tenda do Testemunho (Números 9.15) que foi o protótipo (modelo) do Templo de Jerusalém construído pelo rei Salomão. Os Sete Anjos emergem da Tenda vestidos de linho e cintos de ouro simbolizando a realeza. As taças de ouro eram vasilhas maiores do que cálices, contendo a ira de Deus porque o povo não se arrependeu.

Ira de Deus significa a justiça de Deus, o julgamento, o juízo exaustivamente pregado e os incrédulos não levaram em consideração. Os discípulos de Jesus estão espalhados na face da terra, sendo usados para pregar, exortar, ensinar, interpretar, telefonar, confortar, explicar, testemunhar, escrever; os que acreditarem no que a Palavra de Deus ensina vão ser salvos. Mas aqueles que desobedecerem sofrerão as consequências da sua incredulidade.

Fumaça simboliza sempre a presença de Deus (Êxodo 19.18 - Isaías 6.4 - Ezequiel 10.4). Em Êxodo 40.35 vemos que nuvem e fumaça impediam Moisés de entrar no Tabernáculo. João influenciado pela passagem acima citada, diz que ninguém podia entrar no Templo antes dessas pragas.

A primeira taça contendo a praga foi derramada sobre a Terra para atingir (julgar) os seguidores da Besta (Êxodo 9.10,11).

A segunda taça contendo a praga transformou o mar em sangue coagulado. Foi um ataque à natureza, produzindo mal cheiro e morte, mas não foi fatal para os homens. O mar era a residência do Dragão; João quis mostrar a destruição de sua base (Êxodo .17-21).

A terceira taça contendo a praga transformou as águas doces em sangue. Caso fosse possível beber sangue no lugar de água, isso seria horrível para os hebreus devido à proibição de comer sangue dada por parte de Deus. João procura mostrar a situação difícil para os judeus que se deixaram levar pela Besta.

Os hebreus primitivos acreditavam em anjos guardiãos da natureza e João também (Ap. 7:1 e 14:18) e agora emprega anjo das águas que enaltece a justiça de Deus.

A quarta taça contendo a praga que transformou a temperatura do Sol, fazendo-a aumentar de intensidade de forma que os homens ímpios foram abrasados, em contraste com Ap. 7:16.

O fogo é sempre um veículo de punição os ímpios. Mesmo sofrendo a punição eles não se arrependeram, pelo contrário, blasfemaram porque os seus corações se endureceram.

O homem ímpio, incrédulo, insensível ao chamado de Deus e pecador inveterado faz o que bem quer: mata, rouba, adultera, corrompe, mente, sequestra, blasfema, rejeita o Evangelho de Jesus, trafica drogas, se drogas, se embriaga, assalta... e quando sofre as consequências dos seus atos pela justiça dos homens e de Deus; se revolta e se diz injustiçado por Deus. Acha que Deus está sendo injusto para com ele que se diz filho dEle. Por que não se arrependem? Por que n'ao pedem perdão a Deus? Por que não se convertem dos seus maus caminhos e se voltam para Jesus, o único Salvador.

A quinta taça foi derramada contendo a praga das trevas sobre Roma (Êxodo 10.21 - 23). Alguns estudiosos dizem que as quatro primeiras pragas foram naturais (relativas à natureza) e as três últimas foram pragas políticas. As trevas seriam o caos político que se seguiu ao suicídio de Nero (dúvidas, temores, suspeitas).

Se o homem blasfema contra Deus, é porque ele sabe que Deus existe. Se sabem por quê não se arrpendem? Não se arrependem porque a depravação e a iniquidade está tão arraigada, enraizada que até a ira de Deus não o faz deixar o pecado.

Muita gente diz que tem fé, isto é, tem fé que Deus existe, tem fé que Deus é poderoso, onipresente, onipotente e onisciente; mas não O segue, não O obedece, não faz a Sua vontade. Então é pior do que o ateu. Fé não é saber que Deus existe, fé é fazer a vontade de Deus.

A sexta taça foi derramada sobre o Rio Eufrates, secando-o para dar passagem aos reis do Oriente. Este rio era o limite oriental do Império Romano. Do outro lado estavam localizados reinos desconhecidos, inclusive os partos que inspiravam grande temor à Roma.

No capítulo 9 de Apocalipse vimos quatro anjos - anteriormente amarrados no Eufrates - libertados para liderar 200 milhões de cavaleiros contra a humanidade. Agora, o rio é secado para permitir a passagem de todos os exércitos do Oriente contra Roma.

Os Três Espíritos Imundos são os agentes encarregados de congregar as nações para a batalha. Tinham um conotação maligna (12.3 e ss - cap. 13) João está dizendo que a palavra dos três é enganadora ou mentirosa. Tais espíritos seriam a influência maligna desses três inimigos: Dragão, Besta e Falso Profeta (segunda Besta).

O Dragão levanta-se contra Deus, a Besta se opõe a Cristo e o Falso Profeta se opõe ao Espírito Santo ( O Espírito Santo inspira os verdadeiros profetas e o Falso Profeta inspira os falsos profetas).

Os Três Espíritos Imundos são espíritos de demônios que podem realizar sinais ou milagres para aniar os reis à batalha.

O Grande Dia fora mencionado pelos profetas como sendo a época do Juízo de Deus - Joel 2.11 e para os escritores do Novo Testamento, o Grande Dia significa o Dia da Vinda do Senhor ou o Dia do Senhor (II Tess. 1.10 - I Co 1.8 e I Tess 5.2).

Não apenas Roma mas todas as nações se congregam para a batalha - Roma dominava o mundo e sua influência era grande - João espera que sejam derrotadas pelas forças de Deus.

João quer mostrar também a grande batalha entre o Mal e Deus. Os espíritos malignos (jogando com ambição, medo, ódio, cobiça, falsas religiões e outras motivações demoníacas, que levam as nações para a guerra, sem o quererem), realizam a conclamação de Deus para o Juízo.

O homem prudente, o que vigia coloca as suas vestes perto de sim, à mão para qualquer emergência ou eventualidade. Quem está nu, está desesperado espiritualmente.

Os reis se congregam para a batalha, em um lugar chamado Armagedon em hebraico. Como não se conhece lugar algum com este nome nos mapas do mundo antigo, os intérpretes acham que Armagedom é um nome simbólico.

É provável que João esteja usando a cidade de Megido, uma das cidades fortificadas do rei Salomão, próxima a qual houve várias batalhas memoráveis (Juízes 5.19-21 - II Reis 9.27 e 23.29).

A sétima taça foi derramada no ar e a praga afetou a todos os seres animados. A grande voz (se não era a voz de Deus, tinha muita autoridade) anunciou a complementação das pragas ao dizer: "Está feito".

As forças da natureza reagem a essa voz através de relâmpagos, trovões e terremoto tão fortes que abalou os alicerces da Grande Cidade, fendendo-a em três partes.

A Grande Cidade não simboliza apenas Babilônia e Roma, mas a civilização do homem. Outras cidades também caíram, indicando a natureza mundial desta catástrofe.

A expressão "Deus lembrou-se da grande Babilônia" traz à memóri a predição de Ap. 14.10-19, em que a Sua ira é retratada como um copo de vinho que deve ser bebido. Agora ele a força a beber o cálice do vinho de furor da Sua ira.

As ilhas do mar estremeceram e imergiram nas profundezas. Montanhas desmoronaram nos vales (veja Ap. 6.14).

A saraivada de pedras (veja Êxodo 9.22-26 e Josué 10.11) variava de 30 a 63Kg. Os homens blasfemavam de Deus por causa da praga da saraivada, porém poderiam estar livres disso se tivessem se arrpendido, se tivessem confessado seus pecados, se tivessem pedido perdão, se tivessem ouvido os pregadores do Evangelho da salvação, se tivessem acertado as suas contas com Deus. Se tivessem recebido de graça a tão grande Salvação que nos foi concedida através do sacrifício de Jesus Cristo, o único e suficiente Salvador.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Apocalipse 14.14-20 - A Ceifa e a Vindima


Ceifa e vindima significam a mesma coisa, isto é, ida e volta de Cristo (Mateus 24:30 e 26:64 e Atos 1:9,11).

Muitos estudiosos dizem que este filho do homem é um anjo e não Cristo, pois Cristo é um Juiz exaltado no Apocalipse, e Ele aqui está recebendo ordens do anjo. Acontece porém que o anjo está transmitindo a mensagem de Deus - porque é chegada a hora de ceifar (Marcos 13.32) - "Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no Céu, nem o filho, senão o Pai".

Tem aparecido muita gente profetizando sobre o fim do mundo, sobre a vinda de Jesus, determinando datas, etc, mas ninguém sabe com precisão o dia e a hora da volta do Senhor, só o Pai que está no Céu (o Filho não sabia humanamente falando, mas Ele agora sabe, bem como o Espírito Santo, pois os Três são Um).

Como tem morrido gente, como se tem gasto dinheiro, papel e palavras, como se tem especulado, como tem sido veiculado o fim do mundo pelos meios de comunicação. E a Palavra de Deus aí à disposição de todos, para esclarecer, ensinar, prevenir. Mas, não querem acreditar na Palavra de Deus.

A colheita, tanto de grãos quanto de uvas, ilustra o único acontecimento do julgamento vindouro (alguns estudiosos afirmam que a colheita de grãos simboliza apenas os justos e a colheita de uvas simboliza os ímpios. A colheita inclui tanto justos como ímpios (Marcos 4.29 - Mateus 13.30 - Jeremias 51.33 e Oséias 6.11).

Em ambas as ilustrações, os grãos e as uvas estavam maduros, isto é, o Evangelho fora pregado a todas as nações. Jesus só voltará quando todas as pessoas do planeta tiverem ouvido as Boas Novas de Salvação para que não digam que ninguém lhes falou do amor de Deus revelado em Jesus Cristo. Não haverá desculpa para "ah, eu não sabia". Sempre que alguém não aceita a apresentação de Jesus como o único Caminho que nos leva a reconcialiação com Deus, esse mesmo dia, essa mesma hora estão marcados como prova da rejeição à salvação.

Quando ouvimos o apelo do pastor e vemos alguns levantarem as mãos e irem à frente, sabemos que é um dia de grande alegria no Céu. Mas é também um dia de tristeza por aqueles que ficaram sentados e deixaram para "amanhã" ou para nunca, a decisão de se arrepender e se entregar completamente a Jesus, o Salvador.

Ao NÃO dizer sim a Jesus, automaticamente está dizendo NÃO. E essa data está assinalada, como o dia em que alguém quase foi salvo, quase foi liberto, quase recebeu o passaporte para o Lar Celestial. Mas quase não vai levar ninguém ao Céu. Apenas a certeza absoluta de que Jesus é o Messias. O Salvador, o Senhor, ao qual devemos entregar nossos corações e vidas completamente, com arrependimento sincero e conversão de vida.

Este texto descreve o Juízo de Deus. Mostra o destino dos ímpios que serão lançados no grande lagar da ira de Deus medindo 300km de comprimento como um rio de sangue e fundo o suficiente para alcançar os freios dos cavalos que movimentam a prensa como se fosse um engenho de moer cana.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Apocalipse 14.6-13 - Os juízos de Deus


As Bestas e suas legiões estão prontas para a batalha. O Cordeiro e Seus 144 mil estão no Monte Sião. O conflito final parece iminete.

Surge um anjo voando pelo meio do céu sendo visto e ouvido por todos, fazendo um último apelo ao arrependimento.


Um segundo anjo anunciou a queda de Roma como se já tivesse acontecido. Roma é comparada a Babilônia que usara o seu poder para seduzir as nações. Ela agira como prostituta do templo, que intoxicava as suas vítimas antes de seduzi-las.

Um terceiro anjo anunciou o julgamento de todos os que adoram a Besta. Esse anúncio do julgamento serve de advertência para todos. Os que ainda seguem a Besta têm a oportunidade de se converterem e os já convertido não devem se afastar de Deus, embora sofrendo coação, perseguição, boicote econômico e até a morte, por se recusarem a adorar a estátua do imperador.

Os castigos - vinho sem ser diluído e fogo e enxofre - são permanentes e severos pois todos foram chamados ao arrependimento, porém preferiram rejeitar a Deus e adorar a Besta (Jeremias 25.15-17, 27 e ss - Salmos 60.3 e 75.8 - Jó 21.20 e Isaías 51.17).

A fumaça do seu tormento (Gênesis 19.28) jamais cessará. Eles escolheram o seu final. Muita gente diz que a morte termina tudo; "morreu acabou". A Besta coloca isso na mente dos homens para não se converterem. Porém, no dia do Juízo, a Besta estará lá para levá-los para o Inferno onde haverá pranto e ranger de dentes. Aqueles que ainda não se entregaram a Jesus, façam isso enquanto há tempo. Abriguem-se nos braços do Senhor que deu a Sua vida para salvar vocês.

A orientação cristã de João se manifesta ao falar de perseverança tão necessária para a vitória final, para a vitória cristã. Os cristãos provam a sua firmeza pela observância aos Mandamentos (João 6.29) e os seguidores da Besta contrariam logo o Primeiro e Grande Mandamento que nos diz que devemos amar única e exclusivamente a Deus.

Bem aventurados são os mortos em Cristo. Esta beatitude aparece em tempo oportuno e propicia o ânimo necessário. Os que morreram em Cristo estão descansando dos seus trabalhos e as suas obras os acompanham. A sua persistência, obediência e fé se manifestam como evidência em seu favor.

Em resumo, a mensagem dos três anjos é ainda atual e propicia ao tempo que estamos vivendo:
  • O primeiro ensina que a segunda vinda esta próxima e devemos nos preparar.
  • O segundo é um aviso solene para abandonar Babilônia, que reepresenta tudo que NÃO está de acordo com o que Deus deixa claro em sua Palavra.
  • O terceiro nos alerta para a sentença: quem receber a Marca da Besta estará fora do Reino de Deus.
A verdade é que Deus é justo e ninguém será pego desavisado. Esteja preparado, querido leitor, porque hoje é o dia da Salvação.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Apocalipse 14.1-5 - O Cordeiro e Seus Remidos no Monte Sião


O Cordeiro está de pé majestosamente sobre o Monte Sião, provavelmente a Jerusalém Celestial (Hebreus 12.22 e Gálatas 4.26). Alguns intérpretes consideram como a Jerusalém terrena, e a sede do governo durante o reinado milenar. Os 144 mil são os remidos pelo sangue do Cordeiro.
O poder do Criador Onipotente estava apoiando o Cordeiro: voz de muitas águas (Apocalispe 1:15) - voz de um grande trovão (Apocalipse 4.5) e o som das harpas; indicando poder e majestade. Os nomes de Cristo e de Deus escritos nas frontes dos remidos indicam a íntima conexão entre este exército e o poder de Deus. O cântico novo é um sinal de gratidão e só pode ser entoado pelos remidos. Quem ainda não se converteu não sente no coração o desejo de louvar ao Senhor através de hinos e outras expressões musicais como sinônimo de agradecimento.
João descreve o exército do Cordeiro como composto de homens (e mulheres) castos, fiéis, remidos, dedicados, verdadeiros e imaculados.
Alguém defende a tese de que o exército do Cordeiro é composto de homens celibatários, porém não é isso que João quer dizer. Não podemos interpretar uma literatura apocalíptica ao pé da letra.
João quis dizer que o exército do Cordeiro (os 144 mil) estão livres de qualquer nódoa de idolatria (Deuteronômio 31.16 - Juízes 2.17 - Oséias 9.1 - Êxodo 34.16).
João se refere a um contexto militar (Deuterônomio 20) e a relação sexual resultava em impureza cerimonial (Levítico 15.16). Davi conservou os seus soldados longe de mulheres antes das batalhas (I Samuel 21.5).
João está retratando a Igreja preparada para a batalha e ele emprega uma figura militar para descrever a Igreja em prontidão para a batalha.
Os 144 mil (que simbolizam a Igreja) foram comprados pelo sangue de Jesus Cristo e foram dedicados (dados, oferecidos) a Deus e ao Cordeiro como primícias (Romanos 16.5 - I Coríntios 16.15).
Não se acha engano na boca da Igreja verdadeira e irrepreensível (I Pedro 1.19 - Efésios 1.4 e 5.27 - Colossenses 1.22 e Filipenses 2.15).

terça-feira, 30 de junho de 2009

Apocalipse 13.11-18 - A Besta que subiu da Terra


A Besta anterior simboliza o poderio do Império Romano e esta simboliza a Organização Romana. Veio da Terra, é portanto nativa, religiosa e enganosa. A sua aparência é comparada com Cristo mas é blásfema pois fala como o Dragão que deu poder à Besta do mar e esta delegou poder e autoridade à da Terra. O seu poder era grande, coercivo (através da coação), enganoso, mágico e econômico. A Besta da Terra opera como um agente da Besta do mar e domina a Terra toda e seus habitantes com a sua magia e versatilidade.

Muitas religiões antigas, e até modernas, empregavam mágica e milagres a fim de escravizar o povo. Muitos falsos profetas imitaram Moisés mediante fraude (Êxodo 7.10 e ss) Jesus falou sobre eles (Marcos 13.22) e Paulo nos avisou também (II Tessalonincenses 2.9 e 10).

Através da mágica, a Besta enganava com os seus truques. Operou grandes milagres chamando fogo do céu para a Terra simulando o grande milagre de Elias (II Reis 1.10) e deu fôlego à imagem da Besta.

Depois de erigir a sua estátua, os sacerdotes conseguiram iludir dizendo que ela tornara animada (com vida) e até falava mandando matar todos os que não a adorassem.

Cristãos acusados de não adorarem a imagem foram condenados à morte por ela através de ventriloquismo e outros artifícios (ventriloquismo é a atividade desempenhada pelo ventríloquo, indivíduo que sabe falar sem mover os lábios, de maneira que a voz parace sair do venter). Simão, o mago, segundo se dizia, realizara o sinal relatado aqui. Ele fizeram uma estátua viver (Atos 13.6-12, 16.16 e 19.13 e ss).

A Besta da Terra tinha poder econômico universal para coagir as pessoas a adorarem a Besta do mar. Os que adorassem ao Imperador eram marcados (tatuados) como sinônimo de licença não poderiam comprar nem vender. O poder de Roma e da religião romana faziam deste costume um sinal de identificação com ela. A marca da Besta se coloca em constraste com a marca de Cristo em seus seguidores (Ap. 7.3).

Em hebraico e grego as letras do alfabeto eram usadas para algarismos. Os números correspondentes às letras seriam somados para se conseguir o número do nome (Esta ciência é chamada de Gematria).

Muita gente tem sido identificada (de acordo com o número de letras do nome) como o número 666: Martinho Lutero, o Papa, Napoleão Bonaparte, Hitler, Stalin etc. Mas a pessoa mais aceita é Nero. Porque Nero - Neron Kaisar na língua grega - quando transliterado para o hebraico, suas letras dão o total de 666 (Transliterar = reduzir um sistema de escrita para outro sistema, letra por letra).

O Papa é citado porque naquele chapéu comprido que ele usa está escrito em latim: VICARIUS FILII DEI que significa: vicário Filho de Deus. A soma dos valores das letras é 666.

Cremos que o número 666 se refere a Nero. Expliquei porque muitos pensam se tratar do Papa, para que os irmãos e amigos tomem conhecimento.

É quase certo que João pretendia mostrar Nero como um tipo de besta. O fato de ele recorrer à sabedoria significa que quando esse personagem maligno aparecer, os cristãos devem reconhecê-lo. Usando o nome em código (666) para identificação desse que é um tipo de Nero.

"Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2Ti 2:15"

terça-feira, 23 de junho de 2009

Apocalipse 13:1-10 - A Besta que subiu do Mar



A Besta subiu do mar como as bestas ou os animais de Daniel 7.2-7. Esta Besta simboliza o poderio do Império Romano, pois ele chegou à Ásia Menor através do mar.
João criou uma besta composta ou uma reunião dos quatro animais de Daniel que simbolizavam quatro reinos: Babilônia, Média, Pérsia e Grécia.
Os 10 chifres simbolizavam 10 reis do último reino (grego). O chifre pequeno era Antíoco Epifânio IV que era odiado pelos judeus, principalmente porque ele (ou seu ancestral) havia profanado o Templo de Jerusalém.
Das 4 bestas de Daniel foi feita uma simbolizando Roma com a disposição de leopardo (vigilante e feroz) , pés de urso (com poder para esmagar), boca de leão (cujo rugido era tão temido pelos pastores da Palestina). As 7 cabeças simbolizavam governantes romanos (conforme veremos em Ap. 17.10). Uma das cabeças feridas simbolizava Nero (conforme veremos em Ap. 17.10).


Os nomes de blasfêmia escritos nos diademas são títulos, sugerindo divindade, usados pelos imperadores romanos: Divus, Dominus, Kurios e até Theos. Os cristãos usavam estes títulos somente para Deus e para Cristo.
Interessante, um dos motivos alegados para crucificarem a Jesus foi a blasfêmia, porque Ele se dizia ser o próprio Deus. Todavia, os imperadores romanos se intitulavam divinos e todos apoiavam, inclusive os judeus infiéis.

Quem usa os títulos divinos, querendo tomar o lugar de Deus, querendo ocupar o lugar de Deus diante dos homens para se mostrar santificado, é blasfemo e vai ter que se explicar diante do Pai naquele grande Dia do Senhor.

Quem usa o nome de cristão indevidamente também é blasfemo, porque contraria o Terceiro Mandamento de Deus.


A Besta tinha poder e autoridade demoníacos e cósmicos, delegados pelo Dragão, que lhe propiciaria um trono de onde reinasse. O Império Romano, com todo o seu poder, era o correspondente terreno do reino satânico do mal.
A Besta parecia exercer poder universal, porque toda a terra a seguia. Blasfemava contra Deus (usando títulos divinos para sim, indevidamente). Blasfemava contra no nome de Deus e contra o Seu Tabernáculo. E saía-se bem porque era poderosa para fazer guerra contra os santos e vencê-los. A Besta tinha um poder mágico ou feiticeiro (pseudodivino - falso divino) pois toda a terra a seguia maravilhada. João estava convicto do poder persuasivo e demoníaco do Estado (Roma) totalitário, que seduzia os seus súditos, levando-os à idolatria (até os judeus se deixaram levar, se deixaram contaminar).

O homem moderno ainda cai, mas as Testemunhas fiéis têm que batalhar contra a Besta. Precisam provar que só Deus é onipotente e que a Besta tem as suas limitações pois: 1 - a sua obra é apenas destrutiva 2 - os seus dias estão contados e 3 - nunca será adoraca pela congregação relacionada no Registro Celestial.


A Besta usa a boca, que lhe foi dada, apenas para blasfemar porque ela é blasfema, soberba, destruidora, perversa e má. Ela não pode criar nada. Os 42 meses simbolizam um período limitado de tempo, ela não reinará absoluta para sempre (Ap. 11.3).


Os que habitam sobre a Terra são os incrédulos que adorarão a Besta (os crentes são aqueles cujos nomes estão inscritos no Livro da vida do Cordeiro (Ap. 3.5).

A expressão "desde a fundação do mundo" no verso 8 pode significar ou se referir tanto à escrita dos nomes como pode ser referir à morte de Jesus (pode também se referir a fundação do mundo propriamente dita, pois para Deus tudo é presente. Para Deus tudo está no tempo presente do indicativo: "Eu Sou".


Vamos analisar as palavras: cativeiro, espada, perseverança e fé contidas no versículo 10. O poder da Besta (Roma) é tão grande que ela vencerá os fiéis (a prisão de João na Ilha de Patmos é um exemplo) porém os fiéis não podem recorrer ao uso da espada para se defender. A vitória está baseada na fidelidade a Cristo. Os cristãos não devem resistir ao tirano com a espada, fazê-lo seria uma negação de Cristo, e mereceria castigo.

Há outra interpretação para se explicar o emprego das palavras cativeiro e espada. Embora a interpretação acima esteja correta, vou apresentar a outra, para que os irmãos tomem conhecimento e não se apeguem a uma única forma de interpretação.


Os cristãos observam as reivindicações de divindade feitas pela Besta (Divus, Dominus, Kurios, Theos = Divino, Senhor, Corte Suprema e Deus; respectivamente). Mas eles sabem que o nome dela não está escrito no Livro da vida, de forma que ela está condenada. Eles sabem que ela será levada cativa (como veremos em Ap. 19.19 e ss). Seus agentes agora prendendo os cristãos, serão mortos pela espada da boca do Messias (Ap. 19. 21). Desta forma, os cristão suportam esta última perseguição severa, porque sabem o resultado final.

A conclamação para que os cristãos tenham perseverança e fé é um encorajamento especial para um período difícil. Perseverança não é resignação, mas uma aceitação corajosa do pior que a vida pode oferecer, e a sua transformação em glória. A perseverança cristã e não a espada, é o caminho para a vitória final. E fé não é crer que tudo vai terminar bem. Fé é aquela entrega a Jesus Cristo que resulta da convicção de que, visto que Ele venceu através da cruz, podemos segui-lO, através de provação e morte, até a vitória final.

A fé é uma coisa muito elevada, sublime e de difícil compreensão. Mas é possível e vencedores são os que alcançam essa certeza: da fé em Jesus Cristo ressurreto!

João indicou que o Império Romano era a personificação do mal. Reivindica as prerrogativas de Deus e tenta tornar-se um substituto do verdadeiro Deus.
A vitória final pertence a Cristo. A vitória se torna a experiência dos cristãos através de sofrimentos que se assemelham à cruz, e não pelo uso da espada.

É costume dos intérpretes considerar a primeira Besta como o anticrito, uma encarnação do diabo, que participa de características tão religiosas ao ponto de enganar a muitos, levando-os a pensar que ele é genuíno. Ao ler Ezequiel 38 e 39 sobre Gogue e Magogue, chega-se à ideia de uma personificação do mal como pensavam os antigos judeus. Esta pessoa maligna seria o anticristo que tem sido representado por pessoas físicas, espirituais e até fictícias ou imaginárias como:

Antíoco Epifânio
Beliar ou Belial
Falsos Cristos
Falsos Profetas
Iníquos
Homem do Pecado
Filho da Perdição
Um Governante Romano, segundo a opinião de Irineu
O Papado, segundo a opinião dos reformadores: Wyclif, Lutero, Calvino, Zuinglio, Knox
Hitler - o ditador nazista que não se enquadra como anticristo, porque seu ponto de vista se adequava com o problema político-etnológico e não espiritual. O Holocausto foi contra os judeus e não contra os cristãos.


Alguns crentes, hoje em dia, falam sobre um personagem maligno que se espera que venha antes do Fim. Outros acham que o anticristo é uma realidade espiritual maligna, e capaz de se encarnar em qualquer época, porém são cautelosos em identificar ou relacionar qualquer personagem histórica ou particular como o anticristo.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Apocalipse 12.1-18 - A Mulher e o Dragão



Um sinal é uma aparição incomum, que chama a atenção e aponta para uma aparição surpreendente. A mulher tem o sol com xale e a lua como escabelo (banco pequeno para descansar os pés) e as estrelas com coroa (as estrelas simbolizam as 12 tribos de Israel). O filho da mulher deve ser identificado como Cristo e o Seu arrebatamento para Deus é uma referência à Sua ressurreição.

A mulher grávida simboliza o povo de Deus, que, como Israel do Velho Testamento produziu o Messias, e como a Igreja e o novo Israel agora, é "os demais filhos dela", que são perseguidos mas esperam o Salvador.

A fuga dela para o deserto simboliza o estado dos cristãos perseguidos, perturbados e caçados porém protegidos por Deus, tendo sido selados por Deus para o período limitado de sofrimento. O deserto é o lugar de refúgio, segurança, como aconteceu com o povo de Deus ao sair do cativeiro egípcio.

No Novo Testamento, o dragão tornou-se personificado no Diabo ou Satanás. O número sete indica o seu grande poder, o número dez parece estar relacionado com a quarta besta ou animal de Daniel 7.24 e os diademas simbolizam o seu poder e soberania. O tamanho do dragão é enfatizado através do que ele faz com sua cauda. (Daniel 8.10).

João acreditava que o trono de Satanás estava em um dos ceús inferiores e isso pode ser confirmado em Efésios 2.2 e Lucas 10.18.

João acreditava também que outrora Satanás tivera acesso ao Trono de Deus e andava na Corte de Deus quase sempre como acusador dos homens (Jó 1.6 ss - Zacarias 3.1 ss).

Também no Novo Testamento vemos Paulo advertindo para não se cair na condenação do Diabo (I Timóteo 3.6) e também em Judas versículo 9 vemos Miguel disputando com o Diabo o corpo de Moisés (supomos que seja no Céu no caso de Moisés ter sido transladado como foram Enoque e Elias pois não temos informações sobre a seupultura de Moisés embora a Bíblia diga que ele foi enterrado em Moabe. Se ele não foi transladado, como poderia ele ter aparecido quando Jesus transfigurou-se? (Deuteronômio 34.6 e Mateus 17.3).

Miguel era um príncipe celestial ou arcanjo. Esperava-se que ele se levantasse e guiasse Israel em sua última batalha contra o mal (Daniel 10.13-21 e 12.1).

A guerra foi verbal e Miguel foi o vitorioso. O dragão e seus anjos foram lançados para fora e aterrisaram na Terra.

Há provas de que Satanás tinha acesso ao trono de Deus em Jó 1 e 2 quando ele aparece como advogado de acusação ou promotor público, acusando Jó diante de Deus. Em Zacarias 3.1-3 ele acusou Josué, o sumo sacerdote, diante do anjo do Senhor e em I Crônicas 21.1 vemos-lo incitando a Davi a fazer o recenseamento.

A literatura do Novo Testamento retrata Satanás como um ser sobre-humano, que reina sobre um reino do mal. Ao ser lançado na Terra, ele se voltou contra a criação de Deus que é o Homem, tentando arruiná-lo. No entanto, devemos deixar claro que quando o ser humano peca, ainda que incitado por Satanás, a culpa é do pecador. Muitos tentam jogar a culpa de seus erros em Satanás, na tentativa de fugir da responsabilidade.

A vitória de Miguel foi ganha sem armas quando se ouviu a expressão "agora é chegada a salvação...", isto é, a obra completa de Deus foi conseguida, a autoridade do Seu Cristo agora é manifestada publicamente.

Do mesmo modo que Miguel venceu a Satanás pela Palavra nós temos também a obrigação de vencê-lo também. Mas para isso temos que estar preparados, primeiramente em comunhão com Deus e Sua Palavra e também com a Igreja. Temos que conhecer nosso Deus, para conhecermos a Sua vontade e nos armamos com a espada (a Palavra de Deus) para sabermos responder aos ataques de Satanás, como Jesus fez.

A vitória está relacionada com o sangue do Cordeiro e a palavra do Seu Testemunho. A vitória de Cristo e dos crentes fiéis na Terra é a base de Miguel no Céu; não amaram as suas vidas até a morte (verso 11).

Vimos no verso 6 que Satanás não conseguiu destruir Cristo, foi derrotado e lançado à Terra e sofre novo fracasso. A única presa que lhe resta são os demais filhos dela, os crentes. A libertação de Deus é simbolizada por uma águia-mãe, quando ela agarra, quando ela agarra o seu filhote no ar para que não se fira (Deuteronômio 32.11 e ss - Êxodo 19.4 e Isaías 40.31). O tempo, e tempos, e metade de um tempo é uma repetição dos 1260 dias.

A Terra ajudou na salvação da mulher engolindo a inundação, simbolizando a proteção de Deus ao Seu povo contra todas e quaisquer tentativas do Diabo em destrui-lo.

Os demais filhos da mulher são os crentes atuais e fiéis, que estão obedecendo aos mandamentos de Deus e dando o seu fiel testemunho de Jesus (v. 11).

Termina o capítulo 12 com o Dragão frustado e irado, parado na areia do mar e pronto para conclamar as suas reservas (os dois terríveis mostros do próximo capítulo).

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Apocalipse 11.15-19 - A Sétima Trombeta

No capítulo anterior, os cristãos foram confortados com a certeza da justa retribuição de Deus sobre aqueles que os estavam perseguindo.

O povo de Deus aguardava ansiosamente a afirmação
de Deus acerca de Seu reinado sobre o mundo (todo o universo foi criado por Deus e Ele sempre dominou o mundo). Acontece que Lúcifer era um anjo, ao qual Deus delegou muito poder e, em determinada época, ele quis ser igual ou maior do que Deus. Se rebelou contra Deus e foi expulso da presença de Deus, porém continuou com certos poderes, embora limitados, obviamente.

Desde que foi expulso do Céu, continua tentando dificultar as ações de Deus e conseguiu fazer Adão e Eva pecarem ou desobedecerem a Deus. Jesus então veio reconciliar o homem com Deus. No entanto, Satanás estava usando os romanos pagãos para impedir a expansão do Evangelho, com a boa nova de Salvação em Jesus Cristo. Neste momento da história da humanidade, concretiza-se a vitória total de Deus e de Jesus sobre o diabo e seus anjos.



V V 15 As vozes dos querubins anunciam que o reino do mundo passou a ser de nosso Senhor e do Seu Cristo (Salmos 2 - Daniel 7.14 - I Coríntios 15.24-28).

V V 16 Os anciãos se prostam diante de Deus em adoração e louvor como em ocasiões anteriores (Apocalipse 4.11 e 5.9,10).

A visão do Templo no Céu é figurada, pois na Cidade Celestial não há Templo (Ap. 21.22)

Abro um parênteses aqui para dar um recado às igrejas e principalmente aos líderes das mesmas. Tenho visto e ouvido de igrejas que gastam todo os dízimos e ofertas no afã de construir templos suntuosos pensando agradar a Deus ou marcar a passagem do pastor por determinadas igrejas. Reconheço que a igreja tem que ter o seu templo compatível com o número de membros e as condições financeiras dela. Porém ela não deve se endividar na construção ou ampliação do templo em detrimento da Missão que lhe foi confiada que é a pregação da Palavra e expansão da obra missionária, pois quando Jesus voltar, tudo será destruído, tudo ficará para trás. O que conta é o número de almas redimidas apresentadas ao Senhor pela Igreja).


VV 19 - O obejtivo aqui é retratar a Arca do Pacto feito entre Deus e o Homem. No Templo de Salomão, a Arca ficava no Santo dos Santos (recinto localizado no Tabernáculo) como um símbolo da presença de Deus e recordação da Aliança.

Ela era tão sagrada que somente o Sacerdote podia vê-la, e mesmo assim de ano em ano.

Ela fora destruída (ou desapareceu) pelos babilônios em 586 a. C. quando o Reino de Judá fora levado para o cativeiro.

Há uma tradição judaica que diz que ela foi escondida e que algum dia ela reapareceria. Assim, alguns acham que com esta visão se cumpriu aquilo que os judeus afirmavam. Porém, esse não é o objetivo de João. O que ele pretende é mostrar que Deus permanece o mesmo de ontem, de hoje e eternamente.

A Arca funciona como uma visão consoladora (simbolizando a presença de Deus), visto que a Igreja entrará em uma luta brava com o mundo pagão.
As perseguições satânicas rugirão, mas o Pacto que Deus fez com o Seu povo continua de pé e firme.

No conflito dos cristãos com o mundo (iniciado no capítulo 12), virão dias ainda mais escuros; mas o resultado final é a vitória de Cristo. E, para confortar o Seu povo (antes do conflito começar), Deus mostra a Arca no Templo Celestial (figurativamente) para dizer que Ele não esquecer do Seu povo nem do Seu Pacto com ele.


Os relâmpagos, vozes e trovões, terremotos e grande saraivada são a espetacular resposta da Terra aos grandes anúncios feitos no Céu. (Ap. 8.5 e 16.18).