quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Apocalipse 19.1-10 - Alegria e Triunfo no Céu


A destruição e o julgamento de Roma são exaltados por uma grande multidão celestial, provavelmente a multidão de Ap. 7.9 ou o exército angelical de 5.11 com aleluias (Louvai ao Senhor). A fumaça subindo é evidência perpétua de que o Juízo de Deus é inapelável e não significa que a fumaça das ruínas de Roma fossem vista eternamente.

Os atendentes permanentes (anciãos e querubins) do trono de Deus proclamam a sua aprovação do julgamento de Deus. O quarto aleluia exorta todos os servos a louvar a Deus. O uso da expressão - nosso Deus - sugere que Cristo é o orador. v v 1-5.

A expressão "também ouvi" do verso 6 indica a mudança na direção do drama. O aleluia louva a Deus pelo que está vindo, e já está presente por antecipação. A grande multidão pode ser a mesma do verso 1, porém pode indicar a multidão de Ap. 1.15 e 14.2 por causa dos fortes trovões.

Durante a pecaminosidade do homem, o mundo de Deus sofreu abusos, o povo de Deus foi oprimido, mas agora Ele assumiu o controle ativamente. O Seu reino prometido e conhecido parcialmente por Seus fihlos chega à Terra em sua plenitude.

PARA AS BODAS PREDITAS João reúne várias idéias simbólicas: o reinado de Deus (festa), Israel (noiva de Yahweh) e as vestes (pureza).

O chamado ao regozijo e à glorificação de Deus é justificado pela promessa das bodas iminentes. Está é uma predição da consumação final, que vai acontecer no capítulo 21.11 até o capítulo 22.5.

No Velho Testamento a noiva era Israel (Isaías 54.5,6 - Ezequiel 16.8-14 e Oséias 2.19, 20 e no Novo Testamento a figura da noiva é usada para mostrar o amor de Cristo pelos Seus fiéis seguidores (Mateus 22.1-14, 25.1-13 - Marcos 2.19, 20 e João 3.29).

Após a ressurreição, a figura da noiva passou a descrever a relação entre Cristo e a Igreja conforme vemos em II Coríntios 11.2 e Efésios 5.22-27.

No Apocalipse, a noiva é a Igreja Geral ou Universal, chamada algumas vezes de Cidade Santa ou Nova Jerusalém (Ap. 21.2).

João coloca esta noiva em contraste com a grande prostituta do capítulo 17. João menciona quatro mulheres no Apocalipse: Jezabel em Ap. 2.20 - a mãe do capítulo 12 - a prostituta do capítulo 17 - a noiva deste capítulo 19.

A mãe celestial era Israel celestial ou ideal, que deu à luz ao Messias. A prostituta babilônica era Roma ou a grande cidade do homem. A noiva é a Igreja na Terra, que aguarda a vinda de Cristo.

Alegria é o tom dominante pela preparação da noiva. Vestido resplandecente e puro simbolizando pureza e simbolizando as obras puras dos santos.

O anjo guia do capítulo 17 profere a quarta beatitude para os que são chamados para as bodas do Cordeiro (Ceia das Bodas do Cordeiro). O Reino do Céu inclui uma idéia de casamento ou de festa de casamento (Mateus 22.1-14 e 25.1-13).

Um banquete messiânico era previsto em conexão com a vinda do Messias. João combina estas idéias com a CEIA DAS BODAS DO CORDEIRO.

O anjo autenticou esta seção - Ap. 17.1 a 19.9 - dizendo: ESTAS SÃO AS VERDADEIRAS PALAVRAS DE DEUS.

Embora o anjo estivesse falando já há algum tempo, João ficou extasiado com referência ÀS VERDADEIRAS PALAVRAS DE DEUS e se lançou aos pés do anjo, como para adorá-lo, porém o anjo o repreendeu como a dizer: TODAS AS CRIATURAS, HUMANAS E ANGÉLICAS, ADORAM SÓ A DEUS.

Há religiões profanas e até "cristãs" que obrigam os fiéis a adorar, venerar, se humilhar, se arrastar diante do líder através de reverências, beijos, saudações, bajulações, etc. Essa prática contraria a Bíblia Sagrada, pois todos nós somos iguais aqui na Terra. Nem os anjos merecem adoração e culto. Se um anjo que vive ao lado de Deus não merece e nem aceita ser adorado, o que dizer de um pobre mortal, comedor de angu e farofa? Vamos deixar de ser lacaios, capachos e acima de tudo ignorantes a respeito disso. Somente a Deus está reservada a adoração, hoje e sempre!

O TESTEMUNHO DE JESUS é o testemunho que Ele deu em vida e na morte, que se tornou a base da vitória sobre o mal (Ap. 1.5 e 3.14).

QUE TÊM TESTEMUNHO DE JESUS menciona os que permanecem fiéis no princípio da vida de Jesus que é a doação de SI mesmo em fidelidade a Deus.

João considera o seu exílio como resultado de seu testemunho de Jesus (Ap. 1.1,9).

O Dragão estava irado com a descendência da mulher por causa do seu testemunho de Jesus (Ap. 12.17). Esta testificação é a marca registrada do discipulado. Não tem a ver com uma declaração verbal de fé; inclui uma vida dedicada a Jesus de tal forma que a pessoa se entrega totalmente.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Apocalipse 18:1-24 - Anúncio no Céu da Queda de Roma


O Mensageiro ou Anjo desceu do Céu com autoridade e brilho. Brilhava porque estivera recentemente na presença de Deus e agora refletia parte do esplendor de Deus para a Terra (Ezequiel 43.2). Os filhos de Deus demonstram sempre no rosto o brilho do Senhor Deus, sempre alegres, calmos, educados, solícitos, sóbrios, prontos para servir, embor sofrendo tribulações, perseguições, calúnias, difamações, apertos e todas as coisas inerentes aos seres humanos.

Babilônia continua sendo o símbolo para Roma (Isaías 21.9). João está tão certo de sua predição que declara a queda como se fosse um fato já consumado. O local será abandonado pelos homens, e será habitação de demônios e guarida de todo espírito imundo e de ave detestável (Isaías 13:21, 22).

Três acusações pesam contra Roma e justificam a sua queda e ruína: 1) Roma seduzira as nações, levando-as a beberem do seu vinho; 2) Roma seduzira os reis da Terra, levando-os à fornicação ou idolatria (Apocalipse 17:2 e 3). Roma gerou explosão econômica pois ela era amante de luxo, encorajava a ascensão de sua classe mercantil, cujos componentes se enriqueceram às expensas dos povos do mundo. v v 1-3.

Os cristãos são chamados para fora da cidade por uma voz não identificada, porém a expressão "povo meu" sugere que é Deus quem está falando.

Deus está frequentemente chamando o Seu povo para sair. Às vezes, a chamada tem conotação literal como em Gênesis 12.1 e às vezes simboliza o afastamento do mundo como em Efésios 5.7-11. João quer dizer, os cristãos devem viver em relacionamento correto com Deus, e não devem render-se à Roma.

Vamos ver as razões pelas quais João manda os cristãos sair de Roma em atenção à voz de Deus:

1) Perigo de serem participantes, pois a cultura da Grande Cidade tem encanto fascinador.

2) Se participarem dos pecados, estão automaticamente sujeitos às pragas.

3) Roma havia acumulado um montão de pecados. Quando se compra ações da Grande Cidade, está sujeito a lucros e perdas (Roma só poderia oferecer perdas espirituais).

4) Deus perdoa e esquece os pecados dos que se arrependem. Porém Ele lembra das iniquidades dos que não o fazem. Elas clamam como o sangue de Abel. Deus não pode ignorar o pecado, o castigo é inevitável. v v 4-5

O Castigo de Roma é coerente com o seu pecado. O Juízo de Deus é justo; ele é medido com base no que o acusado fez (Jeremias 50.15, 29 e 51:24.56).

O pagamento em dobro pelas obras não é uma severidade arbitrária; pecados como o de perseguir os cristãos têm uma seriedade cumulativa; resultam em outros pecados e sofrimentos; multiplicam os seus efeitos nocivos.

O beber... em dobro baseia-se no fato de que Roma havia embebedado as nações e agora recebe o mesmo castigo (Apocalipse 14:8.10).

Explicação para o castigo de Roma:

1 - Ela se gloriou.
2 - Ela dizia ser uma rainha auto-suficiente, suprema até em relação ao futuro.
3 - O Senhor Jesus é o Juiz de todos.

O amor desordenado do EU resulta em insubordinação contra Deus; é orgulho. Sendo o homem criatura de Deus tem a obrigação de glorificar a Deus e não a ele próprio. Gloriar-se a sim próprio é um pecado terrível. Roma enamorou-se de si mesma, enquanto esteve em delícias; merecia tormento e pranto (Isaías 47;5-11).

A sua completa destruição virá subitamente num mesmo dia. Roma, em todo o seu poder, está nua e sozinha diante de Deus, para responder pelos seus atos. v v 6-8.

Os que mais se beneficiaram através dos contratos com Roma foram os reis aliados, os mercadores e marinheiros. Por isso se lamentam com a sua súbita queda. Independente de sua motivação de lucro, eles deixam trair-se por um profundo amor por ela.

Os reis da Terra não são os partos ou os dez chifres de Ap. 17.14 que destroem Roma. Eles são os reis que havaim se juntado a ela e participado de sua grandeza às expensas da integridade deles próprios.

Eles amavam ao luxo tal qual Roma e assim se prostituiram com ela. Seu lamento por causa dela era genuíno; ironicamente eles se colocaram à distância dela vendo a sua queda. Ela foi abandonada pelos seus amantes adúlteros, na solidão de seu julgamento. De longe e com muito medo, os reis notam que toda a sua grandeza desmoronara numa só hora, que é o período de tempo dado aos reis que fazem guerra contra o Cordeiro (Ap. 17.12-14). A lamentação dos reis deve ser comparada à dos príncipes que se lamentaram pela queda de Tiro (Ezequiel 26.15-18). v v 9 e 10.

v 10 Roma era a capital comercial do mundo. Seus navios mercantes traziam bens de todas as partes do mundo conhecido.

A antiga Tiro havia sido a intermediária do mundo mediterrâneo. Ezequiel 27 fala isso ou disso. O porto romano de Óstia era um dos maiores centros comerciais da História.

Os mercadores da terra ou negociantes também eram desalmados pois choraram apenas porque ninguém comprava mais as suas mercadorias. Almas de homens eram os escravos trazidos juntamente com os animais. A desumanização moderna ou atual é econômica, política, militar e religiosa; como era em Roma.

O fruto que amadurece no final do verão ou começo do outono se foi. As coisas delicadas (alimentos delicados e ricos) e as suntuosas (vestes esplendoroasa e móveis caros) que chegavam a Roma como resultado das suas conquistas e sua política nacional já não existem mais.

As suas esperanças se foram para sempre, e nunca mais se acharão. Os reis da Terra reconheceram a queda de Roma como julgamento, porém os mercadores desprezaram qualquer significado; eles vêem apenas riquezas que foram assoladas. v v 11a.

Os pilotos eram os capitães que comandavam os navios. Marinheiros formam a tripulação do navio e os que navegam são os tripulantes, negociantes, turistas; passageiros de um modo geral.

Os viajantes do mar ficaram muito tristes (pó sobre as cabeças são cinzas como sinônimos de tristeza (Ezequiel 27.29-34).

O julgamento de Roma (v 20) está redigido de forma a dar entender que os marinheiros se dirigem às hostes de Deus com o anúncio do julgamento divino. Os intérpretes questionam com que base os marinheiros podiam dirigir-se ao Céu, aos santos e apóstolso e profetas com uma tal interpretação teológica. Entendemos que foi o Anjo que proferiu o versículo 20 e não os marinheiros.

Diz-se aos fiéis de Deus para se regozijarem, no entanto, não porque Roma caiu, mas porque Deus declarou o Seu julgamento contra Roma, e vindicou, justificou, a causa dos fiéis. v v 17 a 20.
Um anjo forte (veja Ap. 5.2 e 10.2) lançou uma grande pedra ao mar, simbolizando a subitaneidade e finalidade da queda (veja Jeremias 51.63. Este ato está aludindo à declaração de Jesus a respeito do julgamento de alguém que faça tropeçar um desses pequeninos (Lucas 17.2).

A Queda de Roma é retratada de maneira profundamente comovente por quatro termos: violência, permanência, silêncio e trevas.

A violência significa ímpeto intenso; a permanência sugere que ela NUNCA MAIS SERÁ ACHADA; silêncio e trevas simbolizam uma cidade caída, sem música, sem som. Um silêncio sepulcral e surdo, uma cidade solitária, calada, escura.

João escolheu a ausência de três sons; música, som de artífice trabalhando e voz de noivo e noiva.
A ausência de música é sinônimo de desolação total. A música do som das serras e dos martelos construindo casas e tudo mais. Depois da queda tais sons não serão mais ouvidos. Haverá somente o silêncio mortal da cidade caída, da cidade fantasma.

Em uma cidade viva e ativa ouve-se as vozes alegres das festas de casamento; na Roma caída essas vozes alegres não mais serão ouvidas.
As luzes das casas e das ruas embelezam a cidade, dão o seu encanto e amabilidade. Roma se vestirá de trevas como um "black-out" durante uma guerra. A desolação será total; os sons de artes, ofícios e de famílias já não são ouvidos; a sala de concertos, a oficina do ferreiro e a igreja estão silenciosos; os sons de alegria, de trabalho e de atividade no lar não mais se ouvem. (comentário Bíblico de Broadman).

O anjo termina a justificação pela queda de Roma com três razões:

1 - Roma usou o seu poder sobre o mundo para a sua própria exaltação.

2 -Enganou as nações com ou por feitiçarias ou magia negra, significando idolatria.

3 - Por ter matado os profetas e santos, o sangue deles clamava a Deus. Os cristãos haviam sido ensinados a suportar e não revidar.
Roma confundira amor com fraqueza.

A nação que mata os seus profetas e santos está conspirando a sua própria ruína.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Apocalipse 17:1-18 - A Queda da Prostituta


Um dos anjos que havia derramado a taça da ira de Deus tornou-se o intérprete de João. O anjo prometeu a João que lhe mostraria tudo a respeito da condenação da Grande Prostituta chamada Babilônia mas é comparada com a cidade de Roma.

Roma havia se tornado uma deusa-mãe, a quem se erigiam templos nas províncias, havia se tornado um objeto de adoração.

Parece falta de respeito João chamar Roma de prostituta, mas ele se refere a prostituição religiosa conforme o fez o profeta Naum com relação a Nínive (Naum 3.4) e também o profeta Isaías com relação a Tiro e Jerusalém (Isaías 2317 e 1.21).

Roma estava sentada sobre muitas águas, significa o seu poderio sobre numerosas nações, línguas e povos.

Roma se prostituiu com os reis das nações e seduziu os súditos dos reis, isto é, corrompeu os reis e seus súditos com a sua idolatria religiosa, impondo o culto ao imperador.

João foi levado no Espírito (transe, êxtase ou estado de inspiração) ao deserto. O deserto é um local adequado para o homem se encontrar com Deus. Moisés, Elias e João Batista se encontraram com Ele no deserto. Deus cuidou da mulher vestida do Sol no deserto (Ap. 12:1, 6).

Quando Deus quer conversar com os Seus filhos, geralmente chama-os para o deserto onde podem conversar, explicar, orar, chorar, implorar, exortar, ensinar, pedir...

Jesus procurava sempre os lugares sossegados para falar com o Pai e nós temos que fazer a mesma coisa. Isso não quer dizer que só devamos falar com Deus às escondidas. Não!

Podemos fazê-lo em qualquer lugar e a qualquer hora, todavia, tendo oportunidade, devemos procurar um lugar calmo. Não havendo deserto, temos o nosso quarto, conforme Jesus falou, ao nos ensinar a oração do Pai Nosso.

Cabe aqui fazer uma diferença entre rezar e orar. Rezar é sinônimo de repetição. Orar é conversar, usando palavras adequadas para cada problema, pois cada situação exige determinadas palavras levadas a Deus. Já imaginou se com os nossos filhos usássemos um livro com "rezas" prontas? O filho viria a nós com um problema atual e então pegaríamos o livro de rezas e começaríamos a repetir textos centenários. Isso não seria uma conversa genuína e não produziria comunhão harmoniosa. Nosso relacionamento com Deus tem que ser de Pai para filho e nossa conversa também, expondo-lhes os desejos do seu coração de um modo bem pessoal e único.

Em junho de 1998, minha esposa viajou da Bahia para Juiz de Fora-MG, a fim de fazer uma check-up no hospital militar e foi avisada que teria que fazer uma cirurgia. Ao ser comunicado, entrei em pânico, temendo a anestesia, por ela ser diabética, cardíaca e hipertensa. Antes de viajar fui a um Templo Evangélico orar e falar com o pastor. Oramos juntos:eu, o pastor e uma irmã em Cristo. Após 10 minutos, o pastor me disse: "Pode viajar em paz que tudo sairá bem. No próximo ano, ela virá a este Templo dar o seu testemunho". Viajei confiante, mas ainda preocupado e triste. Fui confortado no ônibus por uma outra irmã em Cristo, da cidade de Camaçari, que viajava para Angra dos Reis. Tudo se cumpriu ao pé da letra. O pastor viu o Senhor cuidando da sua ovelha no deserto. Louvado seja o Senhor!

João foi levado ao deserto para de lá ter a sua visão da grande prostituta, para ver melhor a grande cidade, da maneira como ela realmente era. Os nomes de blasfêmias eram os títulos de divindade erradamente atribuídos aos imperadores romanos. Roupas de púrpura e escarlata simbolizam a magnificência (grandeza) e o luxo da Roma imperial e as jóias mostram a sua riqueza.

O cálice de ouro mostra também riqueza e o hábito da prostituta de seduzir as suas vítimas embriagando-as. As abominações e imundícia significam profanação e idolatria. As sete cabeças e os dez chifres indicam o grande poder que ela exercia sobre as nações.As prostitutas romanas usavam diademas ou fitas na testa como o seu nome. A grande prostituta usava uma fita semelhante que a identificava como Babilônia, no entanto, não era senão Roma (João usava Babilônia para despitar os romanos).

Ela estava bêbada do sangue dos cristãos derramado por Nero e perseguições movidas pelo Imperador Domiciano.

A prostituta era sedutora, isto é, uma cidade bela, complexa, industrializada e totalitária. João ficou perplexo como nós ficamos hoje em dia com países de primeiro mundo e suas conquistas. Porém, o anjo advertiu a João contra tal reação de espanto prometendo decifrar o mistério da mulher e da besta de sete cabeças e dez chifres.

V. 7 A prostitua não está apenas intimamente relacionada com a besta; ela depende dela. A besta pode ser todo o Império Romano ou um único rei (em outras ocasiões).

V. 7 Recapitulando, tanto o Dragão Vermelho como a Besta do Mar tinha sete cabeças e dez chifres (Ap. 12.3 e 3.1). O Dragão foi identificado como Satanás e a Besta do Mar como agente de Satanás (A Besta era o Império Romano).

V. 8 João diz que a Besta (ou uma de suas cabeças) havia estado viva, está morta, porém espera-se que ela volte. João diz que a Besta é a oitava (oitavo rei) cabeça que faz parte das sete cabeças da Besta (o oitavo rei faz parte dos sete reis). Está difícil de entender, não está? Eu sei que o Apocalipse é de difícil interpretação, mas vamos com calma que a gente chega lá.

V. 8 Quase não há dúvidas de que João está falando de Nero redivivus. Os habitantes da terra são os seguidores da Besta, as pessoas não-regeneradas, os incrédulos que são seduzidas pela Besta ao ponto de se admirarem dela. São enganadas pelo fato de que ela era e já não é, e tornará a vir. Rejeitam a Cristo, que verdadeiramente era, foi morto e está vivo para todo o sempre, mas creram em um mito acerca de um César corrupto (Nero).

V. 9 Sabemos que Roma é conhecida mundialmente como "a cidades das sete colinas", isto é, ela fora construída sobre sete colinas. Então, as sete cabeças e os sete reis significam a cidade de Roma (as sete cabeças significam sete reias romanos).

V. 10 Vamos ver agora a relação dos imperadores romanos para que possamos entender melhor as palavras de João:

Júlio César - morreu em 44 a.C (foi assassinado pelo seu filho aotivo Brutus)
Augusto - reinou de 31 a.C até 14 d.C
Tibério - reinou de 14 a 37 d.C
Calígula (Gaio) - reinou de 37 a 41 d.C.
Cláudio - reinou de 41 a 54 d.C.
Nero - reinou de 54 a 68 d.C.
Galba - reinou de 68 a 69 d. C.
Oto - reinou apenas em 69 d.C.
Vitélio - reinou apenas em 69 d. C.
Vespasiano - reinou de 69 a 79 d. C.
Tito - reinou de 79 a 81 d. C.
Domiciano - reinou de 81 a 96 d. C.

Não há dúvidas de que João pretendia dizer que as 7 cabeças eram os 7 reis. Porém, é menos certo a que reis ele se referia. Júlio César não tinha oficialmente o título de "imperador". Augusto foi o primeiro a usar esse título. Assim sendo, devemos começar a contar a partir de Augusto. Galba, Oto e Vitélio eram apenas pretendentes e deveriam ser omitifos pois os três não reinaram mais de um ano e meio.

V. 11 Começando com Augusto e omitindo Galba, Oto e Vitélio, a contagem ficaria assim:

1. Augusto
2. Tibério
3. Calígula
4. Cláudio
5. Nero
6. Vespasiano
7. Tito
8. Domiciano

Vamos agora justificar as palavras de João:

Cinco reis já caíram (já reinaram ou já passaram) - Augusto, Tibério, Calígula, Cláudio, Nero
Um rei existe (reina, está no poder) - Vespasiano
Ainda não é vindo (não veio ainda e reinará por pouco tempo) - Tito
O oitavo (faz parte dos sete) - Domiciano

Domiciano faz parte dos sete porque é considerado o Nero reencarnado ou um rei igual a Nero ou até pior, pois foi muito cruel. Nera era a Besta que era e não é mais.

Alguns comentaristas rejeitam a abordagem, tentando identificar os sete reis. Dizem que João usou o SETE no sentido de plenitude e não literalmente.

V. 12 - Os dez reis simbolizados pelos 10 chifres são dez reis que ainda não receberam o reino e quando receberem, eles reinarão por pouco tempo. Terão o mesmo objetivo e se acoplarão a favor da Besta. É provável que sejam governantes de reinos que não são controlados por Roma e as sugestões para identificá-los são numerosas. VV. 12 e 13.

V. 14 Estes reis se juntam à Besta para lutar contra o Cordeiro, tornam-se bestiais, mas são vencidos e destruídos, porque o Cordeiro é Senhor dos senhores e Rei dos reis. Os Seus seguidores não são oportunistas terrenos, mas são os chamados, os eleitos e fiéis.

V. 15 No primeiro versículo desse texto, João nos apresenta Roma sentada sobre muitas águas e agora ele explica que estas águas simbolizam povos, multidões, nações e línguas; mostrando a grande influência que tinha, a maior parte do mundo era subserviente a ela.

A mulher deste capítulo 17 simboliza Roma. Ela era amante da Besta e recebe o seu poder durante algum tempo; tanto da Besta quanto de sua corte maligna.

V. 16 Os dez reis e a Besta vão se voltar contra a mulher. As alianças entre eles foram alicerçadas no mal, são débeis. Os aliados se voltam uns contra os outrs e se tornam inimigos.

V. 16 A luxuosa vestimenta da mulher não existirá mais. Os aliados a deixarão desolada e nua como acontece com as prostitutas quando os seus amantes se enchem delas.

V. 16 Comerão as suas carnes e a queimarão a fogo, isto é, destrição total através do fogo comandada pelos invasores (Jeremias 0.25 - Miquéias 3.3 e Sofonias 3.3).

A Assíria e a Babilônia invadiram Israel por cobiça e sede de poder, mas Deus permitiu como punição pela sua desobediência aos Mandamentos de Deus.

V. 17 A queda de Roma foi resultado do ódio das pessoas de sua própria laia (a Besta e os 10 reis), mas Deus permitiu por ela ter perseguido os cristãos e não ter ouvido os reiterados apelos de arrependimento, conversão, confissão, obediência, dependência.

O homem colhe o que semeia, pois Deus não se deixa escarnecer. Roma se aliara à Besta, desfrutou da vantagem temporária, mas depois a Besta voltou-se contra Roma e a destruiu, embora ela também será levada a julgamento.

V. 18 Roma é Babilônia e Babilônia e Babel e Babel é símbolo de homens pecadores por edificar uma torre que toque o Céu, para apossar-se de Deus. Babel estava cheia de orgulho, procurava tomar Deus pela força, adora este mundo, vive sem Deus e em completa confusão.

O papel da Besta da terra era empregar um domínio pseudo-religioso sobre as pessoas como meio de exercer poder. Egito, Assíria, Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma perpetuaram o erro de Babel e os Estados modernos continuam. Todos eles dependiam e dependem do tipo errado de poder, sofrem de orgulho e egoísmo desenfreado e pensam que alcançaram o auge.
João predisse a queda de tudo isso.

Temos visto muitos seguidores da Besta prosperarem: carros, sítios, fazendas, animais, imóveis, dinheiro, mulheres, influências, amizades, relacionamentos. De repente, há uma queda vertiginosa, tudo se acaba e muitos se tornam um trapo humano; financeira, moral, social e psicologicamente falando. Os que se convertem ao Cristianismo contam horrores pelos quais passaram antes de se entregarem a Jesus (rituais, obrigações, escravidão, baixaria), porém os que ainda não se entregaram a Jesus vivem sofrendo hostiliades, apertos, dores, lamentações e inanição como se fugissem de uma guerra ou de uma seca com os olhos fundos dentro das órbitas e a pele desbotada sobre o corpo esquelético, cansado, atormentado e zanzando pelo mundo afora.... Faz pena. São criaturas de Deus, pelas quais Jesus morreu e pelas quais devemos ter paixão... Paixão por suas almas. Por isso mesmo que devemos continuar pregando o amor de Deus revelado em Jesus Cristo até o último momento, pois enquanto há vida, há esperança de mudança e salvação dessas almas.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Apocalipse 15. 1-8 e 16.1-21 - As Últimas Pragas


Estas últimas pragas marcam o fim da ira de Deus. O mar de vidro rodeia o trono de Deus. A cor avermelhada do mar simboliza o fogo pelo qual muitos passaram e também o sangue que haviam derramado no martírio.

Antes das útlimas pragas vemos os fiéis em segurança ao lado de Deus vitoriosos e cantando o cântico de Moisés, fazendo referência ao Êxodo quando Deus tirou o Seu povo da escravidão e o colocou em segurança, destruindo o inimigo que o perseguia.

Os vitoriosos são libertos, junto ao mar, tendo harpas porque estão prestes a cantar. São vencedores, não porque sobreviveram, mas porque venceram a Besta através do seu próprio sofrimento. Provavelmente haviam sido condenados à morte porque não quiseram adorar a Besta (Ap. 13.15).

O Tabernáculo que João viu era a Tenda do Testemunho (Números 9.15) que foi o protótipo (modelo) do Templo de Jerusalém construído pelo rei Salomão. Os Sete Anjos emergem da Tenda vestidos de linho e cintos de ouro simbolizando a realeza. As taças de ouro eram vasilhas maiores do que cálices, contendo a ira de Deus porque o povo não se arrependeu.

Ira de Deus significa a justiça de Deus, o julgamento, o juízo exaustivamente pregado e os incrédulos não levaram em consideração. Os discípulos de Jesus estão espalhados na face da terra, sendo usados para pregar, exortar, ensinar, interpretar, telefonar, confortar, explicar, testemunhar, escrever; os que acreditarem no que a Palavra de Deus ensina vão ser salvos. Mas aqueles que desobedecerem sofrerão as consequências da sua incredulidade.

Fumaça simboliza sempre a presença de Deus (Êxodo 19.18 - Isaías 6.4 - Ezequiel 10.4). Em Êxodo 40.35 vemos que nuvem e fumaça impediam Moisés de entrar no Tabernáculo. João influenciado pela passagem acima citada, diz que ninguém podia entrar no Templo antes dessas pragas.

A primeira taça contendo a praga foi derramada sobre a Terra para atingir (julgar) os seguidores da Besta (Êxodo 9.10,11).

A segunda taça contendo a praga transformou o mar em sangue coagulado. Foi um ataque à natureza, produzindo mal cheiro e morte, mas não foi fatal para os homens. O mar era a residência do Dragão; João quis mostrar a destruição de sua base (Êxodo .17-21).

A terceira taça contendo a praga transformou as águas doces em sangue. Caso fosse possível beber sangue no lugar de água, isso seria horrível para os hebreus devido à proibição de comer sangue dada por parte de Deus. João procura mostrar a situação difícil para os judeus que se deixaram levar pela Besta.

Os hebreus primitivos acreditavam em anjos guardiãos da natureza e João também (Ap. 7:1 e 14:18) e agora emprega anjo das águas que enaltece a justiça de Deus.

A quarta taça contendo a praga que transformou a temperatura do Sol, fazendo-a aumentar de intensidade de forma que os homens ímpios foram abrasados, em contraste com Ap. 7:16.

O fogo é sempre um veículo de punição os ímpios. Mesmo sofrendo a punição eles não se arrependeram, pelo contrário, blasfemaram porque os seus corações se endureceram.

O homem ímpio, incrédulo, insensível ao chamado de Deus e pecador inveterado faz o que bem quer: mata, rouba, adultera, corrompe, mente, sequestra, blasfema, rejeita o Evangelho de Jesus, trafica drogas, se drogas, se embriaga, assalta... e quando sofre as consequências dos seus atos pela justiça dos homens e de Deus; se revolta e se diz injustiçado por Deus. Acha que Deus está sendo injusto para com ele que se diz filho dEle. Por que não se arrependem? Por que n'ao pedem perdão a Deus? Por que não se convertem dos seus maus caminhos e se voltam para Jesus, o único Salvador.

A quinta taça foi derramada contendo a praga das trevas sobre Roma (Êxodo 10.21 - 23). Alguns estudiosos dizem que as quatro primeiras pragas foram naturais (relativas à natureza) e as três últimas foram pragas políticas. As trevas seriam o caos político que se seguiu ao suicídio de Nero (dúvidas, temores, suspeitas).

Se o homem blasfema contra Deus, é porque ele sabe que Deus existe. Se sabem por quê não se arrpendem? Não se arrependem porque a depravação e a iniquidade está tão arraigada, enraizada que até a ira de Deus não o faz deixar o pecado.

Muita gente diz que tem fé, isto é, tem fé que Deus existe, tem fé que Deus é poderoso, onipresente, onipotente e onisciente; mas não O segue, não O obedece, não faz a Sua vontade. Então é pior do que o ateu. Fé não é saber que Deus existe, fé é fazer a vontade de Deus.

A sexta taça foi derramada sobre o Rio Eufrates, secando-o para dar passagem aos reis do Oriente. Este rio era o limite oriental do Império Romano. Do outro lado estavam localizados reinos desconhecidos, inclusive os partos que inspiravam grande temor à Roma.

No capítulo 9 de Apocalipse vimos quatro anjos - anteriormente amarrados no Eufrates - libertados para liderar 200 milhões de cavaleiros contra a humanidade. Agora, o rio é secado para permitir a passagem de todos os exércitos do Oriente contra Roma.

Os Três Espíritos Imundos são os agentes encarregados de congregar as nações para a batalha. Tinham um conotação maligna (12.3 e ss - cap. 13) João está dizendo que a palavra dos três é enganadora ou mentirosa. Tais espíritos seriam a influência maligna desses três inimigos: Dragão, Besta e Falso Profeta (segunda Besta).

O Dragão levanta-se contra Deus, a Besta se opõe a Cristo e o Falso Profeta se opõe ao Espírito Santo ( O Espírito Santo inspira os verdadeiros profetas e o Falso Profeta inspira os falsos profetas).

Os Três Espíritos Imundos são espíritos de demônios que podem realizar sinais ou milagres para aniar os reis à batalha.

O Grande Dia fora mencionado pelos profetas como sendo a época do Juízo de Deus - Joel 2.11 e para os escritores do Novo Testamento, o Grande Dia significa o Dia da Vinda do Senhor ou o Dia do Senhor (II Tess. 1.10 - I Co 1.8 e I Tess 5.2).

Não apenas Roma mas todas as nações se congregam para a batalha - Roma dominava o mundo e sua influência era grande - João espera que sejam derrotadas pelas forças de Deus.

João quer mostrar também a grande batalha entre o Mal e Deus. Os espíritos malignos (jogando com ambição, medo, ódio, cobiça, falsas religiões e outras motivações demoníacas, que levam as nações para a guerra, sem o quererem), realizam a conclamação de Deus para o Juízo.

O homem prudente, o que vigia coloca as suas vestes perto de sim, à mão para qualquer emergência ou eventualidade. Quem está nu, está desesperado espiritualmente.

Os reis se congregam para a batalha, em um lugar chamado Armagedon em hebraico. Como não se conhece lugar algum com este nome nos mapas do mundo antigo, os intérpretes acham que Armagedom é um nome simbólico.

É provável que João esteja usando a cidade de Megido, uma das cidades fortificadas do rei Salomão, próxima a qual houve várias batalhas memoráveis (Juízes 5.19-21 - II Reis 9.27 e 23.29).

A sétima taça foi derramada no ar e a praga afetou a todos os seres animados. A grande voz (se não era a voz de Deus, tinha muita autoridade) anunciou a complementação das pragas ao dizer: "Está feito".

As forças da natureza reagem a essa voz através de relâmpagos, trovões e terremoto tão fortes que abalou os alicerces da Grande Cidade, fendendo-a em três partes.

A Grande Cidade não simboliza apenas Babilônia e Roma, mas a civilização do homem. Outras cidades também caíram, indicando a natureza mundial desta catástrofe.

A expressão "Deus lembrou-se da grande Babilônia" traz à memóri a predição de Ap. 14.10-19, em que a Sua ira é retratada como um copo de vinho que deve ser bebido. Agora ele a força a beber o cálice do vinho de furor da Sua ira.

As ilhas do mar estremeceram e imergiram nas profundezas. Montanhas desmoronaram nos vales (veja Ap. 6.14).

A saraivada de pedras (veja Êxodo 9.22-26 e Josué 10.11) variava de 30 a 63Kg. Os homens blasfemavam de Deus por causa da praga da saraivada, porém poderiam estar livres disso se tivessem se arrpendido, se tivessem confessado seus pecados, se tivessem pedido perdão, se tivessem ouvido os pregadores do Evangelho da salvação, se tivessem acertado as suas contas com Deus. Se tivessem recebido de graça a tão grande Salvação que nos foi concedida através do sacrifício de Jesus Cristo, o único e suficiente Salvador.